OBJETIVO: Avaliar a sobrevida e fatores clínico-patológicos relacionados ao adenocarcinoma de reto. METODOLOGIA: Foram revisados 112 prontuários de pacientes com adenocarcinoma de reto quanto a: idade, sexo, antígeno carcino-embriônico, curabilidade da cirurgia, seguimento, recidiva, sobrevida e histopatologia do tumor. Para análise da sobrevida, utilizou-se o método de Kaplan-Meyer. Nas análises bivariada e estratificada, P <0,05 foi significativo. No modelo multivariado, utilizou-se um IC de 90%. RESULTADOS: O seguimento mediano foi de 35,27 meses (14,5 - 57,63). A sobrevida em 5 anos foi de 51%. Sessenta e quatro pacientes (57%) apresentaram recidiva; 45 (40%) faleceram da neoplasia; 68% dos tumores estendiam-se até os tecidos perirretais; e 67 pacientes tinham linfonodos positivos (30% em cada, N1 e N2). Quatorze pacientes eram estágio D; 55, C1 e C2; 15, B2; e 28, B1 e A. O risco de óbito aumentou entre os casos com: estágios avançados, tumores mais invasivos e menos diferenciados, envolvimento linfonodal (N2>N1) e recidiva. A classificação de Dukes e a diferenciação tumoral foram fatores prognósticos independentes, bem como a penetração do tumor na parede retal e o comprometimento linfonodal, quando excluída a classificação histopatológica. CONCLUSÃO: Além da diferenciação tumoral, os fatores prognósticos identificados correspondem aos níveis dos sistemas de estadiamento vigentes.
Adenocarcinoma de reto; fatores prognósticos; classificação histopatológica; recidiva; sobrevida