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Ipameri x Goiânia: rivalidade na bola ao cesto goiana (1939 a 1942)

Ipameri x Goiânia: rivalry in goiano basketball (1939 to 1942)

Ipameri x Goiânia: rivalidad en el baloncesto de Goiás (1939 a 1942)

RESUMO

Este estudo tem por objetivo investigar o processo de transferência da representação institucional e do protagonismo da bola ao cesto goiana da cidade de Ipameri para a nova capital do estado de Goiás, Goiânia, entre os anos de 1939 e 1942. O recorte temporal considera os registros presentes nos periódicos Correio Official - Estado de Goyaz e O Popular, que destacam a criação e o desaparecimento da Federação Goiana de Bola ao Cesto em Ipameri e as pioneiras movimentações esportivas em torno da modalidade em Goiânia. Desde sua criação em 1939, a presença da entidade em uma cidade do interior foi questionada, e, em 1942, a Federação Goiana de Bola ao Cesto de Ipameri foi extinta, deixando sequelas no movimento esportivo em torno da modalidade.

Palavras-chave:
Basquetebol; Goiânia; Ipameri; História do esporte

ABSTRACT

This study aims to investigate the process of transferring institutional representation and the role of the basketball in Goiás from the city of Ipameri to the new capital of the state of Goiás, Goiânia, between 1939 and 1942. The temporal cut considers the records present in the journals Correio Official - Estado de Goyaz and O Popular, which highlight the creation and the disappearance of the Goiana Federation of the Basketball in Ipameri and the pioneering sports movements around the modality in Goiânia. Since its creation in 1939, the presence of the entity in a city in the interior has been questioned and in 1942, the Goiana Federation of the Basketball in Ipameri was extinguished, leaving sequels in the sports movement around the modality.

Keywords:
Basketball; Goiânia; Ipameri; History of sport

RESUMEN

Este estudio tiene como objetivo investigar el proceso de transferencia de la representación institucional y el papel de lo baloncesto de Goiás de la ciudad de Ipameri para la nueva capital del estado de Goiás, Goiânia, entre los años de 1939 y 1942. El marco temporal considera los registros presentes en los periódicos Correio Official - Estado de Goyaz y O Popular, que destacan la creación y desaparición de la Federación de baloncesto de Goiás en Ipameri y los movimientos deportivos pioneros en torno a la modalidad en Goiânia. Desde su creación en 1939, la presencia de la entidad en una ciudad del interior fue cuestionada y en 1942, la Federación de baloncesto de Goiás de Ipameri fue extinguida, dejando secuelas en el movimiento deportivo en torno a la modalidad.

Palabras-clave:
Baloncesto; Goiânia; Ipameri; Historia del deporte

INTRODUÇÃO

No estado de Goiás, a partir de 1935, iniciou-se o processo de transferência do governo estadual da cidade de Goiás para Goiânia, nova capital em construção desde outubro de 1933. Considerada um símbolo de modernização do interior do país, deveria influenciar e orientar novos hábitos, inclusive com respeito às experiências esportivas (Chaul, 2002Chaul NNF. Caminhos de Goiás: da construção da decadência aos limites da modernidade. Goiânia: Ed. UFG; 2002.; Godinho, 2013Godinho IR. A construção: cimento, ciúme e caos nos primeiros anos de Goiânia. Goiânia: Contato Comunicação, 2013.).

Registros da modalidade de bola ao cesto1 1 Mesmo entendendo o desuso dos termos “bola ao cesto” e “cestobol” para identificar a modalidade hoje conhecida por “basquetebol”, neste texto utilizamos também essas nomenclaturas considerando sua presença nas fontes consultadas. foram verificados em Goiânia a partir de janeiro de 1937. Além de jogos entre si, times locais participaram de confrontos com equipes de cidades do interior goiano, tais como Rio Verde e Ipameri, e do estado de Minas Gerais, como Belo Horizonte e Araguari. Nos anos de 1937, 1938 e 1939, o time de cestobol da cidade de Ipameri representou o estado de Goiás em edições do “Campeonato Aberto do Interior”. Tal legado contribuiu para a fundação da Federação Goiana de Bola ao Cesto em 1939 em Ipameri (Ribeiro, 2021Ribeiro JC. A capital dos esportes: poder, idealismo e hábitos físico esportivos no surgimento de Goiânia (1930-1945). Goiânia: Kelps; 2021.).

Neste contexto, o objetivo deste estudo é investigar o processo de transferência da representação institucional e do protagonismo da bola ao cesto goiana da cidade de Ipameri para a nova capital, Goiânia, entre os anos de 1939 e 1942.

