Os autores relatam um caso de leucemia mielóide aguda (LMA) que apresentava, ao diagnóstico, basofilia no sangue periférico e cariótipo com presença do cromossomo Filadélfia (Ph1). Após um ano de tratamento com quimioterapia intensiva e em fase de remissão clínica e hematológica, a análise molecular pela técnica da reação em cadeia da polimerase-transcriptase reversa (RT-PCR) revelou presença de doença residual (rearranjo b2-a2). A seguir, o paciente apresentou primeira recidiva como LMA e, após a remissão, evoluiu com quadro hematológico sugestivo de leucemia mielóide crônica (LMC) em fase crônica. Após dez meses, apresentou nova recidiva da LMA. Os autores discutem a dificuldade do diagnóstico diferencial entre LMA Ph1-positivo de novo e crise blástica mielóide como primeira manifestação clínica da LMC, baseados nos aspectos clínicos e moleculares.
Leucemia mielóide aguda; Cromossomo Filadélfia; Rearranjo bcr-abl