Acessibilidade / Reportar erro
Revista Brasileira de Anestesiologia, Volume: 70, Número: 5, Publicado: 2020
  • Fatores de risco de NVPO após cesarianas Infographic

    Guimarães, Gabriel Magalhães Nunes
  • Prevenção de náusea e vômito no pós-operatório: novos pontos de vista no cuidado do paciente Editorial

    Schmidt, André P.
  • COVID-19 e a retomada das cirurgias eletivas. Como voltaremos à normalidade? Editorial

    Mendes, Florentino Fernandes
  • Fatores de risco para náusea e vômitos após cesariana: estudo prognóstico prospectivo Clinical Research

    Guimarães, Gabriel Magalhães Nunes; Silva, Helga Bezerra Gomes da; Ashmawi, Hazem Adel

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: Os fatores de risco para náusea e vômitos pós-operatórios (NVPO) ainda não foram definidos para pacientes de obstetrícia. Neste estudo, nosso objetivo foi identificar potenciais fatores de risco para NVPO após parto cesariano realizado sob raquianestesia. Método: Uma coorte de pacientes submetidas a cesariana sob raquianestesia foi usada para investigar potenciais fatores de risco para NVPO. Os melhores fatores de risco numéricos foram dicotomizados por meio do método qui-quadrado. Uma rede casual de independência condicional (método de associação adicional) foi usada para selecionar os melhores preditores de NVPO. Resultados: Das 260 pacientes iniciais, 250 completaram o estudo. A razão de chances para NVPO foi estatisticamente significante para menor idade materna (< 25 anos: 2,9 [1,49−5,96]), dose mais baixa de bupivacaina raquidiana (< 13 mg, inf [2,4-inf]), dose mais baixa de morfina raquidiana (< 80 mg, 0,03 [0−0,97]), histórico de enjoo de movimento (2,5 [1,27−5,25]), náuseas importantes durante o primeiro trimestre (0,3 [0,16−0,64]), náusea e vômitos intraoperatórios (8,2 [3,67−20,47]) e menor idade gestacional (< 38 semanas, 2,0 [1,01−4,08]). A rede causal selecionou ausência de náuseas significativas durante o primeiro trimestre gestacional, náusea intraoperatória e idade gestacional < 38 semanas como os principais fatores de risco diretos para NVPO. Conclusões: Náusea intraoperatória e idade materna < 25 anos foram os principais fatores de risco para NVPO após cesariana sob raquianestesia. A ausência de náusea autorreferida durante o primeiro trimestre foi um fator protetor para náusea e vômitos após cesariana.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Postoperative Nausea and Vomiting (PONV) risk factors have not been defined for obstetric patients. In this study, our objective was to identify potential risk factors for PONV after cesarean sections performed under spinal anesthesia. Methods: One cohort of patients submitted to cesarean under spinal anesthesia was used to investigate potential risk factors for PONV. The best numerical risk factors were dichotomized using chi-squared method. A conditional independence (incremental association method) casual network was used to select the best predictors for PONV. Results: Two hundred and fifty of 260 patients remained in the study. Odds ratio for PONV of younger maternal age (< 25 years: 2.9 [1.49−5.96]), lower spinal bupivacaine dose (< 13 mg, inf [2.4-inf]), lower spinal morphine dose (< 80 mg, 0.03 [0−0.97]), history of motion sickness (2.5 [1.27−5.25]), significant nausea during the first trimester (0.3 [0.16−0.64]), intraoperative nausea and vomiting (8.2 [3.67−20.47]), and lower gestational age (< 38 weeks, 2.0 [1.01−4.08]) were statistically significant. The causal network selected absence of significant nausea during the first gestational trimester, intraoperative nausea, and gestational age < 38 weeks as the main direct risk factors for PONV. Conclusions: Intraoperative nausea and maternal age < 25 years were the main risk factors for PONV after cesareans under spinal anesthesia. Absence of self-reported nausea during the first trimester was a protective factor for post-cesarean nausea and vomiting.
  • Efeito da palonosetrona, ondansetrona e dexametasona na prevenção de náusea e vômito pós-operatório em videocolecistectomia com anestesia venosa total com propofol-remifentanil – ensaio clínico randomizado duplo cego Clinical Research

    Fonseca, Neuber Martins; Pedrosa, Ludmila Ribeiro; Melo, Natália; Oliveira, Ricardo de Ávila

