Este trabalho tem por objetivo estudar a ecologia da polinização da planta invasora Triumfetta semitriloba Jacq. (Tiliaceae), em Viçosa, MG, Brasil, durante a estação de floração de 1993 e 1994. Foram escolhidas duas manchas de plantas localizadas em pastos abandonados (P1 e P2) e uma mancha em clareira de mata (P3). Dez plantas, em cada mancha, foram sorteadas. Durante um dia de cada mês de floração foi contado o número de flores abertas por planta. Todos os visitantes florais foram identificados e registrado o comportamento. Foi obtida a freqüência de visitas aos ramos floridos e alguns polinizadores foram coletados para análise da carga de pólen. As flores de T. semitriloba são actinomórficas com cinco nectários em torno da base do ovário, e abrem, seqüencialmente, no período da tarde. A fenologia floral seguiu o padrão "steady-state" modificado de Gentry. O número de flores abertas foi maior em P2, mas as diferenças entre meses não foram homogêneas entre as manchas. Considerando o comportamento enquanto coletavam pólen ou néctar, a freqüência de visita e a porcentagem de pólen de T. semitriloba na carga polínica (100% para todas as espécies de abelhas, exceto para Augochlorella michaelis que foi igual a 81%) as seguintes abelhas foram consideradas como principais polinizadoras: Augochloropsis cupreola, Augochlorella michaelis, Cressomiella aff. sussurans, Cressomiella sussurans, Cressomiella sp., Pseudocentron paulistana, Ceratinula sp1, Ceratinula sp2 e Ceratinula sp3, Melissodes sexcincta, Apis mellifera, Plebeia cf. nigriceps, Plebeia droryana. A distribuição de freqüência de visitas dos polinizadores não foi diferente entre manchas e não foi uniforme durante a antese. Houve uma maior atividade dos visitantes entre 15 e 17 horas.
polinização; Triumfetta semitriloba; Tiliaceae; abelhas tropicais; plantas invasoras
