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Germinação de diásporos recém-colhidos de Myracrodruon urundeuva Allemão (Anacardiaceae) ocorrente no cerrado do Brasil Central

Germination of newly collected diaspores of Myracrodruon urundeuva Allemão (Anacardiaceae) occurring in the cerrado of Central Brazil

Resumos

Myracrodruon urundeuva distribui-se no nordeste, sudeste e centro-oeste brasileiro, sendo considerada uma espécie vulnerável à extinção. Diásporos coletados no vale do Rio Araguari, MG, foram utilizados em três experimentos, em delineamento inteiramente casualizado, cada um deles com cinco repetições de 50 diásporos. No primeiro e segundo experimentos, utilizou-se gerbox com vermiculita umedecida com água destilada, GA3 e citocinina a 1, 10, e 100 µg.mL¹ e KNO3 a 0,2%, o primeiro mantido sob luz branca fluorescente contínua e o segundo no escuro. No terceiro experimento, os diásporos foram umedecidos com água e estratificados por um a seis dias a 4-5 ºC, no escuro; no controle os diásporos não foram estratificados. A cada 24 horas observou-se a protrusão do embrião nos experimentos mantidos sob luz e, aos sete dias, na ausência de luz. Sob luz contínua, diásporos tratados com GA3 1 µg.mL-1 foram mais homogêneos (CVt = 17,13%) e sincronizados (Z = 0,64) em relação aos mantidos nos demais tratamentos. A germinabilidade nos diferentes tratamentos variou entre 52,8% e 60% e a germinação ocorreu entre dois e três dias. Na ausência de luz, a germinabilidade variou entre 50,4% e 58,8% e sob estratificação, entre 49,6% e 61,2%. Dentre os diferentes tempos de estratificação, o menor tempo médio, as maiores velocidades e uniformidade de germinação foram registrados para diásporos estratificados por seis dias. Apesar da germinação da aroeira ser rápida, sua porcentagem foi baixa, o que indica a necessidade de estudos para garantir sua exploração sustentável.

estratificação; medidas de germinação; reguladores de crescimento


Myracrodruon urundeuva occurs in Northeast, Southeast, and West Center Brazilian regions, being considered as a vulnerable species to extinction. Diaspores collected in the Araguari River valley, MG, were used in three experiments, in a completely randomized design, with five replications of 50 diaspores each one. In the first and second experiments, germination boxes with vermiculite moistened with distilled water, GA3 and cytokinin at 1, 10, 100 µg mL-1, and 0.2% KNO3 were used as treatments. The first experiment was conducted under continuous fluorescent white lamps and the second in darkness. In the third experiment the diaspores were moistened with distilled water and stratified during one to six days at 45 ºC in darkness. Control treatment was constituted by diaspores moistened with water, without stratification. For the experiments conducted under light conditions, data were collected observing the embryo protrusion every 24 hours; in darkness conditions counting was processed after seven days from the beginning of the experiment. Under continuous light, diaspores treated with 1 µg.mL¹ GA3 were more homogeneous (CVt = 17.13%) and synchronized (Z = 0.64) in relation to the other treatments. The germinability ranged from 52.8% to 60% and occurred between two and three days. In darkness condition, germinability ranged from 50.4% to 58.8% and under stratification, from 49.6% to 61.2%. For the experiment testing stratification, the lowest mean time, the highest rate and germination uniformity were registered for diaspores stratified during six days. Although the germination process had been fast, low germinability indicates that new investigations are necessary to the sustainable exploration of this species.

germination measurements; growth regulators; stratification


Germinação de diásporos recém-colhidos de Myracrodruon urundeuva Allemão (Anacardiaceae) ocorrente no cerrado do Brasil Central1 1 . Parte da dissertação de mestrado da primeira autora

Germination of newly collected diaspores of Myracrodruon urundeuva Allemão (Anacardiaceae) occurring in the cerrado of Central Brazil

Marieta C. DornelesI,2 2 . Autor para correspondência: marietacd@terra.com.br ; Marli A. RanalII; Denise G. SantanaI

IUniversidade Federal de Uberlândia, Instituto de Ciências Agrárias, Caixa Postal 593, 38400-902 Uberlândia, MG, Brasil

IIUniversidade Federal de Uberlândia, Instituto de Biologia, Caixa Postal 593, 38400-902 Uberlândia, MG, Brasil

