Accessibility / Report Error

Panorama e balanço bibliométrico do GTT Políticas Públicas nos Anais do CONBRACE/CONICE (2011-2019)

Overview and bibliometric balance of the GTT Public Policies in the CONBRACE/CONICE Annals (2011-2019)

Panorama y balance bibliométrico del GTT Políticas Públicas en los Anales CONBRACE/CONICE (2011-2019)

RESUMO

Neste trabalho pretende-se apresentar o balanço bibliométrico da produção do GTT Políticas Públicas, no período entre 2011 e 2019, nos anais do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e Congresso Internacional de Ciências do Esporte (CONBRACE/CONICE). Tratou-se de uma pesquisa exploratória-descritiva e documental, visando identificar e caracterizar os 242 trabalhos levantados. Predominam pesquisadores das regiões Sul e Sudeste. Quanto aos Estados e Instituições, destacam-se o PR (UEM e UFPR), o RS (UFRGS e UNISINOS) e o DF (UnB). As políticas públicas, o esporte e o lazer foram temáticas centrais. Os autores mais citados participam do próprio GTT-PP. O estudo permite afirmar a qualificação dos pesquisadores envolvidos e a valorização da publicização em anais de eventos.

Palavras-chave:
Produção do conhecimento; Políticas públicas; Esporte; Lazer

ABSTRACT

The aim of this paper is to present a bibliometric assessment of the production of the GTT Public Policies, between 2011 and 2019, in the annals of the Brazilian Congress of Sports Sciences and the International Congress of Sports Sciences (CONBRACE/CONICE). This was an exploratory-descriptive and documentary study, aimed at identifying and characterizing the 242 papers surveyed. Researchers from the South and Southeast regions predominated. In terms of states and institutions, the PR (UEM and UFPR), RS (UFRGS and UNISINOS) and DF (UnB) stand out. Public policies, sport and leisure were the central themes. The most cited authors are members of the GTT-PP itself. The study shows the qualifications of the researchers involved and the value placed on publication in event proceedings.

Keywords:
Knowledge production; Public policies; Sport; Leisure

RESUMEN

El objetivo de este trabajo es presentar una evaluación bibliométrica de la producción de Políticas Públicas de GTT, entre 2011 y 2019, en los anales del Congreso Brasileño de Ciencias del Deporte y del Congreso Internacional de Ciencias del Deporte (CONBRACE/CONICE). Se trató de un estudio exploratorio-descriptivo y documental con el objetivo de identificar y caracterizar los 242 trabajos relevados. Predominaron los investigadores de las regiones Sur y Sudeste. En cuanto a estados e instituciones, destacan PR (UEM y UFPR), RS (UFRGS y UNISINOS) y DF (UnB). Las políticas públicas, el deporte y el ocio fueron los temas centrales. Los autores más citados son miembros del propio GTT-PP. El estudio permite afirmar la cualificación de los investigadores implicados y el valor concedido a la publicación en los anales de los acontecimientos.

Palabras-clave:
Producción de conocimiento; Políticas públicas; Deporte; Ocio

INTRODUÇÃO

O Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE), entidade científica da Educação Física/Ciências do Esporte, reúne pesquisadores, de variadas perspectivas teóricas e temáticas, possibilitando a difusão da produção acadêmica, por meio da Revista Brasileira de Ciências do Esporte (RBCE) e do Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e Congresso Internacional de Ciências do Esporte (CONBRACE/CONICE). O congresso permite a apresentação de trabalhos nos formatos de comunicação oral, pôster, vídeos e imagens distribuídos entre os seus 14 Grupos de Trabalho Temáticos (GTT’s).

Os GTT’s foram criados em 1997 no X CONBRACE. Sua organização por temáticas na lógica interdisciplinar viabiliza a sua manutenção para além dos eventos, estabelecendo “[...] uma relação mediada com a produção teórico-acadêmica e com a intervenção político-científica” (Damasceno, 2013, pDamasceno LG. A Educação Física na formação do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Campinas: Papirus; 2013. 224 p. 110). De acordo com Araújo et al. (2020, pAraújo SM, Athayde P, Myskiw M, Santos RA, Wittizorecki ES, Conceição VJS, et al., editores. Políticas públicas e movimentos sociais. Natal: EDUFRN; 2020.. 7), essa organização possibilitou para a entidade o suporte teórico, político e científico, “[...] ampliando as possibilidades de circulação, difusão e debates em torno da produção acadêmica nas diferentes temáticas”. São polos: 1) aglutinadores de pesquisadores com interesses em comum em temas específicos; 2) de reflexão produção e difusão de conhecimento e; 3) sistematizadores do processo de produção do conhecimento que servem de parâmetro para as ações políticas do CBCE (2024a)CBCE: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Grupos de Trabalhos Temáticos (GTT's) [Internet]. 2024a [citado em 2024 Fev 14]. Disponível em: https://www.cbce.org.br/gtts/
https://www.cbce.org.br/gtts/...
.

Já o GTT Políticas Públicas – Wagner Matias1 1 Inicialmente estabelecido como GTT Educação Física/Esportes e Políticas Públicas, atualmente recebe o nome de “Políticas Públicas - Wagner Matias” em homenagem ao pesquisador vitimado pela covid-19 em 2021, por reconhecer nele como o precursor ou o que aprofundou os estudos sobre a economia política do esporte (Andrade et al., 2023). (GTT-PP), foco deste estudo, em sua ementa, aponta que os interesses e temas de pesquisa se orientam pelos

[...] estudos dos processos de formulação, adoção e avaliação das políticas públicas de Educação Física, Esporte e Lazer. Estudos das concepções, princípios e metodologias de investigação adotados na consecução de políticas públicas, voltados para a apreensão da produção de bens e serviços públicos relativos à Educação Física, Esporte e Lazer. (CBCE, 2024bCBCE: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. GTT 12: políticas públicas [Internet]. 2024b [citado em 2024 Fev 14]. Disponível em: https://www.cbce.org.br/gtt/gtt12-politicaspublicas
https://www.cbce.org.br/gtt/gtt12-politi...
).

O estudo pioneiro, a partir da criação do GTT-PP, foi o de Linhales e Pereira (1999)Linhales MA, Pereira JR Fo. Intervenção, conhecimento e mudança: a Educação Física, o esporte e o lazer nas políticas públicas. In: Goellner SV, editor. Educação Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Campinas: Autores Associados; 1999. que demarcaram duas tarefas: área de produção e socialização do conhecimento e construção de competência acadêmica e política que qualifique o saber produzido e as possibilidades de intervenção na realidade. Ressalta-se, portanto, a dos GTT’s na produção, difusão, circulação, debate de conhecimentos gerais e específicos da comunidade acadêmico-científico da área.

