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Relação entre tempo de isquemia e performance pós-operatória no transplante cardíaco

Relationship between ischemic time and post-operative performance in cardiac transplantation

A presente dificuldade na obtenção de doadores adequados para o transplante cardíaco obriga à necessidade da utilização de órgãos removidos à distância, prolongando, assim, o tempo de isquemia total (TIT). Os efeitos do TIT sobre a função cardíaca no pós-operatório imediato e a necessidade de agentes inotrópicos ainda são controversos, devendo os limites de segurança serem determinados. As manifestações do TIT no índice cardíaco, durante os primeiros três dias pós transplante cardíaco ortotópico (I/C 1-3), o período total do suporte inotrópico (SIT), a dose total/kg de dopamina e dobutamina (D + D/kg), a necessidade inotrópica máxima e picos dos níveis de CPK-MB (CPK-MB) foram medidos em 96 receptores de transplante cardíaco, na Universidade de Minnesota, para determinar a relação destas variáveis com o TIT. O TIT variou entre 61 e 288 minutos (média 171,7, D.P. 51,9). A população foi dividida entre grupos representando intervalos de 30 minutos. Embora os níveis de CPK-MB fossem inferiores nos grupos de TIT menores, não houve diferença nos parâmetros de função cardíaca, tempo de suporte e necessidade inotrópica. Concluímos que tempos de isquemia até cinco horas são bem tolerados e que outros fatores, como função cardíaca do doador previamente à remoção do órgão, ou possível dano isquêmico durante a remoção, são mais importantes na determinação da performance pós-operatória imediata.

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