Resumo
Trata-se de uma revisão sistemática com metanálise de estudos observacionais, com o objetivo de estimar a prevalência de alterações tomográficas residuais no parênquima pulmonar, em correlação com a gravidade da doença aguda. Foram observados os marcos temporais 3, 6 e 12 meses após o diagnóstico de COVID-19 moderada a crítica em adultos. Foi feita busca estruturada em 14 bases de dados, englobando trabalhos publicados de janeiro/2020 a janeiro/2024, selecionando-se 44 estudos primários. Dados sobre casos leves de COVID-19 e avaliação da fase aguda da doença foram excluídos. Os resultados foram analisados descritivamente e metanálises foram conduzidas para derivar estimativas de prevalência. A prevalência estimada de tomografias alteradas foi 69% (IC 95%: 60-77,6%; I2 = 86%; p < 0,001) aos 3 meses; 62% (IC 95%: 52-71,5%; I2 = 77%; p < 0,001) aos 6 meses; e 54% (IC 95%: 40-67,5%; I2 = 88%; p < 0,001) aos 12 meses. Não houve correlação entre gravidade da fase aguda e persistência de lesões tomográficas gerais. Em 22% (IC 95%: 13-30%; I2 = 85%; p < 0,001) das tomografias de 3 meses foram observados indicativos de fibrose, sem redução da prevalência nos controles subsequentes (ρs = 0,952; p < 0,000). A gravidade da fase aguda apresentou correlação positiva com a presença de lesões tomográficas indicativas de fibrose pulmonar aos 3 meses após COVID-19.
Unitermos:
COVID-19; Tomografia computadorizada; Síndrome pós-COVID-19; Tórax; Doença pulmonar crônica.
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail
Thumbnail