RESUMO

Myracrodruon urundeuva distribui-se no nordeste, sudeste e centro-oeste brasileiro, sendo considerada uma espécie vulnerável à extinção. Diásporos coletados no vale do Rio Araguari, MG, foram utilizados em três experimentos, em delineamento inteiramente casualizado, cada um deles com cinco repetições de 50 diásporos. No primeiro e segundo experimentos, utilizou-se gerbox com vermiculita umedecida com água destilada, GA3 e citocinina a 1, 10, e 100 µg.mL1 e KNO3 a 0,2%, o primeiro mantido sob luz branca fluorescente contínua e o segundo no escuro. No terceiro experimento, os diásporos foram umedecidos com água e estratificados por um a seis dias a 4-5 ºC, no escuro; no controle os diásporos não foram estratificados. A cada 24 horas observou-se a protrusão do embrião nos experimentos mantidos sob luz e, aos sete dias, na ausência de luz. Sob luz contínua, diásporos tratados com GA3 1 µg.mL-1 foram mais homogêneos (CVt = 17,13%) e sincronizados (Z = 0,64) em relação aos mantidos nos demais tratamentos. A germinabilidade nos diferentes tratamentos variou entre 52,8% e 60% e a germinação ocorreu entre dois e três dias. Na ausência de luz, a germinabilidade variou entre 50,4% e 58,8% e sob estratificação, entre 49,6% e 61,2%. Dentre os diferentes tempos de estratificação, o menor tempo médio, as maiores velocidades e uniformidade de germinação foram registrados para diásporos estratificados por seis dias. Apesar da germinação da aroeira ser rápida, sua porcentagem foi baixa, o que indica a necessidade de estudos para garantir sua exploração sustentável.

Palavras-chave: estratificação, medidas de germinação, reguladores de crescimento

ABSTRACT

Myracrodruon urundeuva occurs in Northeast, Southeast, and West Center Brazilian regions, being considered as a vulnerable species to extinction. Diaspores collected in the Araguari River valley, MG, were used in three experiments, in a completely randomized design, with five replications of 50 diaspores each one. In the first and second experiments, germination boxes with vermiculite moistened with distilled water, GA3 and cytokinin at 1, 10, 100 µg mL-1, and 0.2% KNO3 were used as treatments. The first experiment was conducted under continuous fluorescent white lamps and the second in darkness. In the third experiment the diaspores were moistened with distilled water and stratified during one to six days at 45 ºC in darkness. Control treatment was constituted by diaspores moistened with water, without stratification. For the experiments conducted under light conditions, data were collected observing the embryo protrusion every 24 hours; in darkness conditions counting was processed after seven days from the beginning of the experiment. Under continuous light, diaspores treated with 1 µg.mL1 GA3 were more homogeneous (CVt = 17.13%) and synchronized (Z = 0.64) in relation to the other treatments. The germinability ranged from 52.8% to 60% and occurred between two and three days. In darkness condition, germinability ranged from 50.4% to 58.8% and under stratification, from 49.6% to 61.2%. For the experiment testing stratification, the lowest mean time, the highest rate and germination uniformity were registered for diaspores stratified during six days. Although the germination process had been fast, low germinability indicates that new investigations are necessary to the sustainable exploration of this species.

Key words: germination measurements, growth regulators, stratification

Introdução

Myracrodruon urundeuva Allemão (aroeira-do-cerrado, aroeira-do-sertão, aroeira-preta, dentre outros) é uma espécie da família Anacardiaceae, de distribuição natural limitada à América do Sul, nativa no Brasil e mais amplamente distribuída nas regiões nordeste, sudeste e centro-oeste, ocorrendo também na região chaquenha da Bolívia, Paraguai e Argentina (Santin & Leitão Filho 1991, Carvalho 1994, Gurgel-Garrido et al. 1997, Carmello-Guerreiro & Paoli 1999). Esta espécie é um importante componente da vegetação arbórea da caatinga, sendo característica e dominante, mas também se estende em direção à caatinga arbustiva (Prado & Gibbs 1993). É uma das espécies indicadoras de cerradão mesotrófico, dentro da área de cerrado do Brasil Central (Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais), ocorrendo em solos com pH e teor de cálcio mais altos (Ratter et al. 1977, Haridasan & Araújo 1988). O preparo e a manutenção de mudas em viveiro também têm mostrado que a aroeira é exigente em nutrientes (Melo 1991, Queiroz et al. 2002). A espécie é caracterizada por apresentar caducifolia nos meses mais secos, coincidindo com a época de floração, e seu porte varia de acordo com a região onde é encontrada (Andrade et al. 2000). A época de maturação fisiológica de seus diásporos se dá entre setembro e outubro (Lorenzi 1992), período ainda propício a quedas de temperaturas, principalmente decorrentes de frentes frias que alcançam o cerrado.

