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Acesso transeptal vertical ampliado em reoperações valvares mitrais com átrio esquerdo pequeno

Resumos

OBJETIVO: Avaliar a abordagem transeptal vertical ampliada em reoperações da valva mitral com átrio esquerdo pequeno. MÉTODO: De janeiro de 2001 a dezembro de 2002, 15 pacientes portadores de doença valvar mitral com indicação de reintervenção cirúrgica, átrio esquerdo pequeno (menor ou igual a 4,0 cm) e fibrilação atrial crônica, foram submetidos à abordagem transeptal vertical ampliada da valva mitral. Nove pacientes (pt) eram do sexo feminino. A idade variou de 22 a 48 anos. As indicações cirúrgicas foram: disfunção de prótese mitral (seis pt); insuficiência mitral (cinco pt) e dupla lesão mitral (quatro pt). Três pacientes apresentavam insuficiência aórtica associada e um pt, insuficiência tricúspide. Nove (60%) pacientes encontravam-se em ICC CF III da NYHA e seis (40%), em CF IV. RESULTADOS: A exposição do aparelho valvar mitral foi excelente. O tempo de circulação extracorpórea variou de 65 a 150 min (média = 95min). Foram implantadas próteses em todos os pacientes (15 mitrais, três aórticas e um tricúspide). A mortalidade hospitalar foi de 6,7%, com um óbito devido a baixo débito cardíaco e falência de múltiplos órgãos. Um (6,7%) paciente apresentou broncopneumonia na fase hospitalar. Dez pacientes permaneceram com fibrilação atrial, três pt reverteram para ritmo sinusal e um evoluiu com ritmo juncional. A permanência hospitalar média foi de 8,2 dias. Doze (85,7%) pacientes encontram-se em CF I e dois (14,3%) em CF II. A curva atuarial de sobrevida é de 92,5 % em 22 meses de seguimento. CONCLUSÃO: A técnica cirúrgica empregada proporciona excelente visibilização do aparelho valvar mitral, com baixo índice de complicações.

Valva mitral; Reoperação; Implante de prótese de valva; Próteses das valvas cardíacas


OBJECTIVE: To evaluate the efficacy of the extended vertical transseptal approach in mitral valve reoperation with a small left atrium. METHOD: From January 2001 to December 2002, 15 patients with previous mitral operations, small left atrium and atrial fibrillation underwent mitral valve surgery through an extended vertical transseptal incision. There were nine women and six men. Their ages ranged from 22 to 48 years. The main surgical indication was mitral prosthetic dysfunction in six patients, pure mitral regurgitation in five and mitral stenosis with regurgitation in four. Three patients had associated aortic regurgitation and one patient had associated tricuspid regurgitation. Nine patients (60%) were in congestive heart failure function class III (NYHA) and six patients (40%) in function class IV. RESULTS: In all patients this approach provided excellent exposure. The cardiopulmonary bypass time ranged from 65 to 150 minutes (mean = 95 minutes). The mitral valve was replaced in 15 patients, the aortic valve in three and the tricuspid valve in one. One patient died secondary to cardiogenic shock and multiple organ failure (hospital mortality 7.1%). Another patient had pneumonia in the postoperative period (morbidity 6.7%). Ten patients remained in atrial fibrillation, three regained sinus rhythm and one was in nodal rhythm. The mean hospital stay was 8.2 days. Twelve patients (85%) have been in NYHA functional class I and two patients (15%) in functional class II. Actuarial survival rate at 22 months is 92.5%. CONCLUSION: The extended vertical transseptal approach provides excellent mitral valve exposure without inherent complications.

Mitral valve; Reoperation; Heart valve prosthesis implantation; Heart valve prosthesis


ARTIGO ORIGINAL

Acesso transeptal vertical ampliado em reoperações valvares mitrais com átrio esquerdo pequeno

Walter Vosgrau Fagundes; Bruno Botelho Pinheiro

Do Serviço de Cirurgia Cardiovascular do grupo Clinicord - Hospital Santa Genoveva - Goiânia/GO e Hospital Evangélico Goiano - Anápolis/GO.

Endereço para correspondência Endereço para correspondência Walter Vosgrau Fagundes Rua Prof. Adolfo Batista nº 64, Jundiaí. Anápolis, GO, Brasil CEP 75110-590 E-mail: silvanafag@brturbo.com

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a abordagem transeptal vertical ampliada em reoperações da valva mitral com átrio esquerdo pequeno.

MÉTODO: De janeiro de 2001 a dezembro de 2002, 15 pacientes portadores de doença valvar mitral com indicação de reintervenção cirúrgica, átrio esquerdo pequeno (menor ou igual a 4,0 cm) e fibrilação atrial crônica, foram submetidos à abordagem transeptal vertical ampliada da valva mitral. Nove pacientes (pt) eram do sexo feminino. A idade variou de 22 a 48 anos. As indicações cirúrgicas foram: disfunção de prótese mitral (seis pt); insuficiência mitral (cinco pt) e dupla lesão mitral (quatro pt). Três pacientes apresentavam insuficiência aórtica associada e um pt, insuficiência tricúspide. Nove (60%) pacientes encontravam-se em ICC CF III da NYHA e seis (40%), em CF IV.

