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Lipoenxertia nas mamas: procedimento consagrado ou experimental?

Atualmente vem ocorrendo aumento da incidência de utilização de enxertia de gordura para correção de defeitos mamários congênitos ou adquiridos e para tratamento mamário estético. Esse aumento é decorrente do surgimento de novas técnicas de lipoenxertia, que produzem resultados mais duradouros e confiáveis, apesar da crença de alguns autores de que o procedimento possa dificultar o rastreamento do câncer mamário. Esta revisão de literatura tem como objetivo identificar as técnicas de lipoenxertia mamárias mais utilizadas, avaliá-las quanto à eficácia e à segurança, e relatar as principais complicações associadas. A revisão foi realizada nas bases de dados PubMed e LILACS, e os fatores de inclusão foram: artigos em idioma inglês, publicados nos últimos cinco anos. Como resultado observou-se aumento do número de trabalhos abordando o tema nos últimos anos, e predomínio de uma técnica de lipoenxertia específica. A maioria dos trabalhos demonstra que a lipoenxertia mamária não prejudica o rastreamento radiológico para câncer mamário, e alguns sugerem que a gordura enxertada potencializa o desenvolvimento de câncer nas mamas. Apesar do aumento do número de trabalhos, existem ainda poucos com bom nível de evidência científica. Esta revisão permitiu concluir que a lipoenxertia é uma técnica alternativa para reparação de defeitos mamários e discreto aumento estético das mamas, devendo ser utilizada por cirurgiões com treinamento adequado e acompanhada por equipe de radiologia experiente em imagenologia mamária. Mais trabalhos com metodologia científica adequada são necessários para avaliar a lipoenxertia mamária.

Lipoenxertia mamária; Enxerto de gordura


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