A aroeira é muito utilizada para o fornecimento de madeira, como planta medicinal, na indústria de curtimento de couro, na arborização de ruas e praças, sendo ainda de interesse na apicultura (Melo 1991). Em decorrência dessa ampla utilidade e exploração, a espécie foi incluída na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção, na categoria vulnerável (Ibama 1992). Desta forma, a análise da germinação passa a ser importante para avaliar a qualidade do germoplasma coletado, pois deste estudo dependerá o desenvolvimento de técnicas para a produção de mudas, bem como para a conservação da espécie em bancos de germoplasma ex situ (Coelho et al. 1997). Informações sobre a germinação de seus diásporos recém-colhidos são raras (Carvalho 1994, Figueirôa 2002, Teófilo et al. 2004), restringindo-se a estudos de armazenamento (Souza et al. 1980, Medeiros et al. 1998, 2000; Silva et al. 2002).

Diásporos coletados no Ceará (Teófilo et al. 2004), na Paraíba (Silva et al. 2002) e Sergipe (Figueirôa 2002), nas safras de 1999 e 2000 apresentaram germinabilidade entre 20 e 80%, dependendo das condições experimentais. Resultados apresentados por Silva et al. (2002) mostram que a germinação ocorre de 15 a 35 ºC, sendo melhor sucedida quanto à germinabilidade e vigor entre 20 e 30 ºC. O tempo médio de germinação registrado para os diásporos da espécie está entre um e sete dias, sendo a maior velocidade registrada nas maiores temperaturas (Figueirôa 2002, Silva et al. 2002). Os resultados obtidos pelos dois últimos autores citados mostram que nas condições mais favoráveis à germinação, esta ocorre tanto na luz como no escuro, o que permite incluir a espécie como indiferente quanto a essa característica. Armazenados em condições naturais, a germinabilidade e o vigor dos diásporos declinam significativamente a partir de seis meses, conservando-se com 83% de germinação por até 12 meses quando armazenados em câmara fria, apesar de ocorrer declínio no vigor, nessas condições (Teófilo et al. 2004). Segundo Medeiros & Cavallari (1992), os diásporos de aroeira são ortodoxos. Esta característica foi confirmada por Medeiros et al. (1998, 2000), em função da resistência dos diásporos secos ao armazenamento a baixas temperaturas. A grande amplitude da germinabilidade e tempo médio de germinação registrada nesses trabalhos mostra que os diásporos de aroeira apresentam vigor diferenciado, decorrente da característica genética da planta-mãe, das condições edafo-climáticas onde esta se encontra estabelecida, além de especificidades entre os laboratórios e técnicas utilizadas. Em função disso, a história natural do diásporo é peculiar e necessita de maior respaldo matemático e estatístico, para sua avaliação e interpretação. A quantidade final de diásporos germinados tem sido informação prioritária porque, do ponto de vista prático, é isto o que interessa na produção de mudas em larga escala. No entanto, o tempo, a velocidade, a homogeneidade e a sincronia de germinação são medidas que detectam com mais acurácia sua condição fisiológica no momento da liberação ou após armazenamento. Apesar da disponibilidade de expressões matemáticas diversas para essas quantificações (Labouriau 1983, Brown & Mayer 1988, Bewley & Black 1994, Santana & Ranal 2004), de ferramentas estatísticas para medir a acurácia das diversas medidas disponíveis (D.G. Santana & M.A. Ranal, dados não publicados) e da capacidade de cada uma delas para diferenciar matrizes produtoras e tratamentos aplicados aos diásporos (Santana & Ranal 2004), nem sempre isto é utilizado.