A busca por informações que pudessem fornecer maiores detalhes sobre o cotidiano social e esportivo da época fez da imprensa escrita a principal fonte deste estudo. Os jornais situacionistas Correio Official - Estado de Goiaz e O Popular traduziram-se como espaços em que as marcas da nova capital ficaram registradas por seus agentes sociais, retratando o modo de vida e a maneira de perceber e se relacionar com o esporte e por meio dele.

A Imprensa é linguagem constitutiva do social, detém uma historicidade e peculiaridades próprias, e requer ser trabalhada e compreendida como tal, desvendando, a cada momento, as relações imprensa/sociedade, e os movimentos de constituição e instituição do social que esta relação propõe. (Cruz e Peixoto, 2007, pCruz HF, Peixoto MRC. Na oficina do historiador: conversas sobre história e imprensa. Projeto História [Internet]. 2007 [citado 2021 Set 7];35:253-70. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/revph/article/view/2221
https://revistas.pucsp.br/index.php/revp...
. 260).

Na mesma direção, a definição de espaço e tempo propõe uma compreensão da História do Esporte a partir de uma dimensão regional, o que não significa uma desatenção a um contexto ampliado da historicidade desse fenômeno. Há de se destacar o cuidado para que as fontes jornalísticas utilizadas não fossem analisadas como portadoras de verdades absolutas, uma vez que os fatos ali registrados são passíveis de interpretações, buscando, além de sua origem, sua relação com os agentes e a sociedade que os produziu.

Outro conjunto de consulta é oriundo da seleção e organização de livros e textos acadêmicos que pudessem ser utilizados para um aprofundamento e contextualização regional dos temas abordados.

A BOLA AO CESTO EM GOIÂNIA À SOMBRA DE IPAMERI

As primeiras notícias de organização e prática de bola ao cesto em Goiânia são datadas de 1937. O União Goiânia Atlética, um clube de bola ao cesto, foi fundado ainda em janeiro em Campinas (cidade que, com a construção de Goiânia, tornou-se bairro da nova capital). Sem um local específico para a prática da modalidade, a prefeitura colaborou para a improvisação de uma praça de esportes no pátio de um grupo escolar. Na inauguração do espaço, enfrentaram-se duas equipes do novo clube, homenageando as senhoritas e os blocos carnavalescos da cidade (Goiás, 1937Goiás. Bola ao cêsto. Correio Official; Goiânia; 31 jan. 1937;LXXXI(3377):4.).

Após as primeiras agitações no bairro de Campinas, já em 1938 dirigentes do Atlético Clube Goianiense empenharam-se em formar equipes, tanto masculina (que contaria inclusive com jogadores do time de futebol) quanto feminina, da modalidade (Goiás, 1938cGoiás. Esportes. O Popular; Goiânia; 5 jun. 1938c;I(18):2.). Outras equipes, como a da Superintendência e do Centro Acadêmico do Liceu de Goiânia, também surgiram naquele ano (Goiás, 1938aGoiás. Bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 11 set. 1938a;I(44):1.).

No dia 22 de outubro de 1938, antevéspera do quinto aniversário de lançamento da pedra fundamental da nova capital e como parte das comemorações, refletores foram instalados provisoriamente no pátio do Liceu de Goiânia para partidas de basquete, um fato incomum que levou o jogo a ser anunciado como o “[...] primeiro encontro noturno realizado entre nós”, “[...] sob a luz dos potentes refletores da primeira praça de esportes iluminada do estado”. Antes do jogo principal, os rapazes do Liceu venceram os da Faculdade de Direito em um jogo preliminar, para, logo após, cerca de duas mil pessoas prestigiarem o jogo de basquete feminino entre moças de Goiânia e Rio Verde, talvez atraídas muito mais pela novidade da quadra iluminada do que pela partida em si, que terminaria com um inusitado empate em dois a dois (Goiás, 1938bGoiás. Brilhante exibição fizeram as moças em bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 27 out. 1938b;I(57):4.).

Diversas equipes de moças, rapazes e até meninos disputavam jogos durantes as tardes, demonstrando interesse pelo basquetebol. Duas equipes masculinas chamavam a atenção, ratificando as rivalidades locais: a de Goiânia, chefiada pelo professor Ademar Martins Vieira (professor da Faculdade de Direito e presidente do Corintians Goiano/Goiânia Esporte Clube), e a do bairro de Campinas, comandada por Edson Hermano, acadêmico e goleiro do Atlético Clube Goianiense (Goiás, 1938eGoiás. Vida esportiva: grande interesse em torno do jogo de bola ao cesto nesta cidade. Correio Oficial; Goiânia; 9 out. 1938e;CII(3764):1.).

