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Incêndio no centro cirúrgico

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: A existência de um ambiente rico em oxigênio, material combustível em abundância e a utilização de aparelhos capazes de fornecerem ignição transformam a sala cirúrgica em um ambiente de risco para a ocorrência de incêndios. Apesar de rara, trata-se de uma complicação potencialmente grave e na maioria das vezes evitável. Relatamos um caso de incêndio no campo cirúrgico durante uma cirurgia de blefaroplastia em que foi suplementado oxigênio por meio de cateter nasal. RELATO DO CASO: Paciente de 52 anos, sexo feminino, sem comorbidades, admitida para realização de blefaroplastia bilateral. Após monitorização e venóclise, procedeu-se à sedação endovenosa com oferta de oxigênio suplementar por meio de cateter tipo óculos, com fluxo de 4 L.min-1, seguida de anestesia local das pálpebras. Durante o ato cirúrgico, a utilização do bisturi elétrico ocasionou combustão dos campos cirúrgicos e queimaduras na face da paciente. CONCLUSÕES: O anestesiologista desempenha papel fundamental na prevenção de incêndio na sala cirúrgica, reconhecendo possíveis fontes de ignição e administrando de forma racional o oxigênio, principalmente com sistemas abertos. O primeiro passo para a prevenção deve ser a lembrança constante da possibilidade de incêndio.

anestesiologia, segurança; triângulo do fogo


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