Ainda com relação à exploração sustentável da espécie, é importante destacar que um dos objetivos do manejo florestal é garantir a continuidade da produção madeireira, por meio do estímulo à regeneração natural nas clareiras e da proteção do estoque de árvores remanescentes (Amaral et al. 1998). Entretanto, segundo os autores, é possível que em algumas situações a regeneração natural pós-exploração seja escassa, sendo necessário fazer o plantio de mudas. Verifica-se, portanto, a necessidade de estudos especializados sobre espécies florestais nativas, para a obtenção de dados que poderão ser utilizados no manejo e na recuperação de áreas degradadas, bem como na manutenção da diversidade ecológica e econômica que garantem a integridade do patrimônio vegetal, com conseqüente volume de madeira disponível no futuro (Perez 1995, Amaral et al. 1998).

Em função disso, objetivou-se avaliar o padrão de germinação dos diásporos de aroeira recém-colhidos, no sentido de subsidiar a produção de mudas destinadas aos reflorestamentos e sistemas agroflorestais.

Material e métodos

Diásporos de aroeira (drupas) foram coletados no vale do Rio Araguari (Pau Furado), Município de Araguari, MG, a partir de aproximadamente sete indivíduos, em setembro de 2002. A região é caracterizada pelo tipo climático Aw, segundo Köppen (1948), considerado tropical úmido com inverno seco (abril a setembro) e verão chuvoso (outubro a março). Os dados meteorológicos referentes ao ano da coleta dos diásporos foram fornecidos pela Estação Meteorológica do Campus Santa Mônica, Universidade Federal de Uberlândia, e utilizados para a construção do diagrama meteorológico (figura 1), de acordo com Walter (1979).


O beneficiamento dos diásporos foi feito manualmente para a retirada do cálice e de frutos totalmente verdes, no mesmo dia da coleta. Após o beneficiamento, o material permaneceu em laboratório, secando ao ar por dois dias. Posteriormente, foi instalado o primeiro experimento, utilizando-se gerbox contendo 182 cm3 de vermiculita umedecida com 80 mL de água, soluções de ácido giberélico (GA3) e citocinina nas concentrações de 1, 10, e 100 µg.mL-1 e nitrato de potássio a 0,2%, totalizando oito tratamentos. O experimento foi mantido em câmara de germinação (Seedburo Equipment Company, modelo MPG-2000), sob luz branca fluorescente contínua, com irradiância média de 11,50 ± 6,03 µmol.m-2 .s-1. O segundo experimento, constituído pelos mesmos tratamentos, foi montado para avaliar a germinação no escuro, envolvendo-se os gerbox duplamente em papel alumínio, por sete dias. Para verificar a ação da estratificação, foi montado o terceiro experimento. Os diásporos foram semeados em vermiculita umedecida com água destilada (80 mL por gerbox), sendo sete tratamentos, incluindo os diásporos não estratificados como controle e seis períodos de estratificação (de um a seis dias). Os tratamentos que seguiram para a estratificação foram mantidos no escuro, a 45 ºC. Após os períodos de estratificação, as parcelas foram distribuídas em câmara de germinação, à 12,62 ± 6,20 µmol.m2.s-1 (radiação fotossinteticamente ativa média). Nos três experimentos utilizou-se o delineamento inteiramente casualizado, com cinco repetições de 50 diásporos, mantidos entre 26,0 e 26,5 ºC (temperaturas médias mínima e máxima, respectivamente).

O critério de germinação foi a protrusão do embrião (critério botânico), sendo a avaliação feita a cada 24 horas para os experimentos mantidos sob luz e aos sete dias para o experimento mantido no escuro. Com os dados coletados calculou-se a germinabilidade, o tempo médio de germinação (Labouriau 1983), o coeficiente de uniformidade de germinação (Heydecker 1973), o coeficiente de variação do tempo (D.G. Santana & M.A. Ranal, dados não publicados); medidas de velocidade, incluindo a velocidade média de germinação (Labouriau 1970), a velocidade de germinação adaptada de Maguire (1962), o índice de Timson (Timson 1965), o índice de Timson modificado (Santana & Ranal 2004), o índice de velocidade de germinação, adaptado de Shmueli & Goldberg (1971), o índice de velocidade de germinação modificado (Santana & Ranal 2004), o índice de germinação (Melville et al. 1980), o índice de germinação modificado (Santana & Ranal 2004); a incerteza (Labouriau & Valadares 1976) e o índice de sincronização da germinação, adaptado de Primack (1980). Ao final do primeiro e terceiro experimentos os diáporos foram abertos e submetidos ao teste do tetrazólio (0,5%; 30 ºC por 24 h) para quantificar os diásporos viáveis, não germinados. Ao final do segundo experimento, foram contados os diásporos firmes.

