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Clonidina subaracnóidea e resposta ao trauma em cirurgias cardíacas com circulação extracorpórea Trabalho realizado no Programa de Pós-Graduação em Clínica Cirúrgica do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Justificativa e objetivos:

A intensa resposta ao trauma desencadeada pela circulação extracorpórea pode conduzir ao aumento da morbimortalidade. 0 presente estudo avaliou se a clonidina, fàrmaco da classe dos α-2 agonistas, por via raquidiana, sem associação com anestésicos locais ou opioides, reduz essa resposta em cirurgias cardíacas com uso de circulação extracorpórea.

Método:

Estudaram-se 27 pacientes entre 18 e 75 anos, separados de modo não encoberto em grupo controle (15) e grupo clonidina (12). Todos foram submetidos a técnica idéntica de anestesia geral. A seguir, apenas o grupo clonidina recebeu 1 mg.kg−1 de clonidina por via raquidiana. Foram dosados os valores de glicemia, lactato e cortisol em trés tempos consecutivos: T1, no momento da instalação da pressão arterial invasiva (PAM); T2, dez minutos após a primeira dose de cardioplegia; e T3 na sutura da pele, bem como os valores de troponina I em T1 e T3. Avaliou-se também a variação dos resultados entre: T2-T1; T3-T2 e T3-T1.

Resultados:

Houve diferença estatisticamente significativa apenas quanto à variação da glicemia no grupo clonidina: T3-T2 valor de p=0,027 e T3-T1 valor de p = 0,047.

Conclusões:

A clonidina espinhal em dose de 1 μg.kg−1 não diminuiu as dosagens sanguineas de troponina, cortisol ou lactato. A glicemia sofreu urna menor variação durante o procedimento no grupo clonidina. Esse fato, já registrado na literatura, necessita de maiores investigações para ser esclarecido.

Clonidina; Estresse traumàtico; Cirurgia cardíaca


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