RESULTADOS: A exposição do aparelho valvar mitral foi excelente. O tempo de circulação extracorpórea variou de 65 a 150 min (média = 95min). Foram implantadas próteses em todos os pacientes (15 mitrais, três aórticas e um tricúspide). A mortalidade hospitalar foi de 6,7%, com um óbito devido a baixo débito cardíaco e falência de múltiplos órgãos. Um (6,7%) paciente apresentou broncopneumonia na fase hospitalar. Dez pacientes permaneceram com fibrilação atrial, três pt reverteram para ritmo sinusal e um evoluiu com ritmo juncional. A permanência hospitalar média foi de 8,2 dias. Doze (85,7%) pacientes encontram-se em CF I e dois (14,3%) em CF II. A curva atuarial de sobrevida é de 92,5 % em 22 meses de seguimento.

CONCLUSÃO: A técnica cirúrgica empregada proporciona excelente visibilização do aparelho valvar mitral, com baixo índice de complicações.

Descritores: Valva mitral, cirurgia. Reoperação. Implante de prótese de valva, métodos. Próteses das valvas cardíacas.

INTRODUÇÃO

A completa visibilização do aparelho valvar mitral é um fator crítico de sucesso nas plastias ou substituições da valva mitral. Na maioria das vezes, exposição satisfatória é alcançada por meio de incisão no átrio esquerdo, paralela e posterior ao sulco interatrial [1,2]. No entanto, a abordagem pode ser difícil na presença de algumas circunstâncias como: (1) átrio esquerdo pequeno, (2) aderências densas de cirurgias cardíacas prévias, (3) prótese aórtica rígida, (4) anomalias congênitas do coração e do tórax, (5) calcificações atriais e (6) trombo grande organizado.

Variantes técnicas têm sido empregadas para lidar com casos complexos, principalmente no que se concerne a presença de átrio esquerdo pequeno e/ou reoperações da valva mitral [3-9].

O objetivo do nosso trabalho é avaliar a abordagem transeptal vertical ampliada em reoperações da valva mitral com átrio esquerdo pequeno.

MÉTODO

No período de janeiro de 2001 a dezembro de 2002, 15 pacientes (pt) portadores de doença valvar mitral com indicação de reintervenção cirúrgica, átrio esquerdo pequeno (menor ou igual a 4,0cm de diâmetro no ecocardiograma transtorácico) e fibrilação atrial crônica, foram submetidos à abordagem transeptal vertical ampliada da valva mitral. Nove (60%) pacientes eram do sexo feminino e seis (40%) do masculino. A idade variou de 22 a 48 anos, com média de 36,7 anos.

As indicações cirúrgicas foram: disfunção de prótese mitral (seis pt), insuficiência mitral (cinco pt) e dupla lesão mitral (quatro pt). Três pacientes apresentavam insuficiência aórtica associada e um pt, insuficiência tricúspide. Nove (60%) pacientes encontravam-se em insuficiência cardíaca classe funcional III da NYHA (New York Heart Association) e seis (40%), em classe funcional IV. A hipertensão vascular pulmonar estava presente em cinco (30%) pt (Tabela 1).

Todos os pacientes foram informados da opção técnica que seria empregada e consentimento escrito foi obtido previamente.

Técnica Cirúrgica

A via de acesso utilizada foi a esternotomia mediana convencional. Após dissecção das aderências e exposição do coração, realizou-se a anticoagulação com administração de heparina sódica (LiquemineR) na dose de 5mg/kg. Foi instalada circulação extracorpórea (CEC) com canulação da aorta ascendente e das veias cavas superior e inferior diretamente.

Durante a CEC com hipotermia moderada (28º C), após a administração de cardioplegia sanguínea anterógrada hipotérmica, realizou-se incisão longitudinal na parede atrial direita 1cm superior ao sulco terminal. Essa incisão foi prolongada parcialmente ao redor da base do apêndice atrial direito até atingir a porção superior do septo interatrial. O septo interatrial foi aberto com incisão vertical até atingir a porção cefálica terminal da abertura atrial direita. A incisão então foi ampliada ao teto do átrio esquerdo por 3 a 5 cm, distanciando da raiz da aorta. Permitindo assim, visualização das valvas mitral e tricúspide.

Nos pacientes em que foi necessária a manipulação da valva aórtica concomitantemente, realizou-se aortotomia transversa.

As incisões atriais foram fechadas com dupla sutura de polipropileno nº 4-0 (Ethicon, São Paulo, SP, Brasil), assim como as aortotomias.

RESULTADOS

Em todos os pacientes a exposição do aparelho valvar mitral foi excelente (Figura 1). O tempo de circulação extracorpórea variou de 65 a 150 minutos, com média de 95 minutos. O tempo de pinçamento de aorta variou de 45 a 120 minutos (média = 72,5 min).


