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ESTABILIDADE MECÂNICA DE PLANTAS JOVENS DE Cabralea canjerana, SUBMETIDAS À LIBERAÇÃO EM FLORESTA SECUNDÁRIA, RS, BRASIL

RESUMO

A liberação de árvores de interesse por meio do corte de árvores competidoras, videiras lenhosas e outras lianas é uma prática silvicultural muito importante ao manejo florestal de espécies de interesse comercial presentes em florestas secundárias. Diante disso, nós objetivamos conhecer a influência na estabilidade mecânica e qual o limite dimensional de altura que as plantas de C. canjerana devem possuir para que não haja problemas de flambagem do fuste após a liberação. Para isto, foi realizada a liberação de 105 plantas da espécie, que tiveram seu diâmetro e altura medidos antes e anualmente por três anos após a aplicação do tratamento. Baseado na Teoria do Design Mecânico, foi gerado um modelo de regressão para conhecer o modo de alocação de diâmetro e altura nas plantas analisadas. O diâmetro mínimo para flambagem e o fator de segurança foram calculados para todas as plantas. A liberação resultou na flambagem do fuste de cinco árvores, todas com baixo fator de segurança, ou seja, com diâmetro real menor que o diâmetro mínimo para suportar o peso de sua altura. De acordo com o modelo de regressão gerado, a espécie cresce proporcionalmente em diâmetro e altura. Entretanto, a liberação influenciou a estabilidade mecânica das plantas liberadas, fazendo com que um incremento maior em diâmetro fosse necessário para que as plantas permanecessem em pé. Os resultados demonstram que as dimensões das árvores a serem liberadas devem ser consideradas para evitar problemas de flambagem do fuste após a aplicação do tratamento.

Palavras-Chave:
Desbaste de liberação; Flambagem do fuste; Regeneração natural

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