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Variação espacial na estrutura e composição florística de uma vegetação de restinga no Sudeste brasileiro

A variação em ampla escala espacial para parâmetros estruturais e composição florística foi examinada para uma formação aberta de Clusia, um tipo vegetacional das restingas brasileiras. Esta vegetação é organizada em moitas separadas por areia com esparsa vegetação herbácea. Foram levantadas 12 áreas amostrais em três cordões arenosos paralelos, às margens de duas lagoas costeiras (Cabiúnas e Comprida). Estes cordões estavam dispostos a diferentes distâncias do mar. Cada área amostral foi dividida em três faixas. Usamos o método de intercepto de linha para amostrar todas as plantas lenhosas ³ 50 cm de altura. Foi empregada ANOVA hierárquica para verificar a variação estrutural em diferentes escalas amostrais, e análise de TWINSPAN para examinar a variação na composição florística entre áreas. A diversidade total da área (H') foi de 3,07. Apenas poucas espécies foram repetidamente dominantes ao longo de toda a área amostral. Houve homogeneidade em relação à diversidade e riqueza de espécies entre cordões arenosos, mas não dentro destes cordões. Composição florística e parâmetros estruturais não variaram em relação à distância do mar, mas a composição florística variou em função da lagoa que margeava. As diferenças observadas na cobertura vegetal podem estar relacionadas com a história geológica desta área de restinga.

comunidade vegetal; escala amostral; fitossociologia; restinga


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