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Estratégias de enfrentamento pós-transplante cardíaco: implicações psicológicas

OBJETIVOS: Verificar as estratégias de enfrentamento utilizadas por indivíduos que tiveram o coração transplantado e suas relações com percepção da doença e do transplante. MÉTODOS: Estudo transversal com análise quantitativa e qualitativa. A amostra de 32 pacientes foi avaliada pela Escala Modos de Enfretamento de Problemas e questionário sociodemográfico; e cinco deles foram sorteados para entrevista. Realizou-se a avaliação da consistência interna da escala, cruzamentos entre as variáveis e os estilos de enfrentamento e a análise de conteúdo das entrevistas, relacionando os resultados ao discurso dos participantes. RESULTADOS: Os indivíduos utilizaram todos os estilos de enfrentamento, predominando o focalizado no problema. Nos participantes que receberam preparo psicológico, houve aumento estatisticamente significativo dos enfrentamentos focalizados no problema e na busca de suporte social. Entretanto, naqueles que não receberam preparo, houve aumento significativo da utilização do enfrentamento focalizado na emoção. Através do método de Bardin, revelaram-se como categorias: doença, reação ao chamado, transplante, fantasias, pós-operatório, equipe e enfrentamento. CONCLUSÕES: Os participantes utilizaram todos os estilos de enfrentamento, predominando a estratégia focalizada no problema. Os que receberam preparo psicológico usaram maior número de estratégias de enfrentamento ativas, o que evidencia a importância do acompanhamento psicológico durante o processo.

Transplante cardíaco; Adaptação psicológica; Perfil de impacto da doença


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