Embora a atual política científica nacional focalize o formato de artigos Qualisficados (Vilaça e Palma, 2013Vilaça MM, Palma A. Diálogo sobre cientometria, mal-estar na academia e a polêmica do produtivismo. Rev Bras Educ. 2013;18(53):467-84. http://doi.org/10.1590/S1413-24782013000200013.
http://doi.org/10.1590/S1413-24782013000...
), determinantes no valor de mercado acadêmico e demarcam o capital científico de agentes e instituições (Lazzarotti et al., 2018Lazzarotti A Fo, Mascarenhas F, Stigger MP, Silveira R, Silva AM. Tendências no campo da educação física brasileira: análise dos documentos produzidos pela área 21 da CAPES. Rev Bras Ciênc Esporte. 2018;40(3):233-41. http://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.02.005.), a publicação em eventos, a depender da área, pode ter números próximos e concorrentes à publicação de artigos (Oliveira e Amaral (2017)Oliveira TM, Amaral L. Políticas Públicas em Ciência e Tecnologia no Brasil: desafios e propostas para utilização de indicadores na avaliação. In: Mugnaini R, Fujino A, Kobashi NY, editors. Bibliometria e Cientometria no Brasil: infraestrutura para avaliação da pesquisa científica na Era do Big Data. São Paulo: ECA/USP; 2017. p. 157-187.. Os congressos e os seus respectivos anais, além de diversificar a divulgação científica, são os meios mais ágeis de comunicação científica (Arboit e Bufrem, 2011Arboit AE, Bufrem LS. Produção de trabalhos científicos em eventos nacionais da área de ciência da informação. Transinformação. 2011;23(3):207-17. http://doi.org/10.1590/S0103-37862011000300003.
http://doi.org/10.1590/S0103-37862011000...
).

Em função do protagonismo e a relevância da entidade, considerável número de pesquisadores tem se dedicado ao estudo do evento, com atenção especial à produção veiculada pelos GTT’s, por meio dos anais dos eventos. De modo geral, destaca-se a publicação dos 13 volumes2 2 O volume 8 da referida coleção se dedicou conjuntamente aos GTT’s Políticas Públicas e Movimentos Sociais (Araújo et al., 2020). da coleção comemorativa aos 40 anos do CBCE, intitulada “Ciências do Esporte, Educação Física e Produção do Conhecimento em 40 anos de CBCE” (Lara et al., 2019Lara L, Athayde P, Myskiw M, Santos RA, Wittizorecki ES, Conceição VJS, et al. Apresentação. In: Lara L, Athayde P, Myskiw M, Santos RA, Wittizorecki ES, Conceição VJS, et al., editores. Ciências do Esporte, Educação Física e Produção do Conhecimento em 40 anos de CBCE. Ijuí: Ed. Unijuí; 2019. (vol. 1, Memória e História do CBCE).) e do e-book comemorativo aos 25 anos dos GTT’s, intitulado “25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas” (Macedo et al., 2023Macedo CG, Costa M, Antunes M, Amaral G. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023).

Sobre a produção do conhecimento no GTT – PP, nosso estudo acompanha os esforços empreendidos por Húngaro et al. (2009)Húngaro EM, Oliveira BA, Custódio ML, Damasceno LG. Balanço inicial da produção do GTT de políticas públicas do CBCE (1997-2005): avanços, ausências e perspectivas. In: Húngaro EM, Sousa WLL, editores. Cultura, educação, lazer e esporte: fundamentos, balanços e anotações críticas. Santo André: Alpharrabio; 2009. p. 93-124., Starepravo et al. (2009Starepravo FA, Nunes RS, Marchi W Jr. Agenda de pesquisa em políticas públicas de esporte e lazer: uma leitura a partir do GTT de Políticas Públicas no XV Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. In: XVI Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte; III Congresso Internacional de Ciências do Esporte; 2009; Salvador. Anais. Salvador: CBCE; 2009., 2011)Starepravo FA, Souza J, Marchi W Jr. Produção científica brasileira sobre políticas públicas de esporte e lazer: regularidades e tendências na área. In: XVII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte; IV Congresso Internacional de Ciências do Esporte; 2011; Porto Alegre. Anais. Porto Alegre: ESEF/UFRGS; 2011. p. 1-13., Starepravo (2011)Starepravo FA. Políticas públicas de esporte e lazer: aproximações, intersecções, rupturas, e distanciamentos entre os subcampos político/burocrático e cientifico/acadêmico [tese]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 2011.3 3 Segundo o autor, o GTT-PP é o principal fórum de discussão sobre políticas públicas de esporte e lazer do País. , Amaral e Pereira (2009)Amaral SCF, Pereira APC. Reflexões sobre a produção em políticas públicas de Educação Física, esporte e lazer. Rev Bras Ciênc Esporte [Internet]. 2009 [citado 2024 Fev 14];31(1):41-56. Disponível em: http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/631
http://revista.cbce.org.br/index.php/RBC...
, Souza et al. (2014)Souza APP, Souza DL, Dos Santos SM, Castro SBE. A produção científica brasileira sobre megaeventos esportivos na área da Educação Física: um levantamento a partir dos anais do CONBRACE 2013. Motrivivência. 2014;26(43):212–228. http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n43p212.
http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26...
e Malina et al. (2015)Malina A, Starepravo FA, Athayde PFA, Figueiredo ESA. O Estado da arte no referencial teórico dos trabalhos do GTT Políticas Públicas em Esporte e Lazer do CBCE. In: Rechia SA, Silva PCC, Almeida FQ, Chaves-Gamboa MF, Gois E Jr, Ortigara V, et al., editores. Dilemas e desafios da Pós-graduação em Educação Física. 1ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí; 2015. p. 517-540.. Dialoga, ainda, com os estudos dedicados ao mapeamento e análise da produção em políticas públicas de esporte e lazer, tais como: Castro et al. (2012)Castro SBE, Moro NRNL, Silveira LRT, Mezzadri FM. O estado da arte em políticas sociais de esporte e lazer no Brasil (2000-2009). Pensar Prát. 2012;15(2). http://doi.org/10.5216/rpp.v15i2.13823.
http://doi.org/10.5216/rpp.v15i2.13823...
, Sousa (2014)Sousa WLL. Em busca do elo perdido: a produção de conhecimentos científicos e tecnológicos a serviço da qualificação das políticas públicas de esporte e lazer [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas; 2014., Amaral et al. (2014)Amaral SCF, Ribeiro OCF, Silva DS. Produção científico-acadêmica em políticas públicas de esporte e lazer no Brasil. Motrivivência. 2014;26(42):27-40. http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n42p27.
http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26...
, Onofre et al. (2019)Onofre T, Colângelo JVM, Lino W. Balanço bibliométrico da produção científica em políticas públicas de lazer-Brasil 2012/2017. Rev Bras Cien Mov. 2019;27(1):164-76. http://doi.org/10.31501/rbcm.v27i1.9892.
http://doi.org/10.31501/rbcm.v27i1.9892...
, Rojo et al. (2019)Rojo JR, Mezzadri FM, Silva MM. A produção do conhecimento sobre políticas públicas para o esporte e lazer no Brasil: uma análise dos pesquisadores e instituições. Podium. 2019;8(1):128-39. http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303.
http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303...
Pagani et al. (2021)Pagani MM, Shimoda E, Matta LG. A produção do conhecimento em política pública de esporte no Brasil e no mundo. Braz J Dev. 2021;7(1):10699-709. http://doi.org/10.34117/bjdv7n1-731.
http://doi.org/10.34117/bjdv7n1-731...
4 4 Para os autores, o Brasil ocupa a 2ª colocação, responsável por 12,6% da produção de artigos sobre Políticas Públicas de Esporte e Lazer, 75,6% dentro das Ciências Sociais, em levantamento realizado a partir dos dados do indexador Scopus, entre 2008 e 2017, abaixo apenas dos Estados Unidos. e Andrade et al. (2023)Andrade ASA, Araújo SM, Castelanni L Fo. GTT Políticas Públicas – Wagner Matias: Ciência, militância e emancipação humana. In: Macedo CG, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA, editores. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023..