Porém, essa movimentação não garantiu a presença de uma equipe de Goiânia no “III Campeonato Aberto do Interior”, previsto para a cidade de Sorocaba-SP em outubro de 1938. Prevaleceu a tradição da equipe do Ipameri Basquete Clube, da cidade de Ipameri, nomeada pelo governo interventor do estado de Goiás para representar oficialmente o estado, repetindo situação acontecida em Uberlândia-MG, no mesmo torneio e no ano anterior (Goiás, 1938dGoiás. Goiaz tomará parte nos jogos abertos do III campeonato das cidades do interior, em Sorocaba. O Popular; Goiânia; 4 ago. 1938d;I(33):1.).

Indiferentes à iminente rivalidade na bola ao cesto goiana, os rapazes do Liceu de Goiânia formaram uma equipe intitulada Acadêmico Basquete Clube (Goiás, 1939cGoiás. Esportes: sensacional encontro de bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 26 mar. 1939c;I(98):6.). O professor de Educação Física da instituição, Orestes Baiocchi, e a professora Maria Rita Cruvinel Teixeira, da Escola Normal, incentivavam a modalidade. Em maio de 1939, uma caravana de Ipameri foi até Goiânia assistir às partidas organizadas pelos professores e participar delas (Goiás, 1939dGoiás. Caravana Ipamerina. O Popular; Goiânia; 14 maio 1939d;II(110):4.).

Àquela altura, a cidade de Ipameri ratificava seu papel fulcral em relação ao cestobol goiano. Em abril de 1939, retornando de Araxá-MG, onde passara dias de descanso, Pedro Ludovico Teixeira, o interventor do estado, recebeu homenagens também na cidade mineira de Uberlândia. Na programação, além da recepção oficial, jantares, desfile e baile, uma partida de bola ao cesto masculino entre a Associação Atlética Uberlândia e o Ipameri Basquete Clube (Goiás, 1939aGoiás. As homenagens de Uberlandia ao interventor Pedro Ludovico. Correio Oficial; Goiânia; 14 abr. 1939a:CII(3858):1-4.).

A equipe do interior goiano, acostumada a representar o estado, partiu naquele ano para sua terceira participação no “Campeonato Aberto do Interior”, programada para ocorrer em outubro de 1939 na cidade paulista de Campinas. No ano anterior, durante a terceira edição do evento em Sorocaba-SP, os ipamerinos chegaram a alcançar a quarta colocação no torneio (Goiás, 1939eGoiás. O basquete em Ipameri. O Popular; Goiânia; 15 out. 1939e;II(145):4.). De certa forma, as frequentes relações entre o estado interventor e os cestobolistas sediados em Ipameri reforçavam a hegemonia esportiva dessa cidade no cenário estadual.

Tal legado contribuiu para que fosse cogitada na cidade a criação de uma entidade que pudesse gerir a modalidade em Goiás. A iniciativa ganhou apoio de clubes da cidade de Goiás e Catalão, e, ainda em 1939, foi fundada em Ipameri a Federação Goiana de Bola ao Cesto. Antes de finalizar a documentação de filiação junto à Federação Brasileira de Basketball, a entidade goiana foi convidada a participar do Campeonato Brasileiro de Basketball, competição programada para dezembro daquele ano na cidade de Niterói, no estado do Rio de Janeiro. Alegando dificuldades na composição da equipe, a Federação Goiana de Bola ao Cesto não enviou seu selecionado à competição (Goiás, 1939bGoiás. Convidada a seleção goiana de basquete para o campeonato brasileiro. O Popular; Goiânia; 10 dez. 1939b;II(159):2., fGoiás. Um congresso de bola ao cesto em Ipameri. O Popular; Goiânia; 13 abr. 1939f;II(102):3.).

O principal obstáculo veio da obrigatoriedade da formação da seleção com a presença de jogadores dos clubes filiados das cidades de Goiás e Catalão. Apesar do esforço dos dirigentes ipamerinos, adversidades relacionadas ao transporte, principalmente em razão das grandes distâncias, agravadas pela precariedade de estradas e escassez de ferrovias no estado, além do custo gerado com essa movimentação, contribuíram para impedir a participação, pela primeira vez, de uma equipe goiana em uma competição esportiva nacional de bola ao cesto.

Durante a década de 1930, Ipameri ainda colhia os frutos de estar na linha da única estrada de ferro que atravessava Goiás. O local, conhecido ainda no século XIX como “Povoado do “Vai-vem”, foi desmembrado do município de Catalão pelo Decreto-lei nº 446, de 12 de setembro de 1870, passando desde então a ser identificado como “Entre-Rios”, mais tarde Ipameri.

Após a criação da “Companhia Estrada de Ferro Goiás”, foi iniciada a construção do primeiro trecho da estrada de ferro em 1909, ligando a estação de Araguari-MG à margem do rio Paranaíba, na divisa entre Minas Gerais e Goiás. Nesse mesmo ano, foi inaugurada, já em solo goiano, a estação de Anhanguera; e; em 1913, surgiram as estações de Cumari, Veríssimo, Goiandira, Engenheiro Raul Gonçalves e Ipameri, evoluindo um traçado que, em funcionamento a partir de 1914, adentrava Goiás pela sua região sudeste. A chegada dos trilhos trouxe consigo movimentos de urbanização na região sul do estado de Goiás (Castilho, 2012Castilho D. Estado e rede de transportes em Goiás-Brasil (1889-1950). Scripta Nova. 2012;16(418):67.).

Ipameri permaneceu como ponto final da linha até o ano de 1922. A chegada da estrada de ferro influenciou um processo de transformações “modernas” e “progressistas” aos olhos de boa parte da população local da época. De fato, alguns aspectos são notados. De 11.080 habitantes em 1910, a população do município praticamente dobrou, saltando em uma década para 19.227 moradores. Sua área urbana recebeu investimentos como alargamento de ruas, construção de redes de esgoto e instalação de sistemas de energia elétrica, iluminação pública, telefonia, telégrafo. Rapidamente passou a atrair indústrias e investidores, tornando-se um centro comercial da região, cenário que contribuiu para a instalação da primeira agência do Banco do Brasil no estado de Goiás em 1921 (Brandão, 2005Brandão HA. Memórias de um tempo perdido: a estrada de ferro Goiás e a cidade de Ipameri (Início do século XX) [dissertação]. Uberlândia: Instituto de História, Universidade Federal de Uberlândia; 2005.).

Na esteira dessa movimentação, a elite local animou-se com algumas novidades no campo dos divertimentos, entre as quais um cinema e o primeiro espaço em Goiás destinado à prática de corridas de cavalos. O hipódromo “Firmo Ribeiro” tornou-se um ponto de encontro de pessoas da própria cidade e de outras da região, influenciando o que viria a ser já na década de 1940, o “Jóquei Clube de Ipameri”. Práticas esportivas mais populares também se difundiram por ali. A “União Esportiva Ipamerina” surgiu como a primeira equipe de futebol em 1919 (Brandão, 2005Brandão HA. Memórias de um tempo perdido: a estrada de ferro Goiás e a cidade de Ipameri (Início do século XX) [dissertação]. Uberlândia: Instituto de História, Universidade Federal de Uberlândia; 2005.). Entre as modalidades vivenciadas pela população estava o cestobol.

O FORÇADO PROTAGONISMO DA NOVA CAPITAL

Em Goiânia, as organizações e os jogos em torno da bola ao cesto seguiam com perceptível regularidade. Em janeiro de 1940, um conjunto goianiense enfrentou o Paisandu de Belo Horizonte em dois jogos na nova capital. A equipe mineira, durante o trajeto para Goiânia, interrompeu sua viagem em Ipameri para enfrentar o time local em dois jogos. Após sair vencedora dos jogos em Goiânia, no retorno a Minas Gerais, nova parada em Ipameri para mais uma derrota para os ipamerinos (Goiás, 1940aGoiás. De Ipameri: brilhante vitoria do Ipameri sobre o quadro de Belo Horizonte. O Popular; Goiânia; 18 jan. 1940a;II(169):2., bGoiás. Encontro de basket Goiânia x Paisandu. O Popular; Goiânia; 11 jan. 1940b;II(167):1., cGoiás. Goianos e Mineiros, frente a frente, na quadra do Liceu. O Popular; Goiânia; 4 jan. 1940c;II(165):1.).

Continuando a rotina de jogos na cidade, em março, com o iminente fim das obras de construção da sua quadra, o Automóvel Clube de Goiás trouxe de Ipameri o alfaiate e técnico de basquete Armando Andrieli, com a função de treinar equipes (masculina e feminina) que pudessem representar a nova capital em jogos contra outras cidades. Andrieli fora o responsável por formar a sólida equipe masculina do Ipameri Basquete Clube, representante do estado de Goiás nos “Jogos Abertos do Interior” de 1939 (Goiás, 1940dGoiás. Seccao esportiva: bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 3 mar. 1940d;II(181):3.).

Em 1941, a temporada de jogos foi aberta em março com a visita do time masculino do Automóvel Clube de Goiás à cidade de Buriti Alegre (Goiás, 1941cGoiás. Buriti x Automóvel Clube. O Popular; Goiânia; 20 mar. 1941c;III(276):4.). No mês seguinte, o Goiânia Basquete Clube voltou ao noticiário ao enfrentar o Bela Vista Basquete Clube na quadra do Liceu, na disputa por uma taça oferecida pelos proprietários da “Papelaria Vanguarda”. As “senhoritas” do Liceu fizeram a preliminar (Goiás, 1941eGoiás. Goiania x Bela Vista. O Popular; Goiânia; 1 maio 1941e;IV(286):3.). A equipe masculina do Grêmio Literário do Liceu de Goiânia também foi até Bela Vista enfrentar o time local. Nas três oportunidades, os times goianienses saíram vencedores (Goiás, 1941bGoiás. Bela Vista x Liceu. O Popular; Goiânia; 29 maio 1941b;IV(293):4.). No segundo semestre, prevaleceram os encontros locais, com jogos infantis, masculinos e femininos entre o Grêmio Literário do Liceu, o Goiânia Basquete Clube e o Automóvel Clube de Goiás (Goiás, 1941aGoiás. Basquete-bal. O Popular; Goiânia; 17 ago. 1941a;IV(306):2., dGoiás. Frente a frente dois dos mais serios rivais do esporte da cesta em Goiaz. O Popular; Goiânia; 21 ago. 1941d;IV(307):4.).

Esse intercâmbio contribuiu para o desenvolvimento do cestobol na nova capital, não somente aprimorando o nível técnico dos jogadores, mas também afirmando personagens da modalidade. Apontando para um conflito anunciado, paralelamente a essa agitação seguia o incômodo relacionado à sede da Federação Goiana de Bola ao Cesto continuar no interior. Ao final de 1941, dirigentes de Ipameri enviaram ao Rio de Janeiro um representante para tratar do assunto. A notícia, publicada no jornal O Popular, destacava a confiança na fonte consultada, ventilando a possibilidade de uma transferência já no início do ano seguinte. Enquanto isso, Orestes Baiocchi, o instrutor de Educação Física, anunciava a construção de uma quadra coberta e cimentada no Liceu, estrutura inexistente no estado até então (Goiás, 1941fGoiás. Notas esportivas. O Popular; Goiânia; 30 nov. 1941f;IV(321):3.).

Com o propósito de formar um selecionado que pudesse representar o estado em competições nacionais, o instrutor planejava, sem muito êxito, jogos contra equipes do interior, como Bela Vista, Rio Verde e a própria equipe de Ipameri (Goiás, 1941gGoiás. Notas esportivas. O Popular; Goiânia; 11 dez. 1941g;IV(324):3.). Um combinado de jogadores do Liceu e do Automóvel Clube chegou a enfrentar o Clube Pousoaltano da cidade de Pouso Alto, atual Piracanjuba (Goiás, 1941hGoiás. Notas esportivas. O Popular; Goiânia; 18 dez. 1941h;IV(326):2.). Esforços como o do professor Baiocchi, entre outras questões, não perdiam de vista o objetivo de contribuir para o deslocamento do protagonismo do cestobol goiano para a nova capital.

O período chuvoso e as férias escolares nos primeiros meses de cada ano, como de costume, retardavam o início dos jogos na cidade. Em março de 1942, a ausência dos embates entre o Liceu e o Automóvel Clube era lamentada no jornal O Popular, que indicava que as tardes de domingo pareciam mais “taciturnas” sem “[...] a costumeira lenga-lenga do Basquete” (Goiás, 1942tGoiás. O popular na sociedade: basquete. O Popular; Goiânia; 5 mar. 1942t;IV(347):3.). A essa altura, o Automóvel Clube já contava com um “departamento esportivo”, abrigando as modalidades de “bola ao cesto”, “wollei” e “tênis”, e o professor Orestes Baiocchi divulgava a convocação dos alunos do Liceu para o início dos treinos (Goiás, 1942iGoiás. Notas esportivas. O Popular; Goiânia; 26 fev. 1942i;IV(335):4.).

O destaque ficou por conta do anúncio do “I Campeonato Goiano de Bola ao Cesto”, iniciativa fruto da parceria entre o Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda (DEIP) e o Automóvel Clube de Goiás. A ideia foi gestada pelo diretor de basquete do recém-criado departamento esportivo do Automóvel Clube de Goiás, Rubens Martins Vieira, sem qualquer participação da Federação Goiana de Bola ao Cesto (Goiás, 1942rGoiás. Campeonato de Bola ao Cesto: Chamada Oficial. O Popular; Goiânia; 15 mar. 1942r;IV(350):4.).

O governo estadual, por meio do DEIP, incluiu o certame nas atividades de comemoração do aniversário do presidente Getúlio Vargas, cuja programação já contava com um jogo de futebol entre o Goiânia Esporte Clube e o time da cidade de Mineiros, além de um desfile estudantil pelas ruas de Goiânia com destino à sede do Automóvel Clube, local previsto para acontecer uma sessão solene recheada de autoridades e discursos. O DEIP garantiu o patrocínio necessário para cobrir as despesas com estadias das delegações das cidades do interior, que, ainda em março, receberam um telegrama do órgão estadual “solicitando” adesão ao evento. Às prefeituras, caberia a despesa de locomoção até a nova capital (Goiás, 1942oGoiás. Festejado em Goiânia o natalício do Presidente Vargas: festas esportivas. Correio Oficial; Goiânia; 25 abr. 1942o;105(4354):4., uGoiás. O primeiro congresso de bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 19 mar. 1942u;IV(351):4.).

Em reunião no Automóvel Clube de Goiás, ficou definida uma comissão responsável pelo evento. O presidente do Automóvel Clube, Orivaldo Borges Leão, ficou à frente da comissão, da qual ainda faziam parte, entre outros membros, o professor Orestes Baiocchi, do Liceu, e o próprio Rubens Martins Vieira, que, imediatamente, providenciou uma convocação nominada a alguns jogadores e demais interessados, com o objetivo de compor o time masculino representante da nova capital (Goiás, 1942rGoiás. Campeonato de Bola ao Cesto: Chamada Oficial. O Popular; Goiânia; 15 mar. 1942r;IV(350):4., uGoiás. O primeiro congresso de bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 19 mar. 1942u;IV(351):4.).

Em abril de 1942, à revelia da Federação e com aporte financeiro do governo estadual, foi organizado em Goiânia o “I Campeonato Goiano de Bola ao Cesto”. Via telégrafo, todos os municípios do estado foram “solicitados” a aderir ao certame, o que gerou uma expectativa inicial de participação de 15 municípios do interior (Goiás, 1942qGoiás. Campeonato de Basquete. O Popular; Goiânia; 22 mar. 1942q;IV(352):4., uGoiás. O primeiro congresso de bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 19 mar. 1942u;IV(351):4.).

De fato, conseguiram enviar suas equipes as cidades de Catalão, Bela Vista, Goiaz, Buriti Alegre, Pouso Alto e Ipameri. No dia 19 de abril, a movimentação em função das partidas começou ainda no período da tarde. Às 20h, os atletas em “formação olímpica”, após o desfile das delegações, ouviram o Hino Nacional executado pela banda de música da Força Policial. Mais de mil pessoas ocuparam as imediações e as arquibancadas improvisadas da quadra do Automóvel Clube de Goiás. Obedecendo o sistema de disputa em formato de “eliminatória simples”, já na primeira rodada após a abertura do torneio, Buriti Alegre eliminou a cidade de Goiaz. No jogo seguinte, a equipe goianiense não conseguiu vencer os pousoaltanos. A presença de dois jogadores com mais de dois metros de altura surpreendeu o time da capital, que, para a decepção da plateia, foi eliminado do campeonato após o primeiro jogo (Goiás, 1942lGoiás. I Campeonato Estadual de Bola ao Cesto. O Popular; Goiânia; 23 abr. 1942l;V(360):4.).

No dia seguinte, o time de Catalão também foi eliminado pelos rapazes de Bela Vista. Os três classificados se juntaram à seleção de Ipameri para as disputas semifinais, já que, os ipamerinos, gozando do prestígio de melhor equipe do estado, não disputaram a primeira fase. Já no dia 22, jogaram a grande final os representantes das cidades de Ipameri e Buriti Alegre, depois de derrotarem, respectivamente, os quadros de Bela Vista e Pouso Alto no dia anterior. Após uma preliminar entre as equipes femininas do Automóvel Clube e do Liceu, os ipamerinos sagraram-se campeões, recebendo a taça “Pedro Ludovico” (Goiás, 1942lGoiás. I Campeonato Estadual de Bola ao Cesto. O Popular; Goiânia; 23 abr. 1942l;V(360):4., oGoiás. Festejado em Goiânia o natalício do Presidente Vargas: festas esportivas. Correio Oficial; Goiânia; 25 abr. 1942o;105(4354):4.)

A presença da equipe de Ipameri no certame parecia indicar um entendimento sobre a remoção da Federação Goiana de Bola ao Cesto de Ipameri para Goiânia. Ao contrário disso, após o torneio, os ipamerinos rejeitaram qualquer acordo que tivesse por objetivo a transferência da Federação. O conflito intensificou-se, e os dirigentes do interior chegaram a afirmar que preferiam “queimar” a entidade a consentir tal cessão (Goiás, 1942sGoiás. Fundada a federação de bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 30 jul. 1942s;V(389):1.).

Diante da enfática recusa e da impossibilidade de criar outra entidade similar no estado, os goianienses contaram com a força política do governo interventor, que já havia “apadrinhado” a organização e execução do “I Campeonato Goiano de Bola ao Cesto” sem a anuência da Federação Goiana de Bola ao Cesto, sediada em Ipameri. Em tempos de “Estado Novo”, regime centralizador de intervenção nos estados, não era incomum em Goiás o envio de comunicações aos prefeitos solicitando apoio e participação em eventos esportivos na nova capital. O executivo estadual, que, ao final da década de 1930, fora responsável por nomear equipes ipamerinas para representar “oficialmente” o estado em competições fora do estado de Goiás, parecia ter redirecionado sua política.

Acuados e sem apoio governamental, os dirigentes de Ipameri cumpriram a promessa, dando fim à entidade em maio de 1942. A atitude não passou incólume, e os responsáveis foram punidos pelo Conselho Nacional de Desportos com um ano de suspensão de qualquer atividade esportiva (Goiás, 1942sGoiás. Fundada a federação de bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 30 jul. 1942s;V(389):1.). Após a notícia do desaparecimento da Federação Goiana de Bola ao Cesto de Ipameri, veio à tona o descontentamento com a presença da entidade em uma cidade do interior.

Uma matéria de apoio a uma nova Federação, veiculada no jornal situacionista O Popular, afirmou que “[...] jogadores do interior vivem isolados do convívio esportivo”, sendo essa uma das causas de a modalidade não progredir em Goiás. O texto destacou que, sem uma direção adequada, Goiás jamais ocuparia seu lugar de direito no cenário nacional. Insinuando uma inoperância da entidade, foi destacado que o único movimento esportivo relacionado ao basquete registrado em Goiás havia sido o “I Campeonato Goiano de Bola ao Cesto”. De acordo com o jornal, a falta de assistência por parte da Federação condenou os clubes ao isolamento, comprometendo o conhecimento sobre regras, técnicas, táticas e capacidades físicas (Goiás, 1942jGoiás. Notas esportivas. O Popular; Goiânia; 14 maio 1942j;V(366):1., mGoiás. Federação Goiana de Bola ao Cesto. O Popular; Goiânia; 26 jul. 1942m;V(388):3.).

Vencido o primeiro obstáculo, os apoiadores do cestobol de Goiânia animaram-se para a criação da nova Federação, mas as dificuldades em conseguir apoio logo surgiram. O grupo da nova capital reclamou da ausência de representantes de clubes do interior nas reuniões agendadas. Responsáveis em diferentes municípios foram procurados sem qualquer resposta. A referência à cidade de Ipameri talvez tenha dificultado por algum tempo a abertura da nova entidade. Insistentes pedidos de filiação aos clubes do interior foram publicados via jornal O Popular, inclusive solicitando esforço e dedicação dos “amantes” do cestobol (Goiás, 1942kGoiás. Notas esportivas. O Popular; Goiânia; 7 jun. 1942k;V(373):4., pGoiás. Bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 25 jun. 1942p;V(379):3.).

Embora as abertas críticas à entidade ipamerina, indicando a necessidade de um novo órgão “[...] capaz de orientar eficientemente o esporte da cesta em todo o Estado”, um discurso de valorização do “papel vanguardeiro” e “coroado de êxito” dos primeiros passos do basquetebol em Goiás foi direcionado à cidade de Ipameri. Mesmo sem o apoio esperado, na manhã do dia 26 de julho de 1942, foi fundada nos salões do Automóvel Clube de Goiás a nova Federação Goiana de Bola ao Cesto. Orivaldo Borges Leão, aclamado presidente, exerceu concomitantemente a função nas duas entidades. Logo foi enviada a documentação necessária à Confederação Brasileira de Bola ao Cesto para a filiação na congênere nacional (Goiás, 1942sGoiás. Fundada a federação de bola ao cesto. O Popular; Goiânia; 30 jul. 1942s;V(389):1.). Prevaleceu o valor simbólico da capital e a força política do governo interventor, que não media esforços para direcionar à nova capital, Goiânia, o protagonismo esportivo do estado de Goiás.

