No Brasil o PBM (Pharmacy Benefits Management) é de utilização relativamente nova, podendo-se classificá-lo como um sistema de gerenciamento de saúde que administra benefícios na compra e venda de medicamentos. Considerando que o surgimento de bactérias resistentes está relacionado à prescrição inapropriada de antibióticos ou ao uso de antibióticos de baixa atividade, este estudo avaliou se o sistema PBM pode fornecer informações úteis sobre os perfis de prescrição e aquisição de antibióticos de efeitos sistêmicos, a partir da base de dados de uma empresa de PBM brasileira, referente a um grupo formado por 6 525 metalúrgicos de uma empresa da região de Campinas, SP, e seus dependentes, cobrindo o período de janeiro a abril de 2005. Observou-se que 7,7% de todos os medicamentos adquiridos eram antibióticos sistêmicos, numa média 2,4 antibióticos e ao custo de R$ 51,80 por receita. A amoxicilina foi o fármaco mais prescrito e em 92,7% dos casos o usuário adquiriu o medicamento até um dia após a consulta médica. A partir das listas das especialidades farmacêuticas adquiridas (por unidade de venda), dos laboratórios fabricantes, dos antibióticos que compunham cada produto, das datas de emissão das receitas e da dispensação, foi possível concluir que o sistema permite extrair informações relevantes sobre o tema enfocado.
Gerenciamento de benefícios farmacêuticos; Antibióticos; Medicamentos; Medicamentos