Em comum os estudos apontam para o aumento e a qualificação da produção do conhecimento em políticas públicas e no âmbito do GTT-PP. O reconhecimento do Esporte e do Lazer enquanto políticas sociais, a criação do Ministério do Esporte e sua agenda de programas e ações, a criação da Rede CEDES, a constituição de grupos e linhas de pesquisas, a oferta de disciplinas dedicados ao tema dentro dos Programas de Pós-Graduação foram determinantes para esse quadro.

Considerando o exposto, o presente estudo buscou identificar e caracterizar a produção acadêmico-científica, referente ao GTT-PP, veiculada nos anais dos CONBRACE/CONICE realizados nas edições referentes à década de 2010, especificamente entre 2011 e 2019.

PERCURSO METODOLÓGICO

Trata-se de um estudo que articula as técnicas da pesquisa bibliográfica e documental, de natureza quanti-qualitativa e de caráter exploratório-descritivo bibliométrico, tendo como fonte os trabalhos publicados nos anais, referentes ao GTT-PP, entre 2011 e 2019, disponibilizados no site do CBCE (2024c)CBCE: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Anais [Internet]. 2024c [citado em 2024 Abr 10]. Disponível em: www.cbce.org.br/anais/
www.cbce.org.br/anais/...
. O levantamento bibliométrico5 5 A bibliometria é uma técnica originária das Ciências da Informação e da Biblioteconomia que permite conhecer e medir a produção científica, visando quantificar, classificar e mapear a produção e disseminação de conhecimento científico sobre determinado assunto (Araújo, 2006). Retrata as principais características e a trajetória de determinada ciência, disciplina ou campo de conhecimento (Macias-Chapula, 1998). permitiu a mensuração métrica/quantitativa das informações presentes nos trabalhos a partir dos seguintes indicadores6 6 Os indicadores contribuem para a compreensão da estrutura da comunidade científica. Contudo, não representam uma verdade irrestrita, mas são aproximações da realidade ou uma expressão incompleta dela (Santos e Kobashi, 2005). Depende de interpretações, contextualizações que aprofundem a compreensão da área analisada (Job, 2018). : Distribuição Total da Produção; Distribuição do Tipo de Apresentação e Pesquisadores. Levanta-se, ainda, o panorama dos pesquisadores pela distribuição geográfica, regional e estadual; por Instituições de Ensino Superior (IES); por Titulação e Gênero. Conclui-se o levantamento com a análise das palavras-chave, a identificação dos pesquisadores que mais apresentaram trabalhos nos eventos e as referências bibliográficas utilizadas.

Para o levantamento dos dados, realizou-se a leitura dos títulos, palavras-chave, resumos e, quando necessário, da íntegra dos trabalhos. O registro7 7 O registro seguiu a seguinte organização dos dados: Ano de Publicação; Tipo de Trabalho; Título do Trabalho; Palavras-Chave; Nome do Pesquisador; IES de vínculo; Titulação; Gênero; Estado e Região Geográfica. foi realizado em planilhas elaboradas no Software Microsoft Excel e análise a partir de gráficos gerados no Microsoft Power Bi. O trabalho foi realizado durante os meses de dez/2023 e jan/2024.

APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS

O esforço empreendido esteve relacionado em situar, identificar, quantificar, classificar, mapear e caracterizar os trabalhos demandando a organização e categorização de um conjunto de dados que serão apresentados, abaixo, em três momentos: Panorama de Trabalhos; Perfil dos Pesquisadores; e Temas e Referências.

Panorama dos trabalhos

conforme exposto no Gráfico 1, o volume de trabalhos apresentados, em todos os formatos, dobrou. Só de 2017 para 2019 houve um incremento de 30%. Vale salientar que neste período ocorreram alterações substanciais nas normas de submissão de trabalhos.

Gráfico 1
Distribuição e Número Total de Trabalhos por edição, 2011-2019. Fonte: Elaboração Própria.

De acordo com as informações contidas no Sistema Online de Apoio a Congressos (SOAC) do CBCE, na edição de 2011 não há distinção nas normas para resumos expandidos (comunicação oral) ou resumos simples (pôsteres) (CBCE, 2024dCBCE: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE [Internet]. 2024d [citado em 2024 Abr 10]. Disponível em: http://congressos.cbce.org.br
http://congressos.cbce.org.br...
). Para identificarmos o tipo de trabalho, recorremos às informações contidas nos próprios resumos. A partir de 2013, os resumos expandidos se referiam às pesquisas concluídas e, em 2019, também aos relatos de experiência. Quanto ao número de caracteres, para este formato recomendava-se o limite de 35 mil, para as edições de 2013 e 2015. Já em 2017 e 2019 foram reduzidos para 14 mil. Os resumos simples se referiram a resultados de pesquisas, relatos de experiência ou prática de ensino-aprendizagem em 2013 e 2015, acrescidos de pesquisas em andamento em 2019. Quanto ao tamanho, estabeleceu-se o limite de 3 páginas nas edições de 2013 e 2015, alterando para cinco mil caracteres nas edições de 2017 e 2019.

As mudanças podem ter provocado o aumento de submissões e de trabalhos aprovados. A progressão quantitativa dos trabalhos reflete o aumento de envolvidos nas atividades de pesquisa conforme apontado por Schwartzman (2022)Schwartzman S. Pesquisa e pós-graduação no Brasil: duas faces da mesma moeda? Estud Av. 2022;36(104):227-54. http://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36104.011.
http://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.3...
, seja na iniciação científica ou na pós-graduação, bem como a participação e adesão ao congresso e temas debatidos.

O Gráfico 2 expressa um conjunto de dados sobre os trabalhos apresentados no GTT-PP. Demonstra que os 242 trabalhos, correspondem 7% do total de trabalhos nos eventos. Assim, o GTT-PP figura como o quinto em volume de trabalhos8 8 Atrás dos GTT`s Escola (892); Formação Profissional e Mundo do Trabalho (491); Atividade Física e Saúde (361) e Corpo e Cultura (276). , representando uma evolução quantitativa ao longo da década.

Gráfico 2
Distribuição Total no CONBRACE e Percentual de Trabalhos do GTT-PP, por Edição. Fonte: Elaboração Própria.