Foram implantadas 15 próteses na posição mitral (10 biopróteses e cinco mecânicas), três próteses na posição aórtica (duas biopróteses e uma mecânica) e uma prótese mecânica na posição tricúspide (Tabela 2).

O sangramento pós-operatório médio foi de 655ml ± 230ml. A permanência na UTI variou de 36 a 120h (média = 48h).

A mortalidade hospitalar foi de 6,7% com óbito de um paciente (mitro-aórtico-tricuspídeo) devido a baixo débito cardíaco e falência de múltiplos órgãos. Um paciente apresentou broncopneumonia na fase hospitalar (morbidade = 6,7%). O tempo de permanência hospitalar médio foi de 8,2 dias.

Em relação ao ritmo cardíaco, dos 14 pt sobreviventes, 10 (71,5%) permaneceram com fibrilação atrial, três (21,4%) reverteram para ritmo sinusal e um (7,1%) evoluiu com ritmo juncional bradicárdico, necessitando de implante de marcapasso definitivo no pós-operatório.

Doze (85,7%) pacientes encontram-se em classe funcional I da NYHA e dois (14,3%), em classe funcional II. A curva atuarial de sobrevida é de 92,5% em 22 meses de seguimento (Figura 2).


COMENTÁRIOS

Várias técnicas têm sido empregadas para otimizar a exposição do aparelho valvar mitral em pacientes portadores de átrio esquerdo pequeno e/ou reoperações [3-9]. A abordagem transeptal pelo átrio direito é a via de acesso mais antiga à valva mitral [10,11]. GUIRAUDON et al. [6]propuseram o acesso transeptal vertical ampliado à valva mitral, com as vantagens teóricas de excelente visibilização e ausência de distorções do aparelho valvar mitral.

A exposição da valva mitral foi excelente em todos os pacientes por nós operados com a utilização da via transeptal vertical ampliada. ALFIERI et al. [7] preconizam o amplo uso dessa técnica para qualquer tipo de cirurgia valvar mitral.

A mortalidade pós-operatória em reoperações valvares mitrais tem variado de 6,2% a 12% [12,13]. Em nossa série, uma paciente mitro-aórtico-tricuspídea, segunda reintervenção, foi a óbito devido a baixo débito cardíaco e falência de múltiplos órgãos. Portanto, a nossa mortalidade hospitalar de 6,7% pode-se dizer que não está diretamente relacionada à técnica empregada. Vários autores têm demonstrado mortalidades variando de 5,5% a 12, 6% quando se utiliza a via transeptal vertical ampliada [14-16].

A morbidade pós-operatória de 6,7%, relacionada a um episódio de broncopneumonia, também não pode ser correlacionada diretamente à técnica em questão. O sangramento pós-operatório médio permaneceu nas faixas habituais para reoperações valvares mitrais. Não houve constatação de nenhum caso com deiscência da sutura do septo interatrial e shunt esquerda-direita na fase pós-operatória, embora tenha sido descrito com baixa freqüência (0,9%) em algumas séries da literatura [7].

Efeitos adversos no ritmo cardíaco pós-operatório têm sido relatados, principalmente devido à divisão de importantes vias de condução interatrial e lesão da artéria do nó sinusal [8]. No entanto, alguns autores demonstraram que a secção da artéria do nó sinusal não resulta necessariamente em perda do ritmo sinusal no pós-operatório [6,7]; como também observado em estudos experimentais de isolamento do nó sinusal [17], transplante cardíaco no qual o receptor permanece em ritmo sinusal [18], dissecção do sulco coronariano direito na Síndrome de Wolff-Parkinson-White [19] e acesso superior à valva mitral [20].

Todos os pacientes de nossa série apresentavam arritmia atrial pré-operatória (fibrilação atrial crônica) e em 21,4% deles houve reversão para ritmo sinusal no pós-operatório. Um (7,1%) paciente apresentou ritmo juncional bradicárdico, necessitando de implante de marcapasso endocavitário DDDR.

CONCLUSÃO

A técnica cirúrgica empregada proporciona excelente visibilização do aparelho valvar mitral em pacientes com átrio esquerdo pequeno e com baixo índice de complicação pós-operatória. Os efeitos sobre a condução atrial e ritmo sinusal requerem futuras investigações.

Artigo recebido em novembro de 2003

Artigo aprovado em fevereiro de 2004

Trabalho realizado no grupo Clinicord - Hospital Santa Genoveva, Goiânia/GO e Hospital Evangélico Goiano, Anápolis/GO - Brasil.

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  • Endereço para correspondência

    Walter Vosgrau Fagundes
    Rua Prof. Adolfo Batista nº 64, Jundiaí. Anápolis, GO, Brasil
    CEP 75110-590
    E-mail:
  • Datas de Publicação

    • Publicação nesta coleção
      10 Set 2007
    • Data do Fascículo
      Mar 2004

    Histórico

    • Recebido
      Nov 2003
    • Aceito
      Fev 2004
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