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Incidência de fibrilação atrial no pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com e sem circulação extracorpórea

Resumo

Objetivo:

Determinar a incidência de fibrilação atrial no pós -operatório de pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com e sem circulação extracorpórea.

Métodos:

Foi realizado um estudo retrospectivo com análise de 230 prontuários entre janeiro de 2011 e outubro de 2013.

Resultados:

Do total de 230 pacientes, 56 (24,3%) eram do sexo feminino. A média de idade dos pacientes submetidos à cirurgia de revascularização do miocárdio com circulação extracorpórea foi de 59,91±8,62 anos, e sem circulação extracorpórea, foi de 57,16±9,01 anos (P=0,0213). A média do Euroscore para o grupo com circulação extracorpórea foi de 3,37%±3,08% e para o grupo sem circulação extracorpórea foi de 3,13%±3% (P=0,5468). Entre os pacientes que realizaram a cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea, 18 (13,43%) desenvolveram fibrilação atrial no pós-operatório, enquanto no grupo com circulação extracorpórea, 19 (19,79%) desenvolveram esta arritmia, não havendo diferença significativa entre os grupos (P=0,1955).

Conclusão:

A cirurgia de revascularização do miocárdio sem circulação extracorpórea não diminuiu a incidência de fibrilação atrial no período pós-operatório. Identificamos como preditores de risco para o desenvolvimento desta arritmia: idade superior a 70 anos e presença de fibrilação atrial no período transoperatório em ambos os grupos estudados, e o não uso de medicamentos betabloqueadores no pós-operatório do grupo com circulação extracorpórea.

Descritores
Fibrilação Atrial; Revascularização Miocárdica; Complicações Pós-Operatórias

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