Ainda em setembro de 1942, o grupo de apoio à nova Federação Goiana de Bola ao Cesto comemorava sua conquista, acreditando que agora, por estarem à frente da entidade “[...] moços de fina estirpe e de acendrado amor ao esporte [...], muito poderia ser feito pelo progresso do esporte, embora a busca por novas adesões ainda estivesse em curso (Goiás, 1942nGoiás. Federaçao Goiana de Bola ao Cesto. O Popular; Goiânia; 27 set. 1942n;V(396):3.).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após a ascensão de Getúlio Vargas à presidência do Brasil em novembro de 1930 e a consequente nomeação do médico goiano Pedro Ludovico Teixeira como interventor em Goiás, a construção de uma nova capital goiana tornou-se ponto fundamental e relevante símbolo “civilizador” do interior do país. Levantando a bandeira de modernização do estado, a cidade foi projetada com o intuito de irradiar hábitos modernos e orientar novos sentidos de organização e convívio social.

Goiânia começou a ser construída a partir do lançamento de sua pedra fundamental em 1933, sendo efetivada como município em 1935 e transformada oficialmente em capital em 1937. O processo de transferência da capital, aos poucos, retirou a cidade de Goiás e outros municípios emergentes (como Ipameri) do suposto epicentro sociocultural e econômico do estado. Notoriamente, fruto de um engajamento político, as atenções e novidades, inclusive no campo esportivo, deveriam ser direcionadas à cidade de Goiânia.

Na contramão desta intenção, o surgimento da Federação Goiana de Bola ao Cesto na cidade de Ipameri em 1939 gerou desconforto entre o grupo de apoio ao governo do estado ligado à nova capital. O apoio estatal (inclusive financeiro) a manifestações esportivas em diferentes regiões do estado não poderia acontecer em detrimento da busca de um protagonismo esportivo de Goiânia em relação às cidades do interior.

Esse movimento exemplifica como o uso da força política e econômica para enaltecer o empreendimento da nova capital, em certa medida, “esbarrou” no desenvolvimento esportivo que “naturalmente” seguia seu fluxo a partir de esforços em contextos próprios Como consequência, surgiram descontentamentos em localidades cuja tradição esportiva precedeu à nova capital.

A presença da Federação Goiana de Bola ao Cesto em uma cidade do interior passou a ser abertamente questionada. Em Goiânia, enquanto se avolumava a prática da modalidade, paralelamente era alimentado o debate sobre a necessidade da transferência da entidade.

Após o forçado encerramento das atividades da instituição em Ipameri, os apoiadores do cestobol em Goiânia logo criaram uma nova federação, mas as dificuldades em conseguir apoio acompanharam esse processo. Vários responsáveis por clubes de diferentes municípios ignoraram contatos dos goianienses, sugerindo certa insatisfação com o ocorrido.

A nova Federação Goiana de Bola ao Cesto, com sede em Goiânia, seguiu com seu propósito, realizando o “II Campeonato Goiano de Bola ao Cesto”, juntamente com outras atividades em comemoração ao 10º aniversário da nova capital, em outubro de 1943. Por meio da influência política, foram reunidos recursos públicos para cobrir despesas de hospedagem das caravanas do interior que viessem a disputar o torneio. Com essa garantia, convites foram enviados aos prefeitos de municípios do interior, chegando a ser dada como confirmada a presença das equipes de Ipameri, Catalão, Buriti Alegre, Goiaz, Jataí, Bela Vista, Pouso Alto, Anápolis e “várias outras cidades”, o que de fato, não aconteceu (Goiás, 1943aGoiás. II Campeonato Estadual de Basquetebol. O Popular; Goiânia; 16 set. 1943a;VI(483):3.).

O surgimento de um inexplicado “impasse” de “última hora”, relacionado à vinda da delegação ipamerina, fez com que os organizadores do evento removessem a equipe do torneio. Com investimento público empregado e a impossibilidade de alteração da data, o “II Campeonato Goiano de Bola ao Cesto” contou com a presença de somente outros dois quadros representando Buruti Alegre e a cidade de Goiás, além do time goianiense (Goiás, 1943bGoiás. II Campeonato Estadual de basquete. O Popular; Goiânia; 7 nov. 1943b;VI(498):4., cGoiás. Intensificam-se os preparativos para as corridas turfísticas de 24 do corrente. Correio Oficial; Goiânia; 23 out. 1943c;107(4652):4.)

A questão, dita resolvida em 1942, deixava suas marcas na história do basquetebol goiano.

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    Mesmo entendendo o desuso dos termos “bola ao cesto” e “cestobol” para identificar a modalidade hoje conhecida por “basquetebol”, neste texto utilizamos também essas nomenclaturas considerando sua presença nas fontes consultadas.
  • FINANCIAMENTO

    O presente trabalho não contou com apoio financeiro de nenhuma natureza para sua realização.

REFERÊNCIAS

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Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    05 Dez 2022
  • Data do Fascículo
    2022

Histórico

  • Recebido
    10 Out 2022
  • Aceito
    09 Nov 2022
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