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivo: Náuseas e Vômitos no Pós-Operatório (NVPO) têm alta incidência após videocolecistectomia. Avanços na profilaxia farmacológica de NVPO incluem a nova geração de antagonista 5-HT3. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do antagonista 5-HT3 no controle antiemético pós-anestésico em videocolecistectomia com anestesia venosa total. Método: Estudo realizado no HC-UFU (Hospital Terciário). Sessenta indivíduos submetidos a videocolecistectomia foram randomizados em três grupos de igual número, sendo administrados 0,125 mg de palonosetrona (Grupo 1); 4 mg de ondasetrona e 4 mg de dexametasona (Grupo 2); ou 4 mg de dexametasona (Grupo 3). A anestesia geral venosa foi realizada com propofol, remifentanil e rocurônio. O avaliador do efeito da droga desconhecia o grupo ao qual o indivíduo pertencia. NVPO foi avaliada aplicando a Escala de Rhodes após 12 e 24 horas do término da cirurgia. Para resgate terapêutico, foi estabelecido 0,655−1,5 mg de droperidol. Resultado: Observou-se no Grupo 1 menor incidência de NVPO e de resgate terapêutico na primeira hora de PO. Não foi observada diferença significativa entre os três grupos com relação a ocorrência de NVPO nas primeiras 12 horas de pós-operatório. Os grupos 1 e 2 foram superiores ao Grupo 3 no que se refere ao controle de NVPO de 12 a 24 horas e após o resgate de 12−24 horas. Observou-se que o controle de náuseas nas primeiras 12 horas de pós-operatório do Grupo 1 foi significantemente superior. Conclusão: O presente estudo mostrou evidências da superioridade da palonosetrona às demais drogas empregadas no que se refere ao efeito antiemético prolongado e menor necessidade de resgate, principalmente na capacidade de inibir completamente o desconfortável sintoma de náusea.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Introduction and objectives: The incidence of Postoperative Nausea and Vomiting (PONV) after video cholecystectomy is high. Progress in pharmacological PONV prophylaxis includes a new generation of 5-HT3 antagonists. This study aims to assess the effect of the 5-HT3 antagonist in postanesthetic antiemetic management of patients submitted to laparoscopic cholecystectomy with total intravenous anesthesia. Methods: Sixty individuals who underwent video cholecystectomy were randomized into three groups of 20 individuals according to the treatment administered: 0.125 mg of palonosetron (Group 1); 4 mg of ondansetron associated with 4 mg of dexamethasone (Group 2); 4 mg of dexamethasone (Group 3). General intravenous anesthesia was performed with propofol, remifentanil and rocuronium. The group to which the participant belonged was concealed from the investigator who assessed drug effect. PONV was assessed using the Rhodes Scale at 12 and 24 hours after surgery. Rescue medication was 0.655 to 1.5 mg of droperidol. Results: Group 1 presented a lower incidence of PONV and required less rescue medication in the first postoperative hour. There was no significant difference among the three groups regarding PONV incidence in the first 12 postoperative hours. Groups 1 and 2 were superior to Group 3 regarding the control of PONV from 12 to 24 hours, and after rescue medication from 12 to 24 hours. Group 1 showed significantly superior nausea control in the first 12 postoperative hours. Conclusions: The present study showed evidence that palonosetron is superior to the drugs compared regarding a protracted antiemetic effect and less requirement of rescue drugs, mainly related to its ability to completely inhibit the uncomfortable symptom of nausea.
  • Comparação entre anestesia intravenosa e inalatória na náusea e vômito pós-operatórios em laparotomia: estudo clínico randomizado Clinical Research

    Amiri, Amir Ahmadzadeh; Karvandian, Kasra; Ashouri, Mohammad; Rahimi, Mojgan; Amiri, Ali Ahmadzadeh

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa: Náusea e Vômito no Pós-Operatório (NVPO) é uma complicação multifatorial com etiologia não esclarecida. A técnica anestésica, as características dos pacientes e o tipo de cirurgia são considerados fatores que afetam a NVPO. O presente estudo foi desenhado para comparar o efeito da anestesia inalatória com anestesia intravenosa na incidência e gravidade de NVPO na cirurgia abdominal. Método: Foi realizado estudo clínico mono-cego prospectivo randomizado com 105 pacientes com idades de 18 − 65 anos. Os pacientes foram divididos em dois grupos, Anestesia Total Intravenosa (TIVA) e anestesia inalatória. A incidência e gravidade de NVPO foram avaliadas em cinco momentos: 0, 2, 6, 12 e 24 horas pós-cirurgia. O uso de antiemético de resgate também foi avaliado. Resultados: NVPO ocorreu em 50,9% dos pacientes no grupo inalatória e 17,3% dos pacientes no grupo TIVA (p < 0,001). A incidência de vômitos relatados foi 11,3% no grupo Inalatória e 3,8% no grupo TIVA (p = 0,15). Necessitaram de medicação antiemética 24,5% dos pacientes no grupo Inalatória e 9,6% dos pacientes no grupo TIVA (p = 0.043). Conclusão: A incidência de náusea e vômito no pós-operatório, a necessidade de administração de droga antiemética de resgate e a gravidade da náusea foram significantemente mais baixas no grupo TIVA.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Postoperative Nausea and Vomiting (PONV) is a multifactorial surgical complication with an unclear underlying cause. Anesthetic methods, patients' characteristics and the type of surgery are considered as factors affecting PONV. This study was designed to compare the effect of inhalational and intravenous anesthesia in abdominal surgery on the incidence and severity of PONV. Methods: A single-blinded prospective randomized clinical trial on 105 patients aged 18 − 65 years was carried out. Patients were divided into two groups of Total Intravenous Anesthesia (TIVA) and inhalational anesthesia. The incidence and the severity of PONV were examined at 0, 2, 6, 12 and 24 hours after the surgery. The use of a rescue antiemetic was also evaluated. Results: 50.9% of the patients in the inhalation group and 17.3% of the patients in the intravenous group developed PONV (p < 0.001). The incidence of vomiting was reported in 11.3% of the inhalational group and 3.8% of the TIVA group (p = 0.15). 24.5% of patients in the inhalation group and 9.6% of patients in the intravenous group needed an antiemetic medication (p = 0.043). Conclusion: The incidence of postoperative nausea and vomiting and the need for administration of an antiemetic rescue drug and the severity of nausea in patients were significantly lower in the TIVA group.
  • Comparação entre palonosetrona-dexametasona e ondansetrona-dexametasona na prevenção de náuseas e vômitos no pós-operatório de cirurgia do ouvido médio: estudo clínico randomizado Clinical Research

    Srivastava, Vinit Kumar; Khan, Saima; Agrawal, Sanjay; Deshmukh, Sweta Anil; Shree, Pooja; Misra, Partha Pratim

