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DINÂMICA ESPACIAL DE FLORESTAS ESTACIONAIS SEMIDECIDUAIS: CASO DE ESTUDO NA BACIA DO RIO TURVO SUJO NO SUDESTE DO BRASIL, ENTRE OS ANOS DE 2003 E 2016

RESUMO

De acordo com a Agência Nacional das Águas (ANA), a escassez de água vem sendo um problema brasileiro desde 2012 e está diretamente relacionado com a conservação das bacias hidrográficas. É possível monitorar as mudanças da paisagem e conservação dessas bacias com imagens provenientes de sensores orbitais. O trabalho teve como objetivo analisar a dinâmica espacial de fragmentos de Florestas Estacionais Semideciduais (FES) na bacia do Rio Turvo Sujo, em Minas Gerais, no sudeste do Brasil, entre os anos de 2003 e 2016, bem como analisar sua relação com o relevo. Foram utilizadas imagens da série Landsat com correções geométrica, radiométrica e atmosférica. Para o processamento, amostras de cinco classes de uso e cobertura da terra foram coletadas a partir de composições RGB das imagens. As imagens foram classificadas por Máxima Verossimilhança e as exatidões globais, matriz de confusão e erros de comissão e omissão por classe foram obtidas na validação. Em 2003 a FES ocupava uma área de 6.956 hectares, com fragmentações acentuadas. Entre 2003 e 2016 as áreas de FES tiveram um aumento de 42% (3.053 hectares de regeneração), cobrindo 10.009 hectares da bacia em estudo em 2016. Os fragmentos de FES apresentaram maior concentração nas faces Sul, Sudeste, Sudoeste e Oeste em ambos os anos de estudo. Contudo a regeneração florestal entre esses anos não seguiu o mesmo padrão, ocupando semelhantemente todas as faces de exposição com exceção dos terrenos planos, que ocupam apenas 0,03% da bacia em questão. Este é um aspecto relevante e positivo, que deve ser monitorado, tendo em vista a necessidade de conservação de todas as faces do relevo para manutenção da disponibilidade e qualidade dos recursos hídricos nas bacias hidrográficas.

Palavras-Chave:
Regeneração florestal; aspecto de exposição do terreno; sensoriamento remoto

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