1. Revisar os exames prévios de imagem e realizar uma ultrassonografia dirigida bem documentada. |
2. Avaliar se há adequada indicação da biópsia e suas limitações (Tabelas 1 e 2). |
3. Obter o termo de consentimento após ter explicado todo o seu conteúdo. |
4. Definir qual será o acesso à lesão, assim como com qual mão o médico irá realizar cada função. |
5. Exercer a antissepsia do transdutor e preparar os materiais sobre uma mesa portátil. |
6. Vestir as luvas estéreis e acoplar a agulha de core biópsia (14-gauge) na pistola. Realizar um teste de disparo, conferindo qual é a abertura da gaveta da agulha, bem como qual o som normal da pistola. |
7. Aspirar o anestésico (lidocaína 1-2% sem vasoconstritor). |
8. Posicionar a paciente (geralmente decúbito dorsal ou oblíquo anterior). |
9. Realizar a antissepsia de uma ampla área ao redor da lesão, sobre a qual deverá ser colocado um campo estéril fenestrado. O antisséptico ou gel estéril servirá como agente condutor do som. |
10. Identificar a lesão com o ultrassom. Com a mão que segura o transdutor, apoia-se a palma e alguns dedos sobre a mama, no intuito de evitar qualquer tipo de movimentação da mama. |
11. Relembrar do acesso e local de entrada definidos no item 4. Guiando-se pelo ultrassom, deve-se injetar o anestésico por todo o trajeto até a lesão. |
12. Incisionar a pele em 2-3 mm sobre a região da entrada da agulha. |
13. Avançar a agulha de biópsia por dentro da incisão, tentando seguir o trajeto já realizado na anestesia, indo ao encontro da margem da lesão. Nesse momento orienta-se a agulha paralelamente ao nódulo. |
14. Avisar a paciente de que irá obter a amostra e então realizar o disparo. |
15. Deslizar o transdutor nos eixos transversal e longitudinal, a fim de assegurar-se de que a agulha transfixou o nódulo e de que não houve lesão da parede torácica. |
16. Retirar o fragmento da agulha utilizando a lâmina de bisturi ou agulha estéril e o colocar no recipiente com formaldeído, avaliando-se brevemente quanto às suas características. |
17. Repetir os passos 13 a 16 até se obter no mínimo cinco bons fragmentos, que devem ser preferencialmente retirados de diferentes áreas da lesão (centro, 3, 6, 9 e 12 horas). Em casos de microcalcificações, deve-se retirar no mínimo 10 fragmentos e submetê-los à radiografia, identificando separadamente os que possuem dos que não possuem cálcio. |
18. Comprimir as áreas da lesão e da incisão por pelo menos cinco minutos e aplicar gelo local. |
19. Efetuar a antissepsia e curativos compressivos que devem ser deixados por 24-48 horas. |
20. Orientar evitar esforços físicos intensos e prescrever analgésicos e anti-inflamatórios não esteroidais, se necessário. |
21. Esclarecer dúvidas e agendar retorno quando obtiver o resultado do histopatológico. A conduta deverá ser orientada de acordo com a Tabela 4. |