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa: Náusea e vômito no pós-operatório é a segunda queixa pós-operatória mais frequente após a dor. Sem profilaxia antiemética, a incidência de náusea e vômito no pós-operatório foi de 60−80% após cirurgia do ouvido médio. Dada a alta incidência relatada de náusea e vômito no pós-operatório, nosso objetivo foi avaliar o efeito da combinação de palonosetrona-dexametasona e ondansetrona-dexametasona na prevenção de náusea e vômito no pós-operatório em pacientes submetidos a cirurgia do ouvido médio. Método: Sessenta e quatro pacientes programados para cirurgia de ouvido médio foram aleatoriamente divididos em dois grupos. Um recebeu a combinação de palonosetrona-dexametasona (grupo P) e o outro ondansetrona-dexametasona (grupo O) por via intravenosa antes da indução anestésica. A técnica anestésica foi padronizada em todos os pacientes. No pós-operatório, foram registradas incidência e gravidade das náuseas e vômitos, necessidade de antiemético de resgate, efeitos colaterais e índice de satisfação dos pacientes. Resultados: As características demográficas foram semelhantes nos grupos estudados. A diferença na incidência de náusea foi estatisticamente significante entre os grupos O e P apenas no intervalo de tempo entre 2 e 6 horas (p = 0,026). A incidência e gravidade de vômito não foram estatisticamente significantes entre os grupos O e P durante todo o período do estudo. A incidência geral de náusea e vômito no pós-operatório (0−24 horas de pós-operatório) foi de 37,5% no grupo O e de 9,4% no grupo P (p = 0,016). A combinação palonosetrona-dexametasona associou-se com redução do risco absoluto de 28%, redução do risco relativo de 75%, e o número necessário para tratar foi 4. O escore de satisfação do paciente foi maior no grupo P (p = 0,016). A frequência da medicação de resgate foi mais comum no grupo O (p = 0,026). Conclusão: A combinação de palonosetrona-dexametasona é superior à ondansetrona-dexametasona na prevenção da náusea e vômito no pós-operatório após cirurgia de ouvido médio.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Postoperative nausea and vomiting is the second most common complaint in the postoperative period after pain. The incidence of postoperative nausea and vomiting was 60-80% in middle ear surgeries in the absence of antiemetic prophylaxis. Because of this high incidence of postoperative nausea and vomiting, we aimed to assess the effect of palonosetron-dexamethasone and ondansetron-dexamethasone combination for the prevention of postoperative nausea and vomiting in patients of middle ear surgery. Methods: Sixty-four patients, scheduled for middle ear surgery, were randomized into two groups to receive the palonosetron-dexamethasone and ondansetron-dexamethasone combination intravenously before induction of anesthesia. Anesthesia technique was standardized in all patients. Postoperatively, the incidences and severity of nausea and vomiting, the requirement of rescue antiemetic, side effects and patient satisfaction score were recorded. Results: Demographics were similar in the study groups. The incidence difference of nausea was statistically significant between groups O and P at a time interval of 2-6 hours only (p = 0.026). The incidence and severity of vomiting were not statistically significant between groups O and P during the whole study period. The overall incidence of postoperative nausea and vomiting (0-24 hours postoperatively) was 37.5% in group O and 9.4% in group P (p = 0.016). Absolute risk reduction with palonosetron-dexamethasone was 28%, the relative risk reduction was 75%, and the number-needed-to-treat was 4. The patient’s satisfaction score was higher in group P than group O (p = 0.016). The frequency of rescue medication was more common in group O than in group P patients (p = 0.026). Conclusion: The combination of palonosetron-dexamethasone is superior to ondansetron-dexamethasone for the prevention of postoperative nausea and vomiting after middle ear surgeries.
  • Correlação entre saturação venosa central de oxigênio perioperatória e mortalidade em cirurgia cardíaca: estudo prospectivo observacional Clinical Research

    Miranda, César de Araujo; Meletti, José F.A.; Lima, Laís H.N.; Marchi, Evaldo

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa: A cirurgia cardíaca pode produzir déficit persistente na razão entre oferta de oxigênio (DO2) e consumo de oxigênio (VO2). A Saturação venosa central de Oxigênio (SvcO2) é uma medida acessível e indireta da razão DO2/VO2. Objetivo: Monitorar a SvcO2 perioperatória e avaliar sua correlação com a mortalidade em cirurgia cardíaca. Método: Este estudo observacional prospectivo avaliou 273 pacientes submetidos a cirurgia cardíaca. Coletamos amostras de sangue para medir a SvcO2 em três momentos: T0 (após indução anestésica), T1 (final da cirurgia) e T2 (24 horas após a cirurgia). Os pacientes foram divididos em dois grupos (sobreviventes e não sobreviventes). Os seguintes desfechos foram analisados: mortalidade intra-hospitalar, tempo de permanência na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e de internação hospitalar, e variação na SvcO2. Resultados: Dos 273 pacientes, 251 (92%) sobreviveram e 22 (8%) não. Houve queda significante da SvcO2 perioperatória nos sobreviventes (T0 = 78% ± 8,1%, T1 = 75,4% ± 7,5% e T2 = 68,5% ± 9%; p < 0,001) e nos não sobreviventes (T0 = 74,4% ± 8,7%, T1 = 75,4% ± 7,7% e T2 = 66,7% ± 13,1%; p < 0,001). No T0, a porcentagem de pacientes com SvcO2 < 70% foi maior no grupo não sobrevivente (31,8% vs. 13,1%; p = 0,046) e a regressão logística múltipla mostrou que a SvcO2 é um fator de risco independente associado ao óbito, OR = 2,94 (95% IC 1,10 − 7,89) (p = 0,032). O tempo de permanência na UTI e de hospitalização foi de 3,6 ± 3,1 e 7,4 ± 6,0 dias, respectivamente, e não foi significantemente associado à SvcO2. Conclusões: Valores precoces de SvcO2 intraoperatória < 70% indicaram maior risco de óbito em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca. Observamos redução perioperatória da SvcO2, com altos níveis no intraoperatório e mais baixos no pós-operatório.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Cardiac surgery can produce persistent deficit in the ratio of Oxygen Delivery (DO2) to Oxygen Consumption (VO2). Central venous oxygen Saturation (ScvO2) is an accessible and indirect measure of DO2/VO2 ratio. Objective: To monitor perioperative ScvO2 and assess its correlation with mortality during cardiac surgery. Methods: This prospective observational study evaluated 273 patients undergoing cardiac surgery. Blood gas samples were collected to measure ScvO2 at three time points: T0 (after anesthetic induction), T1 (end of surgery), and T2 (24 hours after surgery). The patients were divided into two groups (survivors and nonsurvivors). The following outcomes were analyzed: intrahospital mortality, length of Intensive Care Unit (ICU) and hospital stay (LOS), and variation in ScvO2. Results: Of the 273 patients, 251 (92%) survived and 22 (8%) did not. There was a significant perioperative reduction of ScvO2 in both survivors (T0 = 78% ± 8.1%, T1 = 75.4% ± 7.5%, and T2 = 68.5% ± 9%; p < 0.001) and nonsurvivors (T0 = 74.4% ± 8.7%, T1 = 75.4% ± 7.7%, and T2 = 66.7% ± 13.1%; p < 0.001). At T0, the percentage of patients with ScvO2< 70% was greater in the nonsurvivor group (31.8% vs. 13.1%; p = 0.046) and the multiple logistic regression showed that ScvO2 is an independent risk factor associated with death, OR = 2.94 (95% CI 1.10−7.89) (p = 0.032). The length of ICU and LOS were 3.6 ± 3.1 and 7.4 ± 6.0 days respectively and was not significantly associated with ScvO2. Conclusions: Early intraoperative ScvO2 < 70% indicated a higher risk of death. A perioperative reduction of ScvO2 was observed in patients undergoing cardiac surgery, with high intraoperative and lower postoperative levels.
  • Efeitos da musicoterapia sobre dor e estresse oxidativo na aspiração folicular: estudo clínico randomizado☆ Clinical Research

