Resumo
Objetivo:
Avaliar as taxas de sucesso e insucesso das biópsias percutâneas ecoguiadas de lesões em órgãos abdominais não sólidos e a influência da realização de contraste nessa técnica.
Materiais e Métodos:
Estudo retrospectivo que avaliou doentes submetidos a biópsias percutâneas ecoguiadas de lesões em órgãos abdominais não sólidos, entre janeiro de 2017 e junho de 2018. Os dados clínicos dos doentes foram revistos usando um método padronizado de colheita de dados.
Resultados:
Foram incluídos 49 procedimentos realizados em 48 doentes, dos quais 18 (38%) tinham diagnóstico prévio de câncer. Em 44 (90%) suspeitava-se de malignidade: 28 (64%) de suspeita de diagnósticos de novo de neoplasia, 11 (25%) de recidiva neoplásica e 5 (11%) de lesões metastáticas. Os resultados histopatológicos permitiram fazer o diagnóstico em 44 casos (90%), sendo 33 (67%) malignos. O diagnóstico foi concordante com a suspeita clínica em 33 (75%) dos casos com resultado histológico definitivo. Não ocorreram complicações resultantes das biópsias.
Conclusão:
A realização de biópsias ecoguiadas é segura e capaz de fornecer amostra suficiente para permitir o diagnóstico definitivo. O principal motivo para realizar biópsias ecoguiadas é a suspeita de neoplasia de novo, seguida da suspeita de metástases. Os resultados histopatológicos foram concordantes com a suspeita clínica na maioria dos casos.
Unitermos:
Biópsia por agulha/métodos; Neoplasias abdominais/patologia; Ultrassonografia de intervenção/métodos; Meios de contraste/administração & dosagem