Resumo
As anomalias müllerianas representam um espectro de malformações congênitas do trato reprodutivo feminino. Ao longo das décadas, diversas classificações foram criadas para categorizá-las. Inicialmente proposta por Kaufmann e Jarcho em 1946, a classificação da Sociedade Americana de Fertilidade de 1988 foi considerada simples e prática e foi amplamente utilizada, mas criticada por sua subjetividade e limitação em classificar anomalias complexas. Em 2013, a Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia/Sociedade Europeia de Endoscopia Ginecológica introduziram uma classificação mais detalhada, incluindo também anomalias cervicais e vaginais, embora mais complexa e com risco de diagnósticos excessivos. A Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva, em 2021, atualizou a classificação com o intuito de simplificar e melhorar a precisão diagnóstica, expandindo categorias e definindo critérios mais objetivos. A nova classificação visa facilitar a comunicação entre profissionais e aprimorar o manejo clínico, destacando a importância de atualizações contínuas para melhorar os resultados reprodutivos e a qualidade de vida das pacientes afetadas por essas anomalias. Este artigo tem como objetivo discutir os pontos fortes e as limitações de cada uma dessas classificações, fornecendo uma análise crítica sobre seus impactos no diagnóstico e tratamento das anomalias müllerianas. Além disso, propõe-se levantar aspectos que podem ser aprimorados em futuras revisões, visando maior precisão diagnóstica e aplicabilidade clínica.
Unitermos:
Anomalias congênitas; Ductos müllerianos; Classificações; Diagnóstico; Radiologia; Diagnóstico por imagem
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