    Orak, Yavuz; Bakacak, Suleyman Murat; Yaylalı, Asli; Tolun, Fatma Inanc; Kıran, Hakan; Boran, Omer Faruk; Kurt, Akif Hakan; Doganer, Adem

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivo: O objetivo deste estudo foi investigar os efeitos da música clássica turca sobre a dor e o estresse oxidativo em pacientes submetidas a aspiração folicular. Método: Estudo randomizado controlado. Os grupos foram: grupo controle NM, sem música; Grupo PM, com pacientes que ouviram música antes da cirurgia; e Grupo CM, com pacientes que ouviram música antes e durante a cirurgia. Foi coletado sangue antes da cirurgia para avaliar os valores de estresse oxidativo. Dor, parâmetros hemodinâmicos e valores de estresse oxidativo foram avaliados após a cirurgia. Resultados: O número de pacientes que necessitaram de propofol adicional foi mais alto no Grupo PM do que nos grupos NM e CM (p = 0,003). A pontuação da Escala Visual Analógica (EVA) pós-operatória foi mais baixa nos Grupos PM e CM do que no Grupo NM (p = 0,001; p = 0,007), no 1° e 60° minutos. A pontuação da EVA pós-operatória foi mais baixa no Grupo CM do que no grupo NM (p = 0,045) no 5° minuto. A necessidade de analgesia pós-operatória adicional foi mais baixa nos Grupos PM e CM do que no Grupo NM (p = 0,045). Os valores pós-operatórios de glutationa peroxidase no sangue foram significantemente mais altos nos Grupos PM e CM do que no Grupo NM (p = 0,001). Os valores pós-operatórios de catalase foram significantemente mais altos nos Grupos PM e CM do que no Grupo NM (p = 0,008 e p ≤ 0,001). Os valores pré-operatórios de malondialdeído foram significantemente mais baixos nos grupos PM e CM do que no Grupo NM. Os valores pré-operatórios de óxido nítrico foram mais altos nos grupos PM e CM do que no Grupo NM (p ≤ 0,001), ao passo que valores pós-operatórios de óxido nítrico foram mais baixos nos grupos PM e CM do que no Grupo NM (p ≤ 0,001). Conclusão: Música clássica turca exerce efeito benéfico sobre a dor e estresse oxidativo em pacientes na aspiração folicular.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objective: The aim was to investigate the effects of Turkish classical music on pain and oxidative stress in patients undergoing oocyte pick-up. Methods: The study was a randomized, controlled trial. The groups included Group NM (Non-Music), control group; Group PM, which comprised patients who listened to music before the operation; and Group CM, which comprised patients who listened to music both before and during the operation. Blood was drawn prior to the operation to measure the oxidative stress values. Pain, hemodynamic parameters, oxidative stress values were assessed postoperatively. Results: The number of patients requiring additional propofol was higher in Group PM than in Groups NM and CM (p = 0.003). The postoperative Visual Analog Scale (VAS) score were lower in Groups PM and CM than in Group NM (p = 0.001, p = 0.007) in the 1st and 60th minutes. The postoperative VAS score was lower in Group CM than in Group NM (p = 0.045) in the 5th minute. The postoperative additional analgesic requirements were lower in Groups PM and CM than in Group NM (p = 0.045). The postoperative blood glutathione peroxidase values were significantly higher in Groups PM and CM than in Group NM (p = 0.001). The postoperative catalase values were significantly higher in Groups PM and CM than in Group NM (p = 0.008 and p < 0.001). The preoperative malondialdehyde values were significantly lower in Groups PM and CM than in Group NM. The preoperative nitric oxide values were higher in Groups PM and CM than in Group NM (p < 0.001), whereas the postoperative nitric oxide values were lower in Groups PM and CM than in Group NM (p < 0.001). Conclusion: Turkish classical music has beneficial effects on pain and oxidative stress in oocyte pick-up patients.
  • O efeito de epinefrina, norepinefrina e fenilefrina no tratamento da hipotensão pós-raquianestesia: estudo clínico comparativo Clinical Research

