Resumo
Objetivo:
Avaliar a correlação de critérios morfológicos do apêndice cecal por tomografia computadorizada (TC) e o risco de apendicite aguda.
Materiais e Métodos:
Casos foram definidos como apendicite aguda confirmada cirurgicamente que tiveram pelo menos dois exames de TC: um no diagnóstico de apendicite aguda e outro no mínimo um mês antes. O grupo controle foi definido como pacientes emergenciais com dor abdominal com TC de abdome excluindo apendicite aguda e com TC prévia pelo menos um mês antes.
Resultados:
100 casos e 100 controles foram selecionados. A comparação das variáveis dos casos e controles revelou: diâmetro transverso médio de 0,6 cm (faixa: 0,4-1,0 cm) versus 0,6 (faixa: 0,6-0,8 cm) (p = 0,37); comprimento médio de 6,6 cm (faixa: 3,5-9,7 cm) versus 6,6 cm (faixa: 4,5-8,3 cm) (p = 0,87); ângulo médio de 100° (faixa: 23-178°) versus 86° (faixa: 43-160°) (p = 0,01); orientação descendente em 56% versus 45% (p = 0,2); ausência de gás em 69% versus 77% (p = 0,34) e presença de apendicólito em 17% versus 8% (p = 0,08).
Conclusão:
Fatores obstrutivos hipotéticos do apêndice cecal na TC não foram associados a apendicite aguda. Isso sugere que outros fatores diferentes de obstrução mecânica podem estar implicados na gênese da apendicite aguda.
Unitermos:
Apendicite; Apêndice; Tomografia computadorizada multidetectores; Medicina de emergência