Somados os trabalhos apresentados desde a sua criação em 1997, chegamos ao total de 398. Portanto, em números absolutos, o ano de 2019 alcançou a maior marca registrada historicamente. O levantamento atual evidencia o crescimento da produção em comparação às décadas anteriores em levantamento realizado por Amaral e Pereira (2009)Amaral SCF, Pereira APC. Reflexões sobre a produção em políticas públicas de Educação Física, esporte e lazer. Rev Bras Ciênc Esporte [Internet]. 2009 [citado 2024 Fev 14];31(1):41-56. Disponível em: http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/631
http://revista.cbce.org.br/index.php/RBC...
entre os anos de 1999 e 2009. O volume de publicação neste formato permanece superior em comparação aos de outras formas como teses, dissertações e artigos (Sousa, 2014Sousa WLL. Em busca do elo perdido: a produção de conhecimentos científicos e tecnológicos a serviço da qualificação das políticas públicas de esporte e lazer [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas; 2014.; Amaral et al., 2014Amaral SCF, Ribeiro OCF, Silva DS. Produção científico-acadêmica em políticas públicas de esporte e lazer no Brasil. Motrivivência. 2014;26(42):27-40. http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n42p27.
http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26...
; Rojo et al., 2019Rojo JR, Mezzadri FM, Silva MM. A produção do conhecimento sobre políticas públicas para o esporte e lazer no Brasil: uma análise dos pesquisadores e instituições. Podium. 2019;8(1):128-39. http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303.
http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303...
).

O Gráfico 3 demonstra que houve alternância na predominância dos formatos de trabalho apresentados. Em geral temos a concentração de trabalhos em comunicação oral/resumos expandidos, correspondendo a 56% do total. Por essa modalidade se referir às pesquisas concluídas, por essa razão, decidiu-se pela delimitação da amostragem em 137 trabalhos para a análise quali/quantitativa.

Gráfico 3
Distribuição, Número Total, Evolução e Percentual de Trabalhos no GTT-PP, por Formato e Edição. Fonte: Elaboração Própria.

Perfil dos pesquisadores

Delimitados os trabalhos apresentados no formato resumo expandido/comunicação oral, contabilizou-se o total de 2589 9 Ao longo da década percebeu-se inconstâncias e alterações nas informações disponibilizadas nos metadados do SOAC e nos textos, tais como a localização do vínculo institucional e a titulação dos pesquisadores. Essas informações podem refletir o trânsito da formação continuada e da carreira acadêmica. Optou-se pelos dados mais recentes disponíveis. pesquisadores de IES brasileiras10 10 Os de IES estrangeiras estão representados por dois autores portugueses, Carlos Rodrigues e Emanuel Leite Júnior, da Universidade de Aveiro; um autor espanhol, José Maria Yagüe Cabezón, da Universidad Leon; e uma autora belga, Veerle De Bosscher, da Universidade Livre de Bruxelas (Vrije Universiteit Brussel). e 4 de IES estrangeiras. Os pesquisadores das regiões Sul e Sudeste representaram 59% do total. Este dado acompanha a concentração de cursos e programas de pós-graduação nas regiões11 11 Segundo dados do Observatório da Pós-graduação da Plataforma Sucupira, em 2019 havia 36 Programas de Pós-Graduação em Educação Física, distribuídos nas Regiões Sudeste - 17 (47%), Sul - 9 (26%), Nordeste 5 -(14%), Centro-Oeste - 5 (14%) (Brasil, 2024). . O Gráfico 4 revela que a localidade12 12 2011 - Porto Alegre/RS (Sul); 2013 – Brasília/DF(Centro-Oeste); 2015 – Vitória/ES(Sudeste); 2017– Goiânia/GO (Centro-Oeste) e; 2019 – Natal/RN (Nordeste). de realização dos eventos favoreceu uma participação mais efetiva de pesquisadores da região correspondente, exceto nas edições de 2013 e 2019.

Gráfico 4
Distribuição Geográfica e Percentual de Pesquisadores, por Região e Edição. Fonte: Elaboração Própria.

O Gráfico 5 indica a particularidade da distribuição de pesquisadores por Estado. Em geral, a Região Sul, está representada majoritariamente pelos Estados do RS e PR. Já a Região Sudeste, a segunda maior em participação, está representada pelo RJ, o 4º. maior em número de pesquisadores. Os números dos Estados do Centro-Oeste, DF e GO, concorrem com os da Região Sudeste, com destacado crescimento na participação do DF. A presença de programas de pós-graduação e linhas de pesquisa pode ter contribuído para este cenário. Concluímos com a presença dos Estados do CE, BA e MA, representantes da Região Nordeste. Estes números repercutem nas IES mais representativas, conforme dados complementares do Gráfico 6.

Gráfico 5
Número Total e Percentual de Pesquisadores por Estado. Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 6
Distribuição e Percentual de Pesquisadores por IES. Fonte: Elaboração Própria.

A variedade de IES13 13 Em alguns casos, como o da UFS e da PUC-MG, o número de autores/IES envolvidos se referem à autoria coletiva em apenas um trabalho submetido, inflacionando a estatística. envolvidas no evento, conforme exposto no Gráfico destaca, a representatividade região Centro-Oeste, com a UnB (20) e a UFG (15), ocupando as 2ª. e 3ª. posições, respectivamente. No PR (36), o número de pesquisadores se dilui entre a UEM (20) e a UFPR (14). A Região Sudeste aparece representada pela UFES (13) e UNICAMP (13) nas 5ª. e 6ª. posições. A região Nordeste é representada pela UFS (8), UNEB (5) e UFC (5). Ao longo da década, percebe-se o protagonismo da UnB e da UEM, que já protagonizam, junto à UFPR, a produção de artigos na área, conforme levantamento realizado por Rojo et al. (2019)Rojo JR, Mezzadri FM, Silva MM. A produção do conhecimento sobre políticas públicas para o esporte e lazer no Brasil: uma análise dos pesquisadores e instituições. Podium. 2019;8(1):128-39. http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303.
http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303...
.

Em relação à titulação14 14 A – Acadêmico; G – Graduado; E – Especialista; M – Mestre e; D – Doutor. , apenas 123 pesquisadores disponibilizaram essa informação, representando parcialmente a amostragem levantada. O quantitativo de doutores e mestres é relevante, alcançando aproximadamente 70%, superando o quadro de baixa titulação identificado por Húngaro et al. (2009)Húngaro EM, Oliveira BA, Custódio ML, Damasceno LG. Balanço inicial da produção do GTT de políticas públicas do CBCE (1997-2005): avanços, ausências e perspectivas. In: Húngaro EM, Sousa WLL, editores. Cultura, educação, lazer e esporte: fundamentos, balanços e anotações críticas. Santo André: Alpharrabio; 2009. p. 93-124.. Conforme o estudo citado, menos da metade dos pesquisadores do GTT-PP eram compostos por doutores e mestres e havia um significativo número de graduados e pesquisadores discentes. Os dados do Gráfico 7 evidenciam o aumento da qualificação dos envolvidos, resultante do crescimento de programas de pós-graduação com linhas e grupos de pesquisa dedicados ao tema.

Gráfico 7
Distribuição e Percentual de Pesquisadores por titulação e edição. Fonte: Elaboração Própria.