    Biricik, Ebru; Karacaer, Feride; Ünal, İlker; Sucu, Mete; Ünlügenç, Hakkı

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos: Existem dados limitados sobre segurança e eficiência da epinefrina na profilaxia e tratamento da hipotensão arterial associada à raquianestesia. O presente estudo foi realizado para comparar o efeito da epinefrina com norepinefrina e fenilefrina no tratamento da hipotensão após raquianestesia e necessidade de efedrina durante o parto cesáreo. Método: Foram recrutadas 160 parturientes com gestações não complicadas, submetidas a cesariana eletiva sob raquianestesia. Elas foram alocadas aleatoriamente para receber norepinefrina 5 µg.mL-1 (n = 40), epinefrina 5 µg.mL-1 (n = 40), fenilefrina 100 µg.mL-1 (n = 40) ou infusão de solução fisiológica NaCl a 0,9% (n = 40) imediatamente após a indução da raquianestesia. Sempre que houvesse redução da pressão arterial sistólica para valor inferior a 80% da linha de base, 5 mg de efedrina iv eram administrados como vasopressor de resgate. A incidência de hipotensão, o número total de episódios de hipotensão, o número de pacientes que necessitaram de efedrina, o consumo médio de efedrina e os efeitos colaterais foram registrados. Resultados: Não houve diferença estatisticamente significante na incidência de hipotensão materna entre os grupos. O número de pacientes que necessitaram de efedrina foi significantemente maior no grupo solução fisiológica do que no grupo fenilefrina (p < 0,001). No entanto, foi semelhante entre os grupos fenilefrina, norepinefrina e epinefrina. O consumo médio de efedrina foi significantemente maior no grupo solução fisiológica do que nos grupos norepinefrina, epinefrina e fenilefrina (p = 0,001). Conclusão: Não houve diferença estatisticamente significante na incidência de hipotensão e consumo de efedrina durante raquianestesia para parto cesáreo com uso de epinefrina quando comparada à norepinefrina ou fenilefrina. A epinefrina pode ser considerada como agente alternativo para o tratamento da hipotensão após raquianestesia.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives: Limited data are present on safety and efficiency of epinephrine for the prophylaxis and treatment of spinal-hypotension. This study was conducted to compare the effect of epinephrine with norepinephrine and phenylephrine on the treatment of spinal-hypotension and ephedrine requirement during cesarean delivery. Methods: One hundred and sixty parturients with uncomplicated pregnancies undergoing elective cesarean delivery under spinal anesthesia were recruited. They were allocated randomly to receive norepinephrine 5 µg.mL−1 (n = 40), epinephrine 5 µg.mL−1 (n = 40), phenylephrine 100 µg.mL−1 (n = 40) or 0.9% saline infusions (n = 40) immediately after induction of spinal anesthesia. Whenever systolic blood pressure drops to less than 80% of baseline, 5 mg of intravenous ephedrine was administered as rescue vasopressor. The incidence of hypotension, total number of hypotension episodes, the number of patients requiring ephedrine, the mean amount of ephedrine consumption and side effects were recorded. Results: There was no statistically significant difference in incidence of maternal hypotension between groups. The number of patients requiring ephedrine was significantly greater in group saline than in group phenylephrine (p < 0.001). However, it was similar between phenylephrine, norepinephrine, and epinephrine groups. The mean ephedrine consumption was significantly higher in group saline than in norepinephrine, epinephrine, phenylephrine groups (p = 0.001). Conclusion: There is no statistically significant difference in incidence of hypotension and ephedrine consumption during spinal anesthesia for cesarean delivery with the use of epinephrine when compared to norepinephrine or phenylephrine. Epinephrine can be considered an alternative agent for management of spinal hypotension.
  • Antagonistas do receptor da neurocinina-1 no tratamento de náusea e vômito no pós-operatório: Revisão sistemática e meta-análise Systematic Review

    Murakami, Chiaki; Kakuta, Nami; Satomi, Shiho; Nakamura, Ryuji; Miyoshi, Hirotsugu; Morio, Atsushi; Saeki, Noboru; Kato, Takahiro; Ohshita, Naohiro; Tanaka, Katsuya; Tsutsumi, Yasuo M.

    Resumo em Português:

    Resumo Histórico: Náusea e Vômito no Pós-Operatório (NVPO) é um evento adverso frequente da anestesia geral. Várias classes de antieméticos, incluindo antagonistas do receptor 5-Hidroxitriptamina3 (5-HT3) e antagonistas do receptor da Neurocinina-1 (NK-1), têm sido utilizados para tratar a NVPO. Objetivo: Comparar o efeito antiemético dos antagonistas do receptor NK-1, incluindo o fosaprepitanto. Fontes de dados: Foram utilizadas bases de dados on-line (PubMed, MEDLINE, Scopus, The Cochrane Library). Critérios de elegibilidade do estudo, participantes e intervenções: Foram incluídos Estudos Clínicos Randomizados (ECR) realizados em pacientes acima de 18 anos classificação ASA I a III, com o objetivo de avaliar a eficácia de antieméticos que incluíssem antagonistas do receptor NK-1 e antagonistas do receptor 5-HT3, e que comparassem a incidência de NVPO. Métodos de avaliação e síntese do estudo: Todas as avaliações estatísticas foram realizadas por abordagem de efeito aleatório e foram calculadas razões de chances e Intervalos de Confiança de 95%. Resultados: As doses de 40 mg e 80 mg de aprepitanto reduziram significantemente a incidência de vômito no período de 0 a 24 horas pós-operatórias (razão de chances [OR = 0,40]; Intervalo de Confiança de 95% [95% IC] 0,30-0,54; p < 0,001 e OR = 0,32; 95% IC 0,19-0,56; p < 0,001). O fosaprepitanto pode também reduzir significantemente a incidência de vômito tanto de 0-24 horas como no período de 0-48 horas pós-operatórias (OR = 0,07; 95% IC 0,02-0,24; p < 0,001 e OR = 0,07; 95% IC 0,02-0,23; p < 0,001). Limitações: Os fatores de risco para NVPO não foram analisados, ECRs usando múltiplos antieméticos foram incluídos, ECRs para fosaprepitanto tinham amostras pequenas, podendo haver algum viés. Conclusões e implicações dos principais achados: Aprepitanto e fosaprepitanto podem ser drogas antieméticas profiláticas efetivas para vômito no pós-operatório. No entanto, são necessários mais estudos para elaboração de meta-análises de melhor qualidade. Número de registro da revisão sistemática: CRD42019120188.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: Postoperative Nausea and Vomiting (PONV) is a common complication of general anesthesia. Several kinds of antiemetics, including 5-Hydroxytryptamine3 (5-HT3) receptor antagonists, and Neurokinin-1 (NK-1) receptor antagonists have been used to treat PONV. Objectives: To compare the antiemetic effect of NK-1 receptor antagonists, including fosaprepitant. Data sources: Online databases (PubMed, MEDLINE, Scopus, The Cochrane Library databases) were used. Study eligibility criteria, participants, and interventions: Randomized Controlled Trials (RCTs) performed in patients over 18 years with ASA-PS of I‒III, aimed to assess the efficacy of antiemetics including NK-1 receptor antagonists and 5-HT3 receptor antagonists, and compared the incidence of PONV were included. Study appraisal and synthesis methods: All statistical assessments were conducted by a random effect approach, and odds ratios and 95% Confidence Intervals were calculated. Results: Aprepitant 40 mg and 80 mg significantly reduced the incidence of vomiting 0‒24 hours postoperatively (Odds Ratio [OR = 0.40]; 95% Confidence Interval [95% CI 0.30‒0.54]; p < 0.001, and OR = 0.32; 95% CI 0.19‒0.56; p < 0.001). Fosaprepitant could also reduce the incidence of vomiting significantly both 0‒24 and 0‒48 hours postoperatively (OR = 0.07; 95% CI 0.02‒0.24; p < 0.001 and OR = 0.07; 95% CI 0.02‒0.23; p < 0.001). Limitations: Risk factors for PONV are not considered, RCTs using multiple antiemetics are included, RCTs for fosaprepitant is small, and some bias may be present. Conclusions and implications of key findings: Aprepitant and fosaprepitant can be effective prophylactic antiemetics for postoperative vomiting. However, more studies are required for higher-quality meta-analyses. Systematic review registration number: CRD42019120188.
  • Efeitos da acupuntura para a prevenção de náuseas e vômitos após colecistectomia laparoscópica: estudo clínico randomizado Scientific Article

