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Avaliação dos resultados tardios da operação de derivação cavo-pulmonar bidirecional, no tratamento paliativo de cardiopatias congênitas com câmara ventricular única

Assessment of late results of bidirecional cavopulmonary shunt on paliative treatment of congenital heart disease with functional isolated ventricular chamber

No período de março de 1990 a janeiro de 1994, 17 pacientes com idades de 1 a 13 anos (média: 7 anos), portadores de cardiopatias congênitas com câmara ventricular única funcionante, foram submetidos a operação de derivação cavo-pulmonar bidirecional. Nove pacientes tinham atresia tricúspide (AT), 7 do tipo lb, 1 tipo le e 1 tipo Mb. Cinco pacientes tinham dupla via de entrada ventricular tipo ventrículo direito (DVEVD); 2 com comunicação interventricular(CIV) múltipla+hipoplasiado VD; 1 com atresia pulmonar com septo interventricular íntegro (APc/SIVI). Nove (52,9%) pacientes tinham operações paliativas prévias. A operação foi realizada com auxílio da circulação extracorpórea (CEC) em 12 (70,5%) casos e mediante derivação do fluxo sangüíneo da veia cava superior (VCS) para o átrio direito (AD) em 5 (29,5%) casos. Em todos os casos a VCS foi anastomosada à artéria pulmonar direita (APD), interrompendo o fluxo sangüíneo para o pulmão, fechando a valva pulmonar e ligando a derivação de Blalock-Taussig pérvio. Houve 3 (17,6%) óbitos no pós-operatório imediato (POI) e 2 (14,2%) no pós-operatório tardio (POT). Doze (70,5%) pacientes estão em acompanhamento clínico, com um tempo de evolução de 2 a 46 meses. Um paciente foi submetido ao 2º tempo da operação, tunelizando a veia cava inferior (VCI) para a APD, com sucesso. A avaliação do fluxo da derivação cavo-pulmonar bidirecional está sendo realizada pela ecodopplercardiografia e ressonância nuclear magnética e a perfusão pulmonar mediante cintilografia radioisotópica. A indicação do 2º tempo da operação obedece à própria evolução clínica e avaliação da saturação arterial durante a cicioergometria. A derivação cavo-pulmonar bidirecional permite uma adaptação progressiva do fluxo venoso para o pulmão, diminuindo a sobrecarga de volume do ventrículo, preparando o paciente para a derivação venosa total.

derivação cavo-pulmonar


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