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Relações hídricas de espécies arbóreas em um afloramento rochoso no Parque Estadual de Itapuã, RS

Foram examinadas neste estudo as relações hídricas das espécies Myrsine umbellata Mart. ex A. DC., Dodonaea viscosa Jacq. e Erythroxylum argentinum O. E. Schulz, ocorrentes em um afloramento rochoso no Parque Estadual de Itapuã, RS. Parâmetros ambientais (precipitação, temperatura, água no solo) e das plantas (potencial hídrico, déficit de pressão de vapor, condutância estomática, transpiração, condutância hidráulica, potencial osmótico e elasticidade da parede celular) foram coletados em cinco períodos e agrupados em dois conjuntos de dados: períodos úmido e seco. Myrsine umbellata mostrou grande estabilidade dos parâmetros vegetais, incluindo a manutenção de altos potenciais hídricos de base (psiwpd) e de meio-dia (psiwmd), mesmo no período seco (-0,48 e -1,12 MPa, respectivamente), sugerindo a presença de um sistema radicular profundo. Dodonaea viscosa e E. argentinum apresentaram menores psiwpd (-1,41 and -1,97 MPa, respectivamente) e maior fechamento estomático no período seco, sugerindo um sistema radicular mais superficial. Exposição diferenciada à seca do solo foi também corroborada pelos efeitos diferenciados da seca na condutância hidráulica folha-específica da planta. Análises de correlação indicaram fracas correlações entre psiwpd e g s. Erythroxylum argentinum foi a única espécie a mostrar ajuste osmótico em resposta à seca. Sugere-se que M. umbellata seja pouco tolerante a déficits hídricos, adotando uma estratégia de evitação. Os menores psiw alcançados por D. viscosa e E. argentinum sugerem maior tolerância destas espécies à seca.

afloramentos rochosos; Dodonaea viscosa; Erythroxylum argentinum; Myrsine umbellata; relações hídricas


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