    Miranda, Luiz Eduardo; Silva Filho, Luiz de França Maia e; Siqueira, Ana Carolina Brainer de; Miranda, Ana Clara; Rocha, Bianca Rodrigues Castelo Branco; Lima, Ian Victor Paiva de; Silva, Victor Soares Gomes da; Lima, Diego Laurentino de; Naspollini, Holmes

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos: Náuseas e vômitos são complicações comuns e indesejáveis no pós-operatório de colecistectomia laparoscópica (CL). Nós investigamos os efeitos da auriculoacupuntura (AA) para a prevenção de náuseas e vômitos no período pós-operatório (NVPO) imediato da CL não complicada. Métodos: 68 pacientes foram aleatoriamente divididos em dois grupos, auriculoacupuntura (n = 35) e controle (n = 33), e foram avaliados prospectivamente. A agulha foi aplicada antes da indução anestésica e permaneceu no lugar por 20 minutos. A intensidade da náusea foi avaliada mediante escala visual analógica e episódios de NVPO foram registrados imediatamente após a admissão na unidade de recuperação anestésica e duas, quatro e seis horas após a cirurgia. Resultados: O grupo AA apresentou significativamente menos episódios de NVPO do que o grupo controle durante todo o período pós-operatório (16/35 vs. 27/33, p = 0,03 e 4/35 vs. 15/33, p = 0,005, respectivamente). O grupo auriculoacupuntura apresentou episódios de náuseas menos intensos às 2 horas (p = 0,03) e 6 horas (p = 0,001) após a cirurgia e menos episódios de vômitos 2 horas (p = 0,01) e 6 horas (p = 0,02) após a cirurgia. Conclusão: A auriculoacupuntura aliviou náuseas e vômitos no pós-operatório em número significante de pacientes, mas não foi capaz de prevenir náuseas e vômitos no pós-operatório em todos os pacientes. Ela pode ser recomendada como terapia adjuvante para prevenção de náuseas e vômitos no pós-operatório no pós-operatório de colecistectomia laparoscópica em pacientes selecionados.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives: Postoperative nausea and vomiting (PONV) is a common and undesirable complication observed after laparoscopic cholecystectomy (LC). We investigated the effects of auriculoacupuncture (AA) on the prevention of postoperative nausea and vomiting in the immediate postoperative period of uncomplicated laparoscopic cholecystectomy. Methods: Sixty-eight patients were randomly divided into two groups, auriculoacupuncture (n = 35) and control (n = 33), and then they were evaluated prospectively. The needle was placed before anaesthesia induction and remained for 20 minutes. Nausea intensity was evaluated using an analogic visual scale and PONV events were registered immediately after anaesthesia care unit admission and in the second, fourth and sixth hours after the surgery. Results: The auriculoacupuncture group had a significantly smaller incidence of nausea and vomiting than the control group throughout the whole postoperative period (16/35 vs. 27/33, p = 0.03 and 4/35 vs. 15/33, p = 0.005, respectively); the AA group had fewer nausea events 2 h (p = 0.03) and 6 h (p = 0.001) after surgery and fewer vomiting events 2 h (p = 0.01) and 6 h (p = 0.02) after surgery. Conclusions: Auriculoacupuncture can partially prevent postoperative nausea and vomiting when compared to metoclopramide alone after uncomplicated laparoscopic cholecystectomy. Auriculoacupuncture can be recommended as an adjuvant therapy for postoperative nausea and vomiting prevention in selected patients.
  • Lidocaína em cirurgia oncológica: o papel do bloqueio dos canais de sódio dependentes de voltagem. Revisão narrativa Narrative Review