Quando observamos a distribuição por Gênero, o Gráfico 8 aponta que quanto maior a qualificação, menor é a participação feminina. Dados semelhantes foram levantados por Teixeira e Freitas (2016)Teixeira ABM, Freitas MA. Mulheres cientistas nos cursos de física e de educação física na Universidade Federal de Minas Gerais. Instrumento. 2016;18(1):1. na UFMG, entre as alunas de pós-graduação e docentes nas áreas de Física e Educação Física. De acordo com Wenetz et al. (2023), oWenetz I, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA. Mulheres nos GTTS do CBCE: onde estamos? In: Macedo CG, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA, editores. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023. GTT-PP (43,7%) é um dos que possui menor participação como primeiras autoras. Por outro lado, embora haja um equilíbrio entre os gêneros na década, a predominância masculina vem se acentuando ao longo dos eventos, chegando a 62% dos pesquisadores. A discrepância é ainda maior entre os pesquisadores que mais publicaram, como será observado mais adiante no Gráfico 9.

Gráfico 8
Distribuição e Percentual de Pesquisadores por gênero, titulação e edição. Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 9
Quantitativo e Percentual de Pesquisadores que mais publicaram no GTT-PP. Fonte: Elaboração Própria.

Temas e referências

A nuvem de palavras-chave, representada na Figura 1, revela que “Políticas Públicas” (23), “Esporte” (20), “Lazer” (10) e Educação Física (9) tiveram maior frequência nos trabalhos. Nos permite compreender que, de forma coerente ao GTT-PP, as Políticas Públicas, sobretudo às relacionadas ao Esporte e ao Lazer, estão em destaque, conforme dados complementares abaixo no Gráfico 10.

Figura 1
Nuvem de Palavras-chave presentes nos resumos expandidos publicados no GTT-PP. Fonte: Elaboração Própria.
Gráfico 10
Total e Percentual de Trabalhos por Setores de implementação da Política Pública. Fonte: Elaboração Própria.

O Gráfico 10 reflete o predomínio do esporte como setor de implementação das políticas públicas tratadas nos trabalhos. Uma das possíveis razões que justificam este predomínio pode ser a distribuição dos demais setores em GTT’s específicos como o de Atividade Física e Saúde, o Escola e o Lazer e Sociedade. Ainda assim, no GTT-PP o lazer é abordado em conjunto ou de forma complementar ao esporte como “política de esporte e lazer”. Na educação, os temas se referem às reformas curriculares em todos os níveis da federação, em programas de esporte educacional e às políticas de formação de professores. No caso da saúde, os estudos se dedicam à análise de programas, como o Programa Academia da Saúde e ações da Educação Física nos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Em casos esporádicos, há menções às políticas culturais e de segurança.

Os pesquisadores que mais publicaram trabalhos no GTT-PP, representados no Gráfico 9, além de refletirem as IES com maior representatividade, como UFPR, UnB e UEM, estão de acordo com os autores/IES que mais produziram artigos sobre o tema nos indexadores Scopus (Pagani et al., 2021Pagani MM, Shimoda E, Matta LG. A produção do conhecimento em política pública de esporte no Brasil e no mundo. Braz J Dev. 2021;7(1):10699-709. http://doi.org/10.34117/bjdv7n1-731.
http://doi.org/10.34117/bjdv7n1-731...
), Lilacs, Medline, Scielo e Portal de Periódicos da Capes (Rojo et al., 2019Rojo JR, Mezzadri FM, Silva MM. A produção do conhecimento sobre políticas públicas para o esporte e lazer no Brasil: uma análise dos pesquisadores e instituições. Podium. 2019;8(1):128-39. http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303.
http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303...
), onde Fernando Starepravo (UEM/PR) lidera a produção mundial sobre tema. Os pesquisadores ligados à UnB/DF publicaram no evento trabalhos em coautoria, o que poderia refletir relações de cooperação e orientação na pós-graduação. A terceira maior IES em número de pesquisadores está representada por Wilson Lino (UFG/GO), com 3 trabalhos. Da região Sudeste temos o protagonismo de Silvia Cristina Franco Amaral, com trabalhos dedicados às políticas de lazer. Da Região Nordeste, temos a Silvana Martins de Araújo (UFMA/MA). Os principais autores, em grande parte, estão vinculados aos programas de pós-graduação e compõem/lideram os principais grupos de pesquisa em políticas públicas (UFSC, 2021UFSC: Universidade Federal de Santa Catarina. Motrivivência [Internet]. Florianópolis: Labomídia; 2021. (vol. 33, no. 64) [citado em 2021 Set 3]. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/issue/view/3188
https://periodicos.ufsc.br/index.php/mot...
).

Em linhas gerais, os documentos referentes à legislação, aos dados estatísticos e aos programas são os mais citados no GTT-PP. As referências15 15 Referências são citações que implicam a conexão entre documentos, entre o que aquele que cita e o que é citado. A análise de citações é importante para “[...] a compreensão da estrutura social e intelectual de campos científicos” (Hayashi, 2013, p. 85). identificadas no Gráfico 11 indicam que, ao produzirem sobre o tema, os pesquisadores acabam se tornando referências no assunto. Evidencia a retroalimentação e circulação do que é produzido no GTT-PP. Mascarenhas, com textos sobre o lazer e os megaeventos, tornou-se a principal referência temática além das relações de autocitação, coautoria e orientações. Melo vem produzindo sobre políticas de esporte e lazer e juventude. Castellani e Marcellino já eram referências em políticas esportivas e de lazer desde a década de 2000 (Starepravo, 2011Starepravo FA. Políticas públicas de esporte e lazer: aproximações, intersecções, rupturas, e distanciamentos entre os subcampos político/burocrático e cientifico/acadêmico [tese]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 2011.). A dissertação de Linhales (1996)Linhales MA. A trajetória política do esporte no Brasil: interesses envolvidos, setores excluídos [dissertação]. Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais; 1996. se constituiu como referência clássica sobre a história da política esportiva no país.

Gráfico 11
Percentual dos Autores mais citados no GTT – Políticas Públicas. Fonte: Elaboração Própria.

O Gráfico 12 evidencia a adoção de textos publicados pelos orientadores/líderes dos grupos como Castellani Filho, Mascarenhas, Starepravo e Amaral. Há os publicados por Tubino, referência na legislação esportiva nacional; e de outra área, como o Serviço Social, os publicados por Boschetti, que tem sido adotada como referência por alguns grupos, sobretudo devido a sua proposição metodológica de base materialista dialética para análise de políticas das áreas sociais. Uma característica comum nas referências é o vínculo com as ciências humanas e sociais, tendo o Estado, as políticas, a sociedade, o esporte e o lazer como objetos nucleares de suas produções no âmbito das Políticas Públicas e demarcam, em geral, o GTT-PP.

Gráfico 12
Distribuição de autores mais citados pelos autores que mais publicaram. Fonte: Elaboração Própria.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao delimitar o objetivo desta pesquisa em identificar e caracterizar o panorama dos trabalhos publicados no GTT Políticas Públicas – Wagner Matias, nos anais do CONBRACE/CONICE de 2011 a 2019, o balanço bibliométrico nos revelou impressões aproximadas sobre a temática das Políticas Públicas no interior do CBCE. Nossos dados vão ao encontro dos levantados de forma preliminar por Andrade et al. (2023)Andrade ASA, Araújo SM, Castelanni L Fo. GTT Políticas Públicas – Wagner Matias: Ciência, militância e emancipação humana. In: Macedo CG, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA, editores. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023. quanto ao aumento do número de trabalhos apresentados, a ampliação da diversidade temática, da regionalidade e da titulação.

