RESUMO
As florestas secundárias de Mata Atlântica possuem um papel importante no contexto das mudanças climáticas por atuarem como sumidouro de carbono da atmosfera. Entretanto, essas florestas podem se transformar em fonte de carbono com o aumento da mortalidade de árvores. O conhecimento dessa mudança é possível mediante inventários florestais contínuos que forneçam informações sobre a dinâmica de crescimento das árvores. Desta forma, objetivou-se com este estudo avaliar a dinâmica de crescimento em carbono de um fragmento de Floresta Estacional Semidecidual, com 44,11 ha, situado no Parque Tecnológico de Viçosa - MG. Os inventários florestais foram realizados em vinte parcelas de 10 m x 50 m, nos anos de 2010 e 2015, em que todos os fustes com dap ≥ 5 cm foram mensurados, identificados botanicamente e classificados em grupos ecológicos. O volume do fuste foi obtido por meio de equação volumétrica. A biomassa e o carbono foram quantificados para os compartimentos acima do solo (fuste, galhos e folhas) e abaixo do solo (raízes). A dinâmica de crescimento em carbono foi avaliada por meio do incremento bruto (Ib) e incremento periódico anual em carbono das espécies (IPAli). O Ib foi de 12,72 MgC ha-1, incluindo o carbono dos fustes que ingressaram e morreram durante o período de monitoramento. O estoque de carbono aumentou 10,01 MgC ha-1, resultando em um IPAli de 2,00 MgC ha-1 ano-1. Assim, conclui-se que as árvores do fragmento florestal apresentam crescimento positivo do estoque de carbono em virtude do avanço sucessional, ratificando a importância das florestas secundárias de Mata Atlântica na mitigação de gases de efeito estufa da atmosfera.
Palavras-Chave:
Mudanças Climáticas; Manejo Florestal; Floresta Estacional Semidecidual
