Cento e setenta e dois trechos de riachos de seis regiões naturais (partes de biomas ou áreas geológicas) no estado de São Paulo (Mata Atlântica, Cerrado, regiões de Águas Duras, região noroeste do estado, Floresta Subtropical e Floresta Tropical) foram investigados com relação às Cyanophyceae macroscópicas mais representativas nas comunidades algais. Condutividade, velocidade da correnteza, saturação de oxigênio, pH, turbidez e temperatura foram os parâmetros ecológicos analisados para a avaliação da distribuição dos táxons entre os segmentos de riachos. A abundância das populações foram avaliadas através de suas porcentagem de cobertura. Trinta e quatro táxons foram identificados, sendo que Phormidium retzii foi a espécie melhor distribuída no estado, ocorrendo em todas regiões estudadas, exceto em regiões de águas duras e sua ocorrência revelou correlação negativa com condutividade. Na região de floresta subtropical foi encontrada a maior riqueza média de espécies por trecho amostrado, enquanto nas regiões de floresta tropical foram observados os mais elevados valores de abundância de algas azuis. Testes de correlação revelaram que a condutividade foi significativa e negativamente relacionada às variações na abundância e riqueza das espécies de algas azuis. Este resultado provavelmente reflete a habilidade das cianofíceas em desenvolver-se em ambientes com média a baixa concentração de íons e, ao mesmo tempo, ter vantagens sob condições de estresse de nutrientes.