A constituição, manutenção e qualificação de um repositório como o SOAC deve ser retomada tendo em vista o crescimento do volume de trabalhos publicados no evento. A disponibilização de dados, para além dos anais dos eventos, demanda a padronização de metadados como Titulação, IES de Vínculo, Tipo de Financiamento, Formato de Trabalho, entre outros. O banco de dados sobre os trabalhos e pesquisadores envolvidos pode abranger estudos bibliométricos, qualificando análises sobre o desenvolvimento de diversas temáticas no evento e demais GTT’s.

Sendo assim, o crescimento exponencial de trabalhos publicados nos eventos e no GTT-PP trata-se, quantitativamente, de um dado positivo e otimista tendo em vista a adesão ao tema. Entretanto, é necessário analisar criticamente se a expansão representa de fato a qualificação da temática. De um lado, a alteração nas normas de submissão, além de impulsionar o número de trabalhos aprovados, pode ter implicado na precarização e empobrecimento dos trabalhos submetidos com menor rigor acadêmico, como os relatos de experiência, já evidenciado por Húngaro et al. (2009)Húngaro EM, Oliveira BA, Custódio ML, Damasceno LG. Balanço inicial da produção do GTT de políticas públicas do CBCE (1997-2005): avanços, ausências e perspectivas. In: Húngaro EM, Sousa WLL, editores. Cultura, educação, lazer e esporte: fundamentos, balanços e anotações críticas. Santo André: Alpharrabio; 2009. p. 93-124.. Por outro lado, o tipo de evento aos quais os trabalhos são apresentados e publicados em anais é um dos critérios de avaliação para a ingressão e permanência de pesquisadores na pós-graduação, o que pode ter contribuído para o aumento da adesão ao CONBRACE/CONICE, especificamente ao GTT-PP.

O estudo evidenciou, ainda, que a localidade de realização dos eventos se torna relevante no sentido de democratizar a participação regional, sobretudo àquelas relegadas à concentração de programas de pós-graduação no eixo sul-sudeste, sendo uma estratégia político-institucional do CBCE de valorização e indução de estudos e debates sobre políticas públicas.

Sobre os pesquisadores e as referências, o estudo demonstra a consolidação de pessoas, grupos e instituições como protagonistas na produção, enquanto frente de pesquisa no interior do GTT-PP. O aumento da titulação dos envolvidos reflete a ampliação da oferta de pós-graduação stricto-sensu na área e a variedade de Instituições, Regiões e Estados participantes do evento revela maior capilaridade do tema. No entanto, é necessário construir ações e espaços para ampliar e qualificar a participação feminina e de pesquisadores da Região Norte.

Sobre as referências/citações adotadas pelo GTT-PP e pelos pesquisadores que mais produziram, os dados indicam que a própria produção dos pesquisadores vem retroalimentando e se tornando referência na área e no interior do GTT. Ainda é necessária a análise mais aprofundada sobre de que forma os textos têm sido apropriados, estudados, debatidos e criticados.

Por fim, é importante ponderar acerca das potencialidades e limites de um estudo bibliométrico. O levantamento realizado nos revelou que, de fato, os GTT’s tem sido espaços de produção do conhecimento e do CBCE (Myskiw, 2023Myskiw M. Reflexões sobre “os lugares” dos Grupos de Trabalho Temáticos e “os avanços” do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. In: Macedo CG, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA, editores. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023). Essa constatação deve ser reforçada para que o evento se situe enquanto polo de resistência/sobrevivência das subáreas Sociocultural e Pedagógicas aos tempos de produtivismo acadêmico. A necessidade e a importância de estudos mais aprofundados e de maior envergadura dentro do maior evento científico da Educação Física, em especial no tema das políticas públicas, com base nos anais, pode nos revelar em que estado de crescimento/enfraquecimento (Hallal e Melo, 2017Hallal PC, Melo VA. Crescendo e enfraquecendo: um olhar sobre os rumos da Educação Física no Brasil. Rev Bras Ciênc Esporte. 2017;39(3):322-7. http://doi.org/10.1016/j.rbce.2016.07.002.
http://doi.org/10.1016/j.rbce.2016.07.00...
) nos encontramos cientificamente.

  • 1
    Inicialmente estabelecido como GTT Educação Física/Esportes e Políticas Públicas, atualmente recebe o nome de “Políticas Públicas - Wagner Matias” em homenagem ao pesquisador vitimado pela covid-19 em 2021, por reconhecer nele como o precursor ou o que aprofundou os estudos sobre a economia política do esporte (Andrade et al., 2023Andrade ASA, Araújo SM, Castelanni L Fo. GTT Políticas Públicas – Wagner Matias: Ciência, militância e emancipação humana. In: Macedo CG, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA, editores. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023.).
  • 2
    O volume 8 da referida coleção se dedicou conjuntamente aos GTT’s Políticas Públicas e Movimentos Sociais (Araújo et al., 2020Araújo SM, Athayde P, Myskiw M, Santos RA, Wittizorecki ES, Conceição VJS, et al., editores. Políticas públicas e movimentos sociais. Natal: EDUFRN; 2020.).
  • 3
    Segundo o autor, o GTT-PP é o principal fórum de discussão sobre políticas públicas de esporte e lazer do País.
  • 4
    Para os autores, o Brasil ocupa a 2ª colocação, responsável por 12,6% da produção de artigos sobre Políticas Públicas de Esporte e Lazer, 75,6% dentro das Ciências Sociais, em levantamento realizado a partir dos dados do indexador Scopus, entre 2008 e 2017, abaixo apenas dos Estados Unidos.
  • 5
    A bibliometria é uma técnica originária das Ciências da Informação e da Biblioteconomia que permite conhecer e medir a produção científica, visando quantificar, classificar e mapear a produção e disseminação de conhecimento científico sobre determinado assunto (Araújo, 2006Araújo CAA. Bibliometria: evolução histórica e questões atuais. Rev Questão [Internet]. 2006 [citado 2024 Fev 14];12(1):11-32. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/16
    https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuesta...
    ). Retrata as principais características e a trajetória de determinada ciência, disciplina ou campo de conhecimento (Macias-Chapula, 1998Macias-Chapula CA. O papel da informetria e da cienciometria e sua perspectiva nacional e internacional. Cienc Inf. 1998;27(2):134-40. http://doi.org/10.1590/S0100-19651998000200005.
    http://doi.org/10.1590/S0100-19651998000...
    ).
  • 6
    Os indicadores contribuem para a compreensão da estrutura da comunidade científica. Contudo, não representam uma verdade irrestrita, mas são aproximações da realidade ou uma expressão incompleta dela (Santos e Kobashi, 2005Santos RNM, Kobashi NY. Aspectos metodológicos da produção de indicadores em ciência e tecnologia. In: Encontro Nacional de Ciência da Informação; 2005; Salvador. Anais. Salvador: Universidade Federal da Bahia; 2005.). Depende de interpretações, contextualizações que aprofundem a compreensão da área analisada (Job, 2018Job I. Bibliometria aplicada aos estudos do campo da Educação Física: confiabilidade, qualidade e relevância nas publicações. Motrivivência. 2018;30(54):18-34. http://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n54p18.
    http://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30...
    ).
  • 7
    O registro seguiu a seguinte organização dos dados: Ano de Publicação; Tipo de Trabalho; Título do Trabalho; Palavras-Chave; Nome do Pesquisador; IES de vínculo; Titulação; Gênero; Estado e Região Geográfica.
  • 8
    Atrás dos GTT`s Escola (892); Formação Profissional e Mundo do Trabalho (491); Atividade Física e Saúde (361) e Corpo e Cultura (276).
  • 9
    Ao longo da década percebeu-se inconstâncias e alterações nas informações disponibilizadas nos metadados do SOAC e nos textos, tais como a localização do vínculo institucional e a titulação dos pesquisadores. Essas informações podem refletir o trânsito da formação continuada e da carreira acadêmica. Optou-se pelos dados mais recentes disponíveis.
  • 10
    Os de IES estrangeiras estão representados por dois autores portugueses, Carlos Rodrigues e Emanuel Leite Júnior, da Universidade de Aveiro; um autor espanhol, José Maria Yagüe Cabezón, da Universidad Leon; e uma autora belga, Veerle De Bosscher, da Universidade Livre de Bruxelas (Vrije Universiteit Brussel).
  • 11
    Segundo dados do Observatório da Pós-graduação da Plataforma Sucupira, em 2019 havia 36 Programas de Pós-Graduação em Educação Física, distribuídos nas Regiões Sudeste - 17 (47%), Sul - 9 (26%), Nordeste 5 -(14%), Centro-Oeste - 5 (14%) (Brasil, 2024Brasil. Plataforma Sucupira. Observatório da pós-graduação [Internet]. 2024 [citado 2024 Fev 14]. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/
    https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/...
    ).
  • 12
    2011 - Porto Alegre/RS (Sul); 2013 – Brasília/DF(Centro-Oeste); 2015 – Vitória/ES(Sudeste); 2017– Goiânia/GO (Centro-Oeste) e; 2019 – Natal/RN (Nordeste).
  • 13
    Em alguns casos, como o da UFS e da PUC-MG, o número de autores/IES envolvidos se referem à autoria coletiva em apenas um trabalho submetido, inflacionando a estatística.
  • 14
    A – Acadêmico; G – Graduado; E – Especialista; M – Mestre e; D – Doutor.
  • 15
    Referências são citações que implicam a conexão entre documentos, entre o que aquele que cita e o que é citado. A análise de citações é importante para “[...] a compreensão da estrutura social e intelectual de campos científicos” (Hayashi, 2013, pHayashi MCPI. Afinidades eletivas entre a cientometria e os estudos sociais da ciência. Filos Educ. 2013;5(2):57-88. http://doi.org/10.20396/rfe.v5i2.8635395.
    http://doi.org/10.20396/rfe.v5i2.8635395...
    . 85).
  • FINANCIAMENTO

