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Extrativos e propriedades energéticas da madeira e do carvão vegetal

A produção de carvão vegetal se destaca como matéria-prima para a produção de energia renovável. A holocelulose e a lignina são mais abordadas em estudos sobre a qualidade da madeira para fins energéticos, enquanto a influência de extrativos nesse parâmetro é pouco conhecida. O objetivo foi avaliar a relação entre o teor de extrativos em água fria, diclorometano e totais e as propriedades energéticas da madeira e do carvão vegetal de seis espécies. Os extrativos foram removidos com diferentes solventes para serem contabilizados e o poder calorífico superior da madeira, determinado. A madeira foi carbonizada a uma taxa de aquecimento de 1,67 ºC/min, temperatura máxima de 450 ºC e tempo de residência de 30 min. O teor de extrativos foi correlacionado com o rendimento gravimétrico, densidade relativa aparente, química imediata e poder calorífico do carvão. A remoção dos extrativos totais e solúveis em diclorometano reduziu o poder calorífico da madeira da maioria das espécies avaliadas. Os extrativos em água fria não se relacionaram com os parâmetros da carbonização. O teor de extrativos em diclorometano apresentou correlação com o teor de materiais voláteis, carbono fixo e poder calorífico. O teor de extrativos totais se relacionou com o rendimento gravimétrico, densidade relativa aparente e poder calorífico do carvão vegetal.

Eucalyptus; Poder calorífico; Rendimento gravimétrico


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