RESUMO
Muitos estudos sobre ergonomia em operações florestais são pontuais e abordam isoladamente as variáveis ergonômicas, com cada resultado obtido em uma escala específica. Objetivou-se aprimorar um indicador ergonômico por meio de uma classificação de acordo com a urgência da intervenção ergonômica, com vistas a melhorar sua praticidade de aplicação em máquinas de colheita florestal. Esta pesquisa foi realizada em florestas plantadas de uma empresa do Sul do Brasil, a partir de avaliações ergonômicas nas máquinas feller buncher, skidder, processador florestal, harvesters e forwarder, nos turnos diurno e noturno de trabalho. Mediu-se vibração, ruído, calor, iluminância, repetitividade, posturas e ângulos de visibilidade. Os resultados das avaliações ergonômicas foram padronizados pela adaptação do método do Grau de Conformidade (V) ergonômica calculado com as normas da legislação, possuindo valor entre 0 e 1, sendo que quanto maior o valor, maior a conformidade com as efetivas normas e diretrizes. Propôs-se uma classificação do grau de urgência ergonômica em cores distintas. O skidder apresentou os piores graus de conformidade, necessitando medidas corretivas emergenciais, com destaque para vibrações (V 0,0 e 0,1), ruído (V 0,2) e visibilidade no plano lateral (V 0,0) em ambos os turnos trabalhados, em decorrência dos choques e solavancos no deslocamento da máquina e na dificuldade de visibilidade da operação, além de iluminância (V 0,6) no período noturno e o calor (V 0,8) no diurno. O processador florestal apresentou o melhor desempenho ergonômico, sem emergências, porém ressaltando cuidados com ruído (V 0,7 e 0,8) e dose diária de vibração (V 0,8 e 0,7) em ambos os turnos. A classificação por meio de uma escala de cores possibilitou melhor interpretação dos indicadores e facilidade na aplicação prática das intervenções ergonômicas corretivas.
Palavras-Chave:
Indicadores ergonômicos; Máquinas florestais; Saúde e segurança ocupacional
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