RESUMO
Introdução:
O trauma é um dos principais problemas de saúde pública em todos os países, sendo os que acometem a região facial muito frequentes. O presente trabalho objetiva avaliar dados epidemiológicos de pacientes que sofreram trauma de face com fratura.
Métodos:
Estudo epidemiológico realizado por meio dos prontuários de 92 pacientes. Foram selecionados indivíduos com trauma facial de qualquer intensidade, no período de janeiro de 2009 a janeiro de 2013, e agrupados de acordo com a etiologia e a localização das fraturas. Os dados coletados foram apresentados em valores absolutos e porcentagens.
Resultados:
Houve prevