Resumo
Objetivou-se identificar dentre os componentes da síndrome metabólica (SM) o que mais interfere na forma da face em idosos. Trata-se de um estudo epidemiológico, transversal, realizado com idosos residentes de Aiquara-BA. Foram obtidas imagens faciais da vista frontal e a SM foi classificada segundo o National Cholesterol Education Program’s Adult Treatment Panel III, revisado. A partir da função discriminante, validação cruzada e a distância D2 Mahalanobis, foram extraídas as variações da forma em função da SM. Para avaliar a influência dos componentes da SM na forma da face, utilizou-se a Análise de Componentes Principais (ACP). Participaram 193 idosos e foram identificadas diferenças significativas na forma da face em relação a SM (p<0,01) em ambos os sexos. Para os homens, o ACP 1 foi o HDL-C, este explicou 37% da variação total. Pelo biplot, o HDL-C está associado aos indivíduos que não possuem SM e em idosos com SM, houve uma correlação entre a circunferência da cintura e os triglicerídeos. Para as mulheres, o ACP 1 representou 33,2% da variação total, explicado pelos triglicerídeos. Pelo biplot, houve uma relação entre glicose e circunferência da cintura. Nas mulheres, o HDL-C está relacionado com quem não tem SM. As variações faciais acometidas pela SM, não foram decorrentes da ação de um dos componentes da mesma, mas das relações entre eles. Assim, a morfometria geométrica se mostra como método promissor e possibilita identificar a partir da forma da face fatores de risco cardiovascular e metabólico.
Palavras-chave
Assimetria facial; Idoso; Síndrome metabólica