    O presente trabalho não contou com apoio financeiro de nenhuma natureza para sua realização.

REFERÊNCIAS

  • Amaral SCF, Ribeiro OCF, Silva DS. Produção científico-acadêmica em políticas públicas de esporte e lazer no Brasil. Motrivivência. 2014;26(42):27-40. http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n42p27
    » http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n42p27
  • Amaral SCF, Pereira APC. Reflexões sobre a produção em políticas públicas de Educação Física, esporte e lazer. Rev Bras Ciênc Esporte [Internet]. 2009 [citado 2024 Fev 14];31(1):41-56. Disponível em: http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/631
    » http://revista.cbce.org.br/index.php/RBCE/article/view/631
  • Andrade ASA, Araújo SM, Castelanni L Fo. GTT Políticas Públicas – Wagner Matias: Ciência, militância e emancipação humana. In: Macedo CG, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA, editores. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023.
  • Araújo CAA. Bibliometria: evolução histórica e questões atuais. Rev Questão [Internet]. 2006 [citado 2024 Fev 14];12(1):11-32. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/16
    » https://seer.ufrgs.br/index.php/EmQuestao/article/view/16
  • Araújo SM, Athayde P, Myskiw M, Santos RA, Wittizorecki ES, Conceição VJS, et al., editores. Políticas públicas e movimentos sociais. Natal: EDUFRN; 2020.
  • Arboit AE, Bufrem LS. Produção de trabalhos científicos em eventos nacionais da área de ciência da informação. Transinformação. 2011;23(3):207-17. http://doi.org/10.1590/S0103-37862011000300003
    » http://doi.org/10.1590/S0103-37862011000300003
  • Brasil. Plataforma Sucupira. Observatório da pós-graduação [Internet]. 2024 [citado 2024 Fev 14]. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/
    » https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/
  • Castro SBE, Moro NRNL, Silveira LRT, Mezzadri FM. O estado da arte em políticas sociais de esporte e lazer no Brasil (2000-2009). Pensar Prát. 2012;15(2). http://doi.org/10.5216/rpp.v15i2.13823
    » http://doi.org/10.5216/rpp.v15i2.13823
  • CBCE: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Grupos de Trabalhos Temáticos (GTT's) [Internet]. 2024a [citado em 2024 Fev 14]. Disponível em: https://www.cbce.org.br/gtts/
    » https://www.cbce.org.br/gtts/
  • CBCE: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. GTT 12: políticas públicas [Internet]. 2024b [citado em 2024 Fev 14]. Disponível em: https://www.cbce.org.br/gtt/gtt12-politicaspublicas
    » https://www.cbce.org.br/gtt/gtt12-politicaspublicas
  • CBCE: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Anais [Internet]. 2024c [citado em 2024 Abr 10]. Disponível em: www.cbce.org.br/anais/
    » www.cbce.org.br/anais/
  • CBCE: Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Sistema Online de Apoio a Congressos do CBCE [Internet]. 2024d [citado em 2024 Abr 10]. Disponível em: http://congressos.cbce.org.br
    » http://congressos.cbce.org.br
  • Damasceno LG. A Educação Física na formação do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. Campinas: Papirus; 2013. 224 p
  • Hallal PC, Melo VA. Crescendo e enfraquecendo: um olhar sobre os rumos da Educação Física no Brasil. Rev Bras Ciênc Esporte. 2017;39(3):322-7. http://doi.org/10.1016/j.rbce.2016.07.002
    » http://doi.org/10.1016/j.rbce.2016.07.002
  • Hayashi MCPI. Afinidades eletivas entre a cientometria e os estudos sociais da ciência. Filos Educ. 2013;5(2):57-88. http://doi.org/10.20396/rfe.v5i2.8635395
    » http://doi.org/10.20396/rfe.v5i2.8635395
  • Húngaro EM, Oliveira BA, Custódio ML, Damasceno LG. Balanço inicial da produção do GTT de políticas públicas do CBCE (1997-2005): avanços, ausências e perspectivas. In: Húngaro EM, Sousa WLL, editores. Cultura, educação, lazer e esporte: fundamentos, balanços e anotações críticas. Santo André: Alpharrabio; 2009. p. 93-124.
  • Job I. Bibliometria aplicada aos estudos do campo da Educação Física: confiabilidade, qualidade e relevância nas publicações. Motrivivência. 2018;30(54):18-34. http://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n54p18
    » http://doi.org/10.5007/2175-8042.2018v30n54p18
  • Lara L, Athayde P, Myskiw M, Santos RA, Wittizorecki ES, Conceição VJS, et al. Apresentação. In: Lara L, Athayde P, Myskiw M, Santos RA, Wittizorecki ES, Conceição VJS, et al., editores. Ciências do Esporte, Educação Física e Produção do Conhecimento em 40 anos de CBCE. Ijuí: Ed. Unijuí; 2019. (vol. 1, Memória e História do CBCE).
  • Lazzarotti A Fo, Mascarenhas F, Stigger MP, Silveira R, Silva AM. Tendências no campo da educação física brasileira: análise dos documentos produzidos pela área 21 da CAPES. Rev Bras Ciênc Esporte. 2018;40(3):233-41. http://doi.org/10.1016/j.rbce.2018.02.005.
  • Linhales MA. A trajetória política do esporte no Brasil: interesses envolvidos, setores excluídos [dissertação]. Belo Horizonte: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal de Minas Gerais; 1996.
  • Linhales MA, Pereira JR Fo. Intervenção, conhecimento e mudança: a Educação Física, o esporte e o lazer nas políticas públicas. In: Goellner SV, editor. Educação Física/Ciências do Esporte: intervenção e conhecimento. Campinas: Autores Associados; 1999.
  • Macedo CG, Costa M, Antunes M, Amaral G. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023
