Neste trabalho é apresentada uma análise do banco de esporos de pteridófitas do Pedregulho, em Itirapina, SP, Brasil. As amostras dos solos foram coletadas em fevereiro (estação chuvosa) e agosto (estação seca) de 1996, nas profundidades de 0-5, 5-10 e 10-15 cm. As amostras foram coletadas no cerrado, cerradão, mata ciliar e em uma área perturbada, em duplicata. Da duplicata, uma amostra foi usada para contagem do número de esporos e a segunda, para a germinação dos esporos e posterior contagem de gametófitos. Os valores em número de esporos de pteridófitas foi semelhante nas estações seca e chuvosa para cerrado, cerradão e mata ciliar. Na área perturbada, a porcentagem de esporos foi maior na estação chuvosa do que na seca. O número de esporos de pteridófitas decresceu com o aumento em profundidade (isto é, quanto mais profunda a camada, menor o número de esporos) na estação chuvosa no cerrado, cerradão e área perturbada. Foram encontrados gametófitos em todas as amostras. Em geral, solos coletados no cerrado, cerradão e área perturbada na estação seca apresentaram mais gametófitos do que nos solos coletados na estação chuvosa. O número de gametófitos foi menor nas amostras coletadas a 10-15 cm de profundidade. Os resultados deste trabalho claramente mostram que uma reserva de esporos de pteridófitas existe nos solos das quatro áreas estudadas na região de Itirapina, Brasil. Esta é uma das primeiras menções de um banco de esporos de pteridófitas em solos para o Brasil nenhum banco de esporos de pteridófitas foi mencionado para a América do Sul por Lindsay & Dyer (1990) and Dyer & Lindsay (1992).
banco de esporos de pteridófitas; gametófitos; cerrado; cerradão; mata ciliar; Brasil