    Soto, German; Calero, Fernanda; Naranjo, Marusa

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa: As evidências atuais sugerem que a cirurgia oncológica, usada no tratamento de tumores sólidos, aumenta o risco de metástase. Nesse sentido, uma ampla gama de células tumorais expressa Canais de Sódio Dependentes de Voltagem (CSDV), cujos papéis biológicos não estão relacionados à produção de potencial de ação. Nas células epiteliais tumorais, o CSDV é parte integrante de estruturas celulares denominadas invadópodes, que participam da proliferação, migração e metástase celular. Estudos recentes mostraram que a lidocaína pode diminuir a recorrência do câncer através de efeitos diretos nas células tumorais e de propriedades imunomoduladoras na resposta ao estresse. Objetivo: O objetivo desta revisão narrativa é analisar o papel do CSDV nas células tumorais e descrever o possível efeito antiproliferativo da lidocaína na patogênese das metástases. Conteúdo: Foi realizada uma revisão crítica da literatura de Abril de 2017 a Abril de 2019. Os artigos encontrados no PubMed (2000 − 2019) foram analisados. Pesquisamos textos de linguagem livre e descritores MeSH-lidocaína; canais de sódio dependentes de voltagem; células tumorais; invadópodes; estresse cirúrgico; proliferação celular; metástase; recorrência do câncer − em artigos publicados em inglês, espanhol e português. Foram selecionadas 62 publicações. Conclusão: Em estudos empregando animais, a lidocaína atua bloqueando o CSDV e outros receptores, diminuindo a migração, invasão e metástase. Esses estudos precisam ser replicados em humanos submetidos a cirurgia oncológica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: The current evidence suggests that oncological surgery, which is a therapy used in the treatment of solid tumors, increases the risk of metastasis. In this regard, a wide range of tumor cells express Voltage-Gated Sodium Channels (VGSC), whose biological roles are not related to the generation of action potentials. In epithelial tumor cells, VGSC are part of cellular structures named invadopodia, involved in cell proliferation, migration, and metastasis. Recent studies showed that lidocaine could decrease cancer recurrence through its direct effects on tumor cells and immunomodulatory properties on the stress response. Objective: The aim of this narrative review is to highlight the role of VGSC in tumor cells, and to describe the potential antiproliferative effect of lidocaine during the pathogenesis of metastasis. Contents: A critical review of literature from April 2017 to April 2019 was performed. Articles found on PubMed (2000–2019) were considered. A free text and MeSH-lidocaine; voltage-gated sodium channels; tumor cells; invadopodia; surgical stress; cell proliferation; metastasis; cancer recurrence – for articles in English, Spanish and Portuguese language – was used. A total of 62 were selected. Conclusion: In animal studies, lidocaine acts by blocking VGSC and other receptors, decreasing migration, invasion, and metastasis. These studies need to be replicated in humans in the context of oncological surgery.
  • Atualização sobre reações de hipersensibilidade perioperatória: documento conjunto da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) e Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) – Parte I: tratamento e orientação pós-crise Narrative Review

    Spindola, Maria Anita Costa; Solé, Dirceu; Aun, Marcelo Vivolo; Azi, Liana Maria Tôrres de Araújo; Bernd, Luiz Antonio Guerra; Garcia, Daniela Bianchi; Capelo, Albertina Varandas; Cumino, Débora de Oliveira; Lacerda, Alex Eustáquio; Lima, Luciana Cavalcanti; Morato, Edelton Flávio; Nunes, Rogean Rodrigues; Rubini, Norma de Paula Motta; da Silva, Jane; Tardelli, Maria Angela; Watanabe, Alexandra Sayuri; Curi, Erick Freitas; Sano, Flavio

    Resumo em Português:

    Resumo Especialistas da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI) e da Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA) interessados no tema anafilaxia perioperatória reuniram-se com o objetivo de intensificar a colaboração entre as duas sociedades no estudo desse tema e elaborar um documento conjunto que possa guiar os especialistas de ambas as áreas. O objetivo desta série de dois artigos foi mostrar as evidências mais recentes alicerçadas na visão colaborativa entre as sociedades. Este primeiro artigo versará sobre as definições mais atuais, formas de tratamento e as orientações após a crise no perioperatório. No próximo artigo serão discutidos os principais agentes causais e a condução da investigação com testes apropriados.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Experts from the Brazilian Association of Allergy and Immunology (ASBAI) and the Brazilian Society of Anesthesiology (SBA) interested in the issue of perioperative anaphylaxis, and aiming to strengthen the collaboration between the two societies, combined efforts to study the topic and to prepare a joint document to guide specialists in both areas. The purpose of the present series of two articles was to report the most recent evidence based on the collaborative assessment between both societies. This first article will consider the updated definitions, treatment and guidelines after a perioperative crisis. The following article will discuss the major etiologic agents, how to proceed with the investigation, and the appropriate tests.
  • Desafios perioperatórios e pontos de atenção no bloqueio neuromuscular durante timectomia robótica para miastenia gravis Case Report

    Pal, Atish; Gogia, Vikas; Mehra, Chetan

    Resumo em Português:

    Resumo Miastenia Gravis (MG) é uma doença autoimune que se caracteriza por fraqueza e fadiga da musculatura esquelética, com melhora após o repouso. É uma doença de grande interesse para o anestesiologista, pois compromete a junção neuromuscular. Recentemente, a timectomia robótica tem sido empregada por apresentar as vantagens da abordagem minimamente invasiva. O procedimento introduz uma série de novos desafios para a equipe de anestesia. Relatamos aqui as várias considerações anestésicas e o cuidado perioperatório em uma série de 20 pacientes submetidos a timectomia robótica. Sendo um procedimento recente, há limitada literatura discutindo esse tópico e, além disso, a maior parte da literatura disponível concentra a atenção na Ventilação Monopulmonar (VMP) e na peridural torácica. A nosso ver, este é a primeiro relato na literatura sem o emprego de VMP e peridural torácica para o manejo da timectomia robótica.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Myasthenia Gravis (MG) is an autoimmune disease characterized by weakness and fatigability of skeletal muscles, with improvement following rest. It is a disease of great significance to the anesthesiologist because it affects the neuromuscular junction. Robotic thymectomy has come up in recent times due to the minimally invasive nature and its advantages. This presents a new set of challenges for the anesthesia team, and here we present the various anesthesia considerations and perioperative management in a series of 20 patients who underwent robotic thymectomy. As it is a recent upcoming procedure, there is a paucity of literature on this topic, and most of the available literature talks about One-Lung Ventilation (OLV) and thoracic epidurals. To our notice, this is the first literature without the use of OLV and thoracic epidural for the management of robotic thymectomy.
  • Cisto hidático na medula cervical complicada por via aérea difícil com potencial risco de vida: relato de caso Case Reports

    Viderman, Dmitriy; Nurpeisov, Aisa; Balabayev, Omirzhan; Urunbayev, Yermek; de Almeida, Guilherme; Bilotta, Federico

    Resumo em Português:

