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Impactos sobre comunidades de invertebrados em cavernas brasileiras

Comparou-se a composição, a riqueza, a abundância, a distribuição e a similaridade entre as comunidades de artrópodes cavernícolas presentes em sete cavernas situadas no vale do Rio Peruaçu, norte do Estado de Minas Gerais. Tal comparação visou à determinação do grau de complexidade biológica das cavernas da região, que foi estimada pelo "Índice de complexidade biológica em cavernas" apresentado neste trabalho. Foi avaliada, também, a existência de impactos reais ou potenciais sobre a fauna cavernícola. Foram coletados 1.468 indivíduos pertencentes a 57 famílias de: Acarina, Pseudoscorpionida, Araneida, Opilionida, Amblypygi, Isopoda, Geophilomorpha, Scutigeromorpha, Spirostreptida, Coleoptera, Collembola, Diptera, Dictyoptera, Ephemeroptera, Ensifera, Heteroptera, Hymenoptera, Lepidoptera, Plecoptera, Psocoptera e Trichoptera. Cavernas com maior disponibilidade de recursos (percorridas pelo Rio Peruaçu) tiveram maior complexidade biológica do que aquelas com menor quantidade de recursos. Dentre os impactos existentes na área, destacam-se os de origem natural (geológica) e os de origem antrópica, como pisoteamento, elevada visitação e utilização de entradas das cavernas para a pecuária. As cavernas da região mostram-se de extrema importância dentro do panorama bioespeleológico nacional (tanto pela riqueza de espécies quanto pela coexistência de grupos epígeos e hipógeos), merecendo especial proteção.

cavernas; comunidades; impactos; invertebrados; Rio Peruaçu


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