Acessibilidade / Reportar erro

Uso de ropivacaína em bloqueio do gânglio esfenopalatino via transnasal para cefaleia pós-punção dural em pacientes obstétricas - série de casos

Resumo

Justificativa e objetivo

O bloqueio do gânglio esfenopalatino é amplamente aceito em dor crônica; porém, esse bloqueio tem sido subestimado no tratamento de cefaleia pós-punção dural. O bloqueio do gânglio não restaura a dinâmica normal do líquido cefalorraquidiano, mas reduz de modo eficaz os sintomas associados à hipotensão resultante. Quando aplicado corretamente, pode evitar a realização de tampão sanguíneo epidural. A abordagem transnasal é uma técnica simples e minimamente invasiva. Nos casos apresentados, tentamos realizar o bloqueio do gânglio e relatar sua eficácia e duração usando ropivacaína.

Características clínicas

Apresentamos quatro pacientes de obstetrícia com cefaleia pós-punção dural, após técnica epidural ou técnicas combinadas, com agulha Tuohy (18 G), que foram submetidas ao bloqueio do gânglio esfenopalatino de forma segura e bem-sucedida. Realizamos o bloqueio após 24 a 48 horas da punção dural, com 4 mL de ropivacaína a 0,75% em cada narina. Em três casos, a dor voltou em 1-48 horas, embora menos intensa. Em uma paciente, um segundo bloqueio foi realizado com alívio completo e sem recorrência. Nas outras duas pacientes, um tampão sanguíneo foi feito sem sucesso. Todas as pacientes estavam assintomáticas dentro de sete dias.

Conclusão

A duração média do efeito analgésico do bloqueio continua mal definida. Nos casos relatados, o bloqueio com ropivacaína foi uma técnica simples, segura e eficaz, com alívio imediato e prolongado da dor durante pelo menos 12-24 horas.

PALAVRAS-CHAVE
Cefaleia pós-punção dural; Bloqueio do gânglio esfenopalatino; Cuidados pós-parto

Sociedade Brasileira de Anestesiologia R. Professor Alfredo Gomes, 36, 22251-080 Botafogo RJ Brasil, Tel: +55 21 2537-8100, Fax: +55 21 2537-8188 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: bjan@sbahq.org