Para a análise estatística dos dados, foram utilizados os testes de Shapiro-Wilk para normalidade dos resíduos da ANOVA e de Bartlett para homogeneidade entre as variâncias. Como essas duas pressuposições da estatística paramétrica foram atendidas para todas as medidas obtidas para o experimento mantido sob luz contínua e na ausência de luz, aos dados foi aplicada a análise da variância (ANOVA), seguida do teste de Tukey para as comparações binárias, ambos a 0,05 de probabilidade. Para o experimento realizado com diásporos estratificados, aos dados que apresentaram normalidade e homogeneidade (G, CUG, CVt, , VE, T, ERI, GI, I e Z), aplicou-se a ANOVA e o teste de Tukey para as comparações binárias ( = 0,05). Para os dados que não apresentaram normalidade (Tmod, GImod e ERImod), utilizouse o teste de Kruskal-Wallis seguido de Dunn para as comparações binárias (a = 0,05). Correlações entre as medidas de velocidade e a germinabilidade dos diásporos foram feitas para demonstrar a acurácia das medidas de velocidade calculadas. Para verificar se as correlações são nulas, a significância foi testada pelo teste t de Student. Os adjetivos para descrever a magnitude das correlações foram usados de acordo com Davis (1971), onde valores de r = 0,01 a 0,09 são correlações negligenciáveis; r = 0,10 a 0,29 são baixas; r = 0,30 a 0,49 são moderadas; r = 0,50 a 0,69 são substanciais; r = 0,70 a 0,99 são muito altas e r = 1,0 é a correlação perfeita.

Como nos diásporos remanescentes do terceiro experimento foram encontrados casos de poliembrionia, uma amostra de tamanho 100 foi utilizada para estimar a porcentagem de diásporos poliembriônicos.

Resultados

Os diásporos mantidos sob luz contínua alcançaram germinabilidades similares, independente dos tratamentos, estando entre 52,8% e 60,0% (tabela 1). Os tempos médios de germinação também não diferiram entre os tratamentos, mantendo-se entre 2,65 e 3,09 dias. Das medidas avaliadas, apenas para o CVt e o Z foram detectadas diferenças significativas, observando-se maior homogeneidade (CVt = 17,13%) e maior sincronia de germinação (Z = 0,64) para os diásporos mantidos em GA3 a 1 µg.mL-1. Na ausência de luz, não houve diferença significativa entre os tratamentos, mantendose a germinabilidade entre 50,4% e 58,8% (tabela 2).

Analisando-se o tratamento controle e os seis períodos de estratificação, verifica-se que não houve diferença significativa para a germinabilidade, que se manteve entre 49,6% e 61,2% e para o índice de germinação GI (tabela 3). Para as demais medidas de germinação, houve diferenças significativas, sendo o período de seis dias de estratificação o que tornou a germinação mais rápida (valores mais altos para, , VE, T, Tmod, ERI, ERImod, GImod). Os diásporos, em todos os tratamentos, espalharam no tempo a germinação (valores de CVt acima de 20%), especialmente quando estratificados por quatro a seis dias. A sincronia de germinação, inferida pela incerteza e calculada pelo Z, foi maior para diásporos estratificados por dois, três e seis dias (tabela 3).

Correlações significativas muito altas entre a germinabilidade e algumas medidas de velocidade (VE, T, ERI e GI) mostram que há associação entre a quantidade de diásporos que germina e a velocidade com que o processo ocorre (tabela 4). Cancelando matematicamente o efeito da germinabilidade de algumas dessas medidas (Tmod, ERImod e GImod), as correlações passam a ser baixas a moderadas. Entre a germinabilidade e a velocidade média de germinação () as correlações não são significativas, sendo negligenciável para o terceiro experimento (ação da estratificação) e baixa para o primeiro experimento (ação de reguladores de crescimento, sob luz).

