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RESPOSTAS FISIOLÓGICAS E FENOLÓGICAS VEGETATIVAS DE Campomanesia adamantium (Cambess) O. Berg (Myrtaceae) À SAZONALIDADE HÍDRICA DO CAMPO RUPESTRE

RESUMO

Os campos rupestres apresentam duas estações bem definidas ao longo do ano, com taxas pluviométricas que refletem nas estações chuvosa e seca. Essa distinção na disponibilidade hídrica afeta a morfologia, fisiologia, química, dentre outras características das plantas. Dessa forma objetivou-se avaliar o status hídrico foliar, o comportamento fenológico vegetativo e fotossintético de Campomanesia adamantium em campo rupestre durante a estação seca e chuvosa. O estudo foi conduzido na Serra do Cipó, Minas Gerais, Brasil. De novembro de 2011 a novembro de 2012 foi averiguado as fenofases vegetativas e o desenvolvimento de seis indivíduos. Potencial hídrico, condutância estomática, rendimento quântico e concentração de pigmentos foram adquiridos de quatro folhas do 3º nó por indivíduo (n= 4-5) nas estações seca e chuvosa. C. adamantium é uma espécie sempre-verde e apresenta folhas maduras e brotamento ao longo de todo o ano. Essa espécie demonstrou estratégias que minimizam a perda de água durante o período seco no campo rupestre, como diminuição na condutância estomática ao longo do dia na estação seca, associada também com redução nos valores de potencial hídrico foliar. Entretanto, a baixa disponibilidade hídrica não afetou no desempenho fotossintético, o que possibilita a construção de folhas novas e renovação da copa mesmo em períodos mais secos. Por fim, a pouca redução nos valores de Fv/Fm ao longo do dia e aumento nos valores de DF/Fm' em horários mais quentes, ambos na estação seca, reitera a capacidade de C. adamantium em ajustar sua fisiologia ao déficit hídrico sazonal do campo rupestre.

Palavras-chave:
Condutância estomática; Potencial hídrico; Rendimento quântico

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