    Resumo O cisto hidático na região cervical é uma condição extremamente rara que pode criar desafios para os anestesiologistas. O reconhecimento oportuno das vias aéreas difíceis e a preparação do plano de manejo são cruciais para evitar complicações com risco de vida, como danos cerebrais hipóxicos. Descrevemos um caso de difícil controle das vias aéreas em um paciente com cisto hidático cervical maciço. Utilizamos sedação com cetamina-propofol em baixa dose e spray de lidocaína para anestesia local orofaríngea. Relaxantes musculares não foram utilizados e a respiração espontânea foi mantida durante a intubação. O reconhecimento, a avaliação e o planejamento perioperatório são essenciais para o manejo difícil das vias aéreas em pacientes com cisto hidático cervical.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Hydatid cyst in the cervical region is an extremely rare condition that can create challenges for anesthesiologists. Timely recognition of difficult airway and preparing the management plan is crucial to avoid life-threatening complications such as hypoxic brain damage. We describe a case of difficult airway management in a patient with massive cervical hydatid cyst. We used a low-dose ketamine-propofol sedation and lidocaine spray for local oropharyngeal anesthesia. Muscular relaxants were not used, and spontaneous breathing was maintained during intubation. Recognition, assessment, and perioperative planning are essential for difficult airway management in patients with cervical hydatid cyst.
  • Bloqueio do plexo cervical como técnica anestésica alternativa para tireoplastia tipo I: relato de caso Case Reports

    Abi Lutfallah, Antoine; Jabbour, Khalil; Gergess, Afrida; Hayeck, Gemma; Matar, Nayla; Madi-Jebara, Samia

    Resumo em Português:

    Resumo Introdução: O papel da tireoplastia tipo I (TPI) está bem estabelecido no tratamento de insuficiência glótica após a paralisia das pregas vocais, mas o manejo anestésico ideal para a TPI ainda é controverso. Descrevemos uma nova técnica anestésica para a TPI usando o Bloqueio do Plexo Cervical (BPC) superficial e o BPC intermediário associados, em presença de analgo-sedação leve e intermitente. Relato de caso: Paciente de 51 anos de idade com paralisia da prega vocal esquerda e apneia obstrutiva do sono foi agendada para TPI. BPC intermediário guiado por ultrassom foi realizado usando acesso posterior, e 15 mL de ropivacaína a 0,5% foram injetados no espaço cervical posterior entre o músculo esternocleidomastoideo e a fáscia prevertebral. A seguir, para o BPC superficial, 10 mL de ropivacaína a 0,5% foram injetados na região subcutânea adjacente à borda posterior do músculo esternocleidomastoideo, sem transfixar a fáscia de revestimento. Analgo-sedação intermitente com infusão alvo-controlada de remifentanil (alvo de 0,5 ng.mL-1) foi usada para facilitar a inserção da prótese e a laringoscopia com fibra ótica. A técnica ofereceu via aérea segura durante a anestesia, boa condição para o cirurgião, possibilidade de monitorar a voz, além de ótimo conforto à paciente. Conclusões: O uso de anestesia regional é uma técnica promissora para o cuidado anestésico durante a TPI, especialmente em pacientes com via aérea comprometida.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background: The role of type I thyroplasty (TIP) is well established as the treatment for glottal insufficiency due to vocal fold paralysis, but the ideal anesthetic management for this procedure is still largely debated. We present the case of a novel anesthetic approach for TIP using combined intermediate and superficial Cervical Plexus Block (CPB) and intermittent mild sedation analgesia. Case report: A 51-year-old presenting with left vocal fold paralysis and obstructive sleep apnea was scheduled for TIP. An ultrasound-guided intermediate CPB was performed using the posterior approach, and 15 mL of ropivacaine 0.5% were injected in the posterior cervical space between the sternocleidomastoid muscle and the prevertebral fascia. Then, for the superficial CPB, a total of 10 mL 0.5% ropivacaine was injected subcutaneously, adjacently to the posterior border of the sternocleidomastoid muscle, without penetrating the investing fascia An intermittent sedation analgesia with a target-controlled infusion of remifentanyl (target 0.5 ng.mL-1) was used to facilitate prosthesis insertion and the fiberoptic laryngoscopy. This technique offered a safe anesthetic airway and good operating conditions for the surgeon, as well as feasible voice monitoring and optimal patient comfort. Conclusion: The use of a regional technique is a promising method for the anesthetic management in TIP, especially in patients with compromised airway.
  • Bloqueio do gânglio esfenopalatino autoaplicado para cefaleia pós-punção dural: relato de quatro casos Case Reports

    Rocha-Romero, Andrés; Roychoudhury, Priodarshi; Cordero, Rodrigo Benavides; Mendoza, Maynor Lopez

    Resumo em Português:

    Resumo Justificativa e objetivos: O Bloqueio do Gânglio Esfenopalatino (BGEP) é opção de tratamento efetivo associado a baixo risco para Cefaleia Pós-Punção Dural (CPPD) refratária às medidas conservadoras. Relato de caso: Este relato apresenta quatro pacientes com alta complexidade que apresentaram cefaleia relacionada à baixa pressão do líquido cefaloraquidiano. Três pacientes foram tratados com sucesso pela instilação de gotas de anestésico local tópico na cavidade nasal. Conclusões: A nova abordagem descrita neste relato apresenta riscos mínimos de desconforto ou lesão à mucosa nasal. A aplicação é rápida e pode ser administrada pelo próprio paciente.

    Resumo em Inglês:

    Abstract Background and objectives The Sphenopalatine Ganglion Block (SGB) is an effective, low-risk treatment option for Postdural Puncture Headache (PDPH) refractory to conservative management. Case report This report presents four complex cases of patients with headache related to low cerebrospinal fluid pressure. Three of them were successfully treated with the application of local anesthetic topical drops through the nasal cavity. Conclusion The novel approach described in this report has minimal risks of discomfort or injury to the nasal mucosa. It is quick to apply and can be administered by the patient himself.
  • Lombalgia crônica: devemos adotar as novas técnicas de analgesia? Letter To The Editor

    Morais, Inês Gonçalves; Martins, Ana
  • A saga do anestesiologista: guerreiro da linha de frente da COVID-19 Letter To Editor

    Syal, Rashmi; Kumari, Kamlesh; Kumar, Rakesh; Chaudhary, Kriti; Paliwal, Bharat
Sociedade Brasileira de Anestesiologia R. Professor Alfredo Gomes, 36, 22251-080 Botafogo RJ Brasil, Tel: +55 21 2537-8100, Fax: +55 21 2537-8188 - Campinas - SP - Brazil
E-mail: bjan@sbahq.org