Dos diásporos remanescentes ao final dos experimentos, 1,04% do primeiro e 1,38% do terceiro estavam viáveis pelo teste do tetrazólio. Os diásporos utilizados no segundo experimento (germinação no escuro, sob a ação de reguladores de crescimento) estavam firmes ao final de sete dias. Dos 100 diásporos analisados, apenas um apresentou poliembrionia, o que equivale a 1% da amostra.

Discussão

A germinabilidade dos diásporos da aroeira coletados no Município de Araguari variou entre 49,6% e 61,2%, estando esses valores dentro da amplitude registrada por outros autores (Medeiros et al. 2000, Figueirôa 2002, Silva et al. 2002, Teófilo et al. 2004). As maiores germinabilidades (entre 85% e 90%) foram alcançadas por diásporos coletados no Ceará e armazenados por 180 dias em câmara fria (Teófilo et al. 2004). Provavelmente a temperatura seja mais relevante que a luz no estímulo à germinação dos diásporos da espécie, uma vez que os dados obtidos mostram que estes são indiferentes à luz, independente da região de coleta (Figueirôa 2002, Silva et al. 2002). A resposta dos diásporos à temperatura é variada, tanto para a germinabilidade como para a velocidade de germinação (Figueirôa 2002, Silva et al. 2002). Observando-se as áreas de ocorrência da aroeira, verifica-se que a espécie pode desenvolver-se tanto em locais abertos e ensolarados, como em locais sombreados (Silva et al. 2002), onde há maior e menor oscilação térmica, respectivamente, sendo considerada uma espécie secundária tardia (Gurgel Garrido et al. 1997). Da faixa de 15 a 35 ºC testada, as maiores germinabilidades foram registradas entre 20 e 30 ºC (Silva et al. 2002), faixa de temperatura que tem mostrado ser adequada para a germinação de sementes de muitas espécies florestais (Borges & Rena 1993).

A diferença na maturação dos diásporos de uma espécie pode levar a resultados de germinação discrepantes, se nenhuma triagem for realizada durante a coleta. Como o processo de maturação fisiológica de sementes de espécies florestais pode variar em função de fatores genéticos e ecológicos (Piña-Rodrigues & Piratelli 1993), cabe ao pesquisador estabelecer o critério para a coleta e triagem do material. Para o caso específico da aroeira, foram detectados no mesmo cacho, frutos em diferentes estágios de maturação. Se a coleta tivesse sido realizada selecionando-se apenas os frutos com coloração castanho-escura e de superfície enrugada, considerados plenamente maduros e prontos para dispersão (Carvalho 1994), não teria sido possível instalar os experimentos. Desta forma, adotou-se o procedimento convencional para espécies florestais, coletando-se frutos com o tegumento castanho-escuro e ainda túrgidos, mantidos ao ar por dois dias para uniformizar a perda de água. A adoção desse critério deve ter contribuído para aumentar variações fisiológicas entre os diásporos, detectada pelo desvio padrão da germinabilidade.

Ao tomar como referência os valores limites de coeficiente de variação de um experimento (Pimentel- Gomes 2000), verifica-se que os coeficientes de variação do tempo de germinação (CVt) registrados para os diásporos estudados, todos acima de 20%, confirmam sua grande dispersão ao redor do tempo médio de germinação.

Os resultados obtidos no presente trabalho indicam que os diásporos de aroeira coletados em Araguari não apresentaram dormência primária. Isto é confirmado pelo fato da adição dos reguladores de crescimento como a giberelina, citocinina e o nitrato de potássio não terem estimulado a germinação, em relação ao tratamento controle. Embora esta espécie não apresente dormência, a estratificação estimulou o metabolismo da germinação, acelerando e sincronizando o processo. Entende-se que em temperaturas baixas não ocorra a germinação, que Silva et al. (2002) comprovaram quando avaliaram a germinação dos diásporos a 10 ºC. Por outro lado, estratificação dos diásporos por um período de até seis dias foi favorável ao processo de germinação. Estes resultados mostram que, apesar da espécie ser de regiões tropicais, é capaz de suportar períodos com baixas temperaturas. Sendo o período de maturação e dispersão de seus diásporos coincidente com o final do período seco, parece vantajoso para a espécie suportar quedas de temperatura que ocorrem no cerrado, com a chegada de frentes frias esporádicas, no final do inverno. aumento da umidade, com decréscimo na temperatura, seguido de dias secos que ocorreram na região de Uberlândia e Araguari em 2002, pode ser comprovado pelos dados registrados na figura 1, para os meses de setembro e outubro.

