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Tratamento de queimadura de segundo grau superficial em face e pescoço com heparina tópica: estudo comparativo, prospectivo e randomizado

INTRODUÇÃO: Novas opções terapêuticas para o tratamento de lesões térmicas são constantemente buscadas, especialmente se reduzirem tempo de cicatrização e dor, sem aumentar as taxas de infecção das queimaduras. Estudos recentes sugerem que o uso tópico de heparina pode alcançar esses objetivos. Este estudo tem o objetivo de avaliar tempo de epitelização, dor e taxa de infecção, comparando o uso de heparina tópica ao uso de colagenase no tratamento de queimadura de segundo grau superficial de face e pescoço. MÉTODO: No total, 20 pacientes foram randomizados em dois grupos: grupo tratado com heparina sódica e grupo tratado com colagenase (controle). Os critérios de exclusão foram: história de sangramento, discrasia sanguínea, alergias ao produto, úlcera péptica ativa e queimadura há mais de 24 horas. O teste de Mann-Whitney foi utilizado para avaliar os resultados. A dor foi avaliada pela necessidade do uso de analgésicos opioides. RESULTADOS: A heparina não foi efetiva em diminuir o tempo de epitelização ou o uso de opioides, e a taxa de infecção não apresentou diferença estatística entre os grupos. CONCLUSÕES: A heparina pode ser usada com segurança no tratamento de queimadura de segundo grau superficial em face e pescoço, mas seus efeitos benéficos ainda precisam ser comprovados.

Queimaduras; Cabeça; Pescoço; Heparina


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