Resumo
Objetivo:
Exemplificar o papel do emprego da ultrassonografia à beira do leito pelo anestesiologista e oferecer uma abordagem individualizada para a condição específica do paciente, sem que haja postergação desnecessária de correções cirúrgicas de fraturas de fêmur em idosos.
Relato do caso:
Paciente feminina, 86 anos, hipertensa, vítima de fratura trocantérica de fêmur, levada ao bloco cirúrgico após liberação cardiológica. O exame ultrassonográfico à beira do leito possibilitou a identificação de estenose aórtica, hipertrofia ventricular esquerda, estenose de carótida e indícios de hipovolemia. A partir desses achados, decidiu-se pelo bloqueio nos nervos femoral e cutâneo lateral da coxa guiado pela ultrassonografia como técnica anestésica.
Conclusão:
O uso da ultrassonografia direcionada à beira do leito pelo anestesiologista pode fornecer informações relevantes para a individualização da técnica anestésica, sem que haja postergação da intervenção cirúrgica, a qual comumente ocorre quando o paciente é referenciado para exame completo pelo especialista.
PALAVRAS-CHAVE
Medicina perioperatória; Anestesia; Fratura de fêmur; Ultrasonografia; Ecocardiografia