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Intoxicações por inseticidas organofosforados e carbamatos no noroeste do Paraná, Brasil, de 1994 a 2005: aspectos clínicos e epidemiológicos

No presente estudo são apresentados aspectos clínicos e epidemiológicos de 529 casos de intoxicação por inseticidas organofosforados e carbamatos ocorridos na região noroeste do Estado do Paraná, Brasil, no período de 1994 a 2005. A saber, 105 pessoas de 257 pacientes (40,8%) que tentaram suicídio foram admitidas na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), com média de estadia hospitalar de 2 dias (de 1 a 40 dias). Pacientes do sexo masculino corresponderam a 56,4% dos casos de tentativa de suicídio e 16 indivíduos morreram. Todos os 140 pacientes intoxicados devido à exposição ocupacional eram adultos e 9 foram admitidos na UTI, com média de estadia hospitalar de 8 dias (de 1 a 16 dias). Destes casos, 2 pacientes faleceram. Dos 124 pacientes intoxicados devido à exposição acidental, a maioria era crianças e teve uma média de estadia hospitalar de 4 dias. Foram admitidos 20 pacientes na UTI e um morreu. Complicações gerais incluíram insuficiência respiratória, convulsões e pneumonia. A ingestão deliberada de organofosforados e carbamatos foi muito mais grave do que a intoxicação em decorrência da exposição ocupacional ou acidental. Homens na faixa de 15 a 39 anos foram os mais prováveis de tentar suicídio com esses agentes e tiveram admissões mais prolongadas na UTI com significativas complicações e mortalidade.

Inseticidas organofosforados; Carbamatos; Praguicidas anticolinesterásicos; Intoxicação aguda


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