Resumo
Objetivo:
a) propor e aplicar um sistema de avaliação; b) classificar o comprometimento pulmonar e determinar os níveis de assistência fisioterapêutica; c) verificar a evolução no pós-operatório de cirurgia valvar.
Métodos:
Pacientes realizaram avaliação fisioterapêutica no pré-operatório, pós-operatório e após 5 dias de intervenção. Foram classificados em três níveis de atenção: nível 1 - baixo risco de complicação; nível 2 - médio risco; nível 3 - alto risco. Utilizou-se Análise de Variância e Kruskal-Wallis e Análise de Variância para medidas repetidas ou Friedmann. Teste qui-quadrado ou Fisher para as proporções. Considerou-se nível de significância estatística P<0,05.
Resultados:
Foram estudados 199 pacientes, 156 classificados no nível 1, 32 nível 2 e 11 nível 3. Movimento toracoabdominal e ausculta pulmonar alteraram significantemente no pós-operatório, persistindo nos níveis 2 e 3 (P<0,05). Oxigenação e frequência respiratória se modificaram nos níveis 2 e 3 no pós-operatório (P<0,05), com recuperação no final. Diminuição significante dos volumes pulmonares ocorreu nos três níveis (P<0,05), com recuperação parcial no nível 1. Colapso pulmonar ocorreu em todos os níveis, com recuperação em 56% no nível 1, 47% no nível 2, 27% no nível 3.
Conclusão:
A avaliação proposta identificou pacientes de cirurgia valvar que necessitam de assistência fisioterapêutica diferenciada. Pacientes do nível 1 tiveram rápida recuperação, enquanto os do nível 2 mostraram alterações significativas, com ganhos funcionais no final. Pacientes do nível 3, mais comprometidos e com recuperação prolongada, devem receber maior assistência.
Descritores:
Cirurgia Torácica; Modalidades de Fisioterapia; Capacidade Vital