Além do efeito fisiológico, a ação da estratificação nos diásporos de aroeira deixou evidente a natureza das medidas mistas de velocidade. As medidas de velocidade que associam na mesma expressão capacidade e velocidade (T, VE, GI e ERI), foram influenciadas pela germinabilidade, mesmo que a análise estatística não tenha detectado diferença significativa entre os tratamentos para esta última característica. Isto pode ser confirmado analisando-se a resposta dos diásporos à estratificação por quatro e cinco dias. Como a germinabilidade foi maior no tratamento estratificado por quatro dias, a maioria das medidas de velocidade mistas foi maior nesse tratamento, enquanto velocidade calculada por foi maior para os diásporos estratificados por cinco dias. Além disso, todas as medidas de velocidade foram maiores no tratamento com seis dias de estratificação, apesar da germinabilidade não ter sido a mais alta nesse tratamento. Neste caso, como o tempo médio de germinação foi o menor e, conseqüentemente, velocidade média de germinação foi mais alta do que nos demais tratamentos, esta característica elevou os valores das velocidades mistas. Esse comportamento da aroeira ilustra bem a ambigüidade das medidas mistas, apontada por Goodchild & Walker (1971) e Brown & Mayer (1988), uma vez que essas medidas podem resultar em números similares com germinabilidade alta e velocidade baixa ou o contrário. Esta ambigüidade foi comprovada pelas correlações significativas muito altas aqui apresentadas. Mesmo com essas limitações que alteram a acurácia de algumas das medidas de velocidade, todas elas indicaram a estratificação por seis dias como o tratamento mais eficaz para acelerar a germinação dos diásporos da aroeira. Velocidade média de germinação similar à dos diásporos estratificados por seis dias também foi registrada por Figueirôa (2002), trabalhando com diásporos coletados no nordeste e mantidos a 30 ºC.

A porcentagem de diásporos poliembriônicos coletados no Vale do Rio Araguari foi baixa. Esta característica também foi detectada para a mesma espécie por Salomão & Allem (2001), tendo sido registrados 2% de diásporos poliembriônicos para amostras coletadas na caatinga. Segundo os autores, das 75 espécies lenhosas do cerrado do Brasil Central e da caatinga xerófila do nordeste brasileiro, 14 apresentaram poliembrionia, sendo este evento relatado pela primeira vez para nove gêneros, dentre os quais Myracrodruon. Esta é considerada uma das anomalias no desenvolvimento do óvulo mais comuns, ocorrendo em 63 das 109 ordens, em 115 das 348 famílias e em 255 gêneros das famílias levantadas por Carman (1997). A ocorrência de poliembrionia tem sido considerada uma barreira para os trabalhos de melhoramento convencional em Citrus (Ramos & Pasqual 1991, Domingues et al. 1998). Do ponto de vista biológico, a poliembrionia pode aumentar a chance de estabelecimento/recrutamento de um indivíduo na população, mas do ponto de vista agronômico, a partição de recursos da semente entre os vários embriões pode diminuir o vigor de todos eles, em relaçãoà monoembrionia.

Analisando-se os resultados obtidos por diferentes autores, verifica-se que em condições controladas, a germinação dos diásporos de aroeira é rápida para a maioria dos tratamentos utilizados, mas a germinabilidade é muito variada, indo de 20% a 90%, sendo os valores abaixo de 70% freqüentes (Souza et al. 1980, Medeiros et al. 2000, Figueirôa 2002, Silva et al. 2002, Teófilo et al. 2004). Sabendo-se que em campo a emergência é menor e a mortalidade de plântulas pode ser alta pela natural competição e ação do homem, esforços precisam ser realizados para a produção de mudas em viveiro, o que certamente garantirá a exploração sustentável da espécie.

(recebido: 13 de maio de 2004; aceito: 24 de fevereiro de 2005)

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  • 1
    . Parte da dissertação de mestrado da primeira autora
  • 2
    . Autor para correspondência:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      13 Jan 2006
    • Data do Fascículo
      Jun 2005

    Histórico

    • Aceito
      24 Fev 2005
    • Recebido
      13 Maio 2004
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