  • Macias-Chapula CA. O papel da informetria e da cienciometria e sua perspectiva nacional e internacional. Cienc Inf. 1998;27(2):134-40. http://doi.org/10.1590/S0100-19651998000200005
    » http://doi.org/10.1590/S0100-19651998000200005
  • Malina A, Starepravo FA, Athayde PFA, Figueiredo ESA. O Estado da arte no referencial teórico dos trabalhos do GTT Políticas Públicas em Esporte e Lazer do CBCE. In: Rechia SA, Silva PCC, Almeida FQ, Chaves-Gamboa MF, Gois E Jr, Ortigara V, et al., editores. Dilemas e desafios da Pós-graduação em Educação Física. 1ª ed. Ijuí: Ed. Unijuí; 2015. p. 517-540.
  • Myskiw M. Reflexões sobre “os lugares” dos Grupos de Trabalho Temáticos e “os avanços” do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte. In: Macedo CG, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA, editores. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023
  • Oliveira TM, Amaral L. Políticas Públicas em Ciência e Tecnologia no Brasil: desafios e propostas para utilização de indicadores na avaliação. In: Mugnaini R, Fujino A, Kobashi NY, editors. Bibliometria e Cientometria no Brasil: infraestrutura para avaliação da pesquisa científica na Era do Big Data. São Paulo: ECA/USP; 2017. p. 157-187.
  • Onofre T, Colângelo JVM, Lino W. Balanço bibliométrico da produção científica em políticas públicas de lazer-Brasil 2012/2017. Rev Bras Cien Mov. 2019;27(1):164-76. http://doi.org/10.31501/rbcm.v27i1.9892
    » http://doi.org/10.31501/rbcm.v27i1.9892
  • Pagani MM, Shimoda E, Matta LG. A produção do conhecimento em política pública de esporte no Brasil e no mundo. Braz J Dev. 2021;7(1):10699-709. http://doi.org/10.34117/bjdv7n1-731
    » http://doi.org/10.34117/bjdv7n1-731
  • Rojo JR, Mezzadri FM, Silva MM. A produção do conhecimento sobre políticas públicas para o esporte e lazer no Brasil: uma análise dos pesquisadores e instituições. Podium. 2019;8(1):128-39. http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303
    » http://doi.org/10.5585/podium.v8i1.303
  • Santos RNM, Kobashi NY. Aspectos metodológicos da produção de indicadores em ciência e tecnologia. In: Encontro Nacional de Ciência da Informação; 2005; Salvador. Anais. Salvador: Universidade Federal da Bahia; 2005.
  • Schwartzman S. Pesquisa e pós-graduação no Brasil: duas faces da mesma moeda? Estud Av. 2022;36(104):227-54. http://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36104.011
    » http://doi.org/10.1590/s0103-4014.2022.36104.011
  • Souza APP, Souza DL, Dos Santos SM, Castro SBE. A produção científica brasileira sobre megaeventos esportivos na área da Educação Física: um levantamento a partir dos anais do CONBRACE 2013. Motrivivência. 2014;26(43):212–228. http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n43p212
    » http://doi.org/10.5007/2175-8042.2014v26n43p212
  • Sousa WLL. Em busca do elo perdido: a produção de conhecimentos científicos e tecnológicos a serviço da qualificação das políticas públicas de esporte e lazer [tese]. Campinas: Programa de Pós-graduação em Educação Física, Universidade Estadual de Campinas; 2014.
  • Starepravo FA, Nunes RS, Marchi W Jr. Agenda de pesquisa em políticas públicas de esporte e lazer: uma leitura a partir do GTT de Políticas Públicas no XV Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte. In: XVI Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte; III Congresso Internacional de Ciências do Esporte; 2009; Salvador. Anais. Salvador: CBCE; 2009.
  • Starepravo FA, Souza J, Marchi W Jr. Produção científica brasileira sobre políticas públicas de esporte e lazer: regularidades e tendências na área. In: XVII Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte; IV Congresso Internacional de Ciências do Esporte; 2011; Porto Alegre. Anais. Porto Alegre: ESEF/UFRGS; 2011. p. 1-13.
  • Starepravo FA. Políticas públicas de esporte e lazer: aproximações, intersecções, rupturas, e distanciamentos entre os subcampos político/burocrático e cientifico/acadêmico [tese]. Curitiba: Universidade Federal do Paraná; 2011.
  • Teixeira ABM, Freitas MA. Mulheres cientistas nos cursos de física e de educação física na Universidade Federal de Minas Gerais. Instrumento. 2016;18(1):1.
  • UFSC: Universidade Federal de Santa Catarina. Motrivivência [Internet]. Florianópolis: Labomídia; 2021. (vol. 33, no. 64) [citado em 2021 Set 3]. Disponível em: https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/issue/view/3188
    » https://periodicos.ufsc.br/index.php/motrivivencia/issue/view/3188
  • Vilaça MM, Palma A. Diálogo sobre cientometria, mal-estar na academia e a polêmica do produtivismo. Rev Bras Educ. 2013;18(53):467-84. http://doi.org/10.1590/S1413-24782013000200013
    » http://doi.org/10.1590/S1413-24782013000200013
  • Wenetz I, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA. Mulheres nos GTTS do CBCE: onde estamos? In: Macedo CG, Costa MCS, Antunes MFS, Amaral GA, editores. 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas. Uberlândia: Navegando Publicações; 2023.

Datas de Publicação

  • Publicação nesta coleção
    05 Ago 2024
  • Data do Fascículo
    2024

Histórico

  • Recebido
    10 Mar 2024
  • Aceito
    14 Maio 2024
Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte Avenida Esperança s/n, Câmpus Samambaia, CEP: 74690-900, Telefone: +55 (62) 3521-1513 - Brasília - DF - Brazil
E-mail: rbceonline@gmail.com