Resumo
Objetivo:
Descrever o procedimento, avaliar a viabilidade e perviedade em longo prazo da dilatação biliar trans-hepática percutânea usando a técnica de dilatação por balão superdimensionado para o tratamento em uma única etapa de estenose biliar anastomótica benigna após cirurgia hepatobiliar.
Materiais e Métodos:
Este estudo retrospectivo de dois centros incluiu 16 casos consecutivos de estenoses bilioentéricas benignas sintomáticas. A dilatação das estenoses com superdimensionamento do balão de 40-50% foi realizada após avaliação pré-procedimento do diâmetro do ducto biliar por tomografia computadorizada ou ressonância magnética e um dreno externo foi colocado. Os sintomas clínicos e exames laboratoriais foram avaliados a cada três meses após a remoção do dreno, enquanto o acompanhamento radiológico foi realizado com ressonância magnética em 30 dias e tomografia computadorizada em 6 e 12 meses.
Resultados:
O tempo médio de seguimento foi de 31,8 ± 8,15 meses. As estimativas de perviedade em um, dois e três anos foram 88,2%, 82,4% e 82,4%; respectivamente. Houve uma complicação importante, com pequena deiscência da anastomose biliodigestiva, que exigiu prolongamento do tempo de permanência do dreno externo. Complicações menores ocorreram em dois casos, um pequeno hematoma peri-hepático e uma trombose segmentar do ramo portal esquerdo e nenhum deles necessitou de intervenção adicional.
Conclusão:
A técnica de dilatação com balão superdimensionado para o tratamento de estenoses biliares anastomóticas benignas foi viável para o tratamento de estenoses anastomóticas bilioentéricas benignas. A técnica parece estar associada a altas taxas de perviedade e de sucesso clínico no longo prazo.
Unitermos:
Anastomose cirúrgica/efeitos adversos; Dilatação/métodos; Ductos biliares/fisiopatologia; Constrição patológica/etiologia; Ressonância magnética; Tomografia computadorizada