RESUMO DE TESE
A formação do onco-ginecologista em métodos de diagnóstico por imagem
Autora: Eurídice Maria de Almeida Figueiredo.
Orientador: Hilton Augusto Koch.
Tese de Doutorado. UFRJ, 2005.
As pacientes com câncer ginecológico atendidas por médicos especializados têm melhor sobrevida. Entretanto, o treinamento de onco-ginecologistas tem sido realizado de maneira não sistematizada no Brasil, considerando a ausência de critérios destes programas de treinamento, inclusive das competências a serem adquiridas em métodos de diagnóstico por imagem. O objetivo deste estudo foi o de avaliar a formação e a competência do médico que trata de pacientes com câncer ginecológico na cidade do Rio de Janeiro, analisando o seu conhecimento em radiologia e diagnóstico por imagem.
Foram aplicados questionários a 50 médicos ginecologistas, 50 médicos onco-ginecologistas e 50 médicos radiologistas, durante o período de agosto de 2003 a dezembro de 2004. Os grupos foram estudados quanto a sua formação, prática atual da ginecologia oncológica, as habilidades cirúrgicas desenvolvidas e os métodos de diagnóstico por imagem aplicados à especialidade.
Quarenta e nove (98%) dos médicos onco-ginecologistas, 46 (92%) dos ginecologistas e 48 (96%) dos radiologistas cursaram programas de residência médica. Os onco-ginecologistas e os ginecologistas receberam diferente treinamento para diagnosticar, estadiar, efetuar o tratamento e paliação. Os atos cirúrgicos de maior complexidade são realizados raramente por ginecologistas. Os onco-ginecologistas declararam maior aptidão na solicitação e interpretação de exames de diagnóstico por imagem. Noventa e oito por cento dos entrevistados afirmaram que os métodos de diagnóstico por imagem devem fazer parte da formação do médico que pratica a ginecologia oncológica. Entretanto, 48 (88%) dos radiologistas declararam que os médicos que atendem pacientes com câncer ginecológico não são capazes de interpretar exames complementares de radiologia e diagnóstico por imagem.
A descrição do perfil do médico onco-ginecologista, no Rio de Janeiro, indica a necessidade de uma formação diferenciada para este especialista em programas de residência médica e com treinamento em métodos de diagnóstico por imagem, para assegurar o cuidado integral da paciente com câncer ginecológico.
Avaliação do perfil das mulheres submetidas à mamografia no Serviço de Radiologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro
Autora: Rosalina Bottino Garcia.
Orientador: Hilton Augusto Koch.
Dissertação de Mestrado. UFRJ, 2005.
Foi estudado o perfil de 482 mulheres que se submeteram à mamografia no Serviço de Radiologia da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro, no período compreendido entre setembro de 2002 e novembro de 2003.
Os dados coletados em entrevista foram: procedência, idade, última menstruação, paridade, primeira gestação a termo, amamentação, história de câncer na família (identificação do parentesco), hormonioterapia, cirurgia prévia nas mamas, se foi realizado exame das mamas antes da solicitação do exame e informações sobre a mamografia, impressão do exame antes e depois de sua realização, se sente medo, indicação, idade da primeira mamografia, intervalo de realização entre elas, preferência de profissionais que as atendem no serviço e o laudo.
As mulheres tinham, em média, 52 anos de idade. A maioria era secundípara, com a primeira gestação a termo, em média com 22 anos, e amamentação em torno de dez meses. História de câncer de mama em parentes de primeiro grau foi identificada em 35,48% das mulheres. O exame clínico das mamas foi realizado em 89% das mulheres e informações foram fornecidas pelo médico a 27% delas. A principal indicação da mamografia foi o rastreio do câncer de mama, com intervalo de seis meses a um ano. Cento e vinte e seis mulheres nunca tinham sido submetidas ao exame e o principal motivo foi a não solicitação, apesar das consultas de rotina. A maioria encontrava-se calma antes e após o exame, não apresentaram queixas. Não houve preferência quanto ao profissional que as atendeu. O medo referido por 29% das mulheres tinha relação com a dor da compressão mamária. A categoria II, segundo o BI-RADS, foi encontrada em 46% dos casos.
Datas de Publicação
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Publicação nesta coleção
17 Ago 2006 -
Data do Fascículo
Jun 2006