Resumo
Objetivo:
Avaliar os achados na radiografia de tórax de pacientes com diagnóstico de infecção pelo vírus influenza.
Materiais e Métodos:
Revisamos, retrospectivamente, os achados na radiografia de tórax de 17 casos de infecção pulmonar pelo vírus influenza (7 do sexo masculino e 10 do sexo feminino; idade média de 14 meses, variação de 2 a 89 meses). Os pacientes foram examinados entre 2012 e 2016 e o diagnóstico foi estabelecido por critérios clinicorradiológicos e detecção do vírus por reação em cadeia de polimerase. Os achados radiológicos foram caracterizados por tipo e padrão de opacidade e distribuição por zonas pulmonares. A população estudada foi dividida em dois grupos: sem suporte ventilatório e com suporte ventilatório e/ou óbito.
Resultados:
A anormalidade encontrada com maior frequência na radiografia de tórax foram as marcas peribroncovasculares, a maioria delas com extensão menor de 25% do pulmão, envolvimento bilateral e assimétrico. A região mais frequentemente envolvida foi o terço médio, com distribuição central e periférica e ausência de derrame pleural. Houve diferença estatisticamente significante na simetria do envolvimento pulmonar, entre os grupos, havendo preponderância de achado assimétrico (p = 0,029) no grupo que necessitou de suporte ventilatório.
Conclusão:
Pacientes pediátricos com infecção pelo H1N1 apresentam como alterações principais na radiografia do tórax inicial marcas peribroncovasculares, opacidades alveolares inespecíficas e consolidações. Embora o diagnóstico definitivo não possa ser feito com base em imagens características isoladas, uma combinação dos achados clínicos e radiográficos pode melhorar substancialmente a acurácia do diagnóstico nessa doença.
Unitermos:
Influenza humana; Vírus da influenza A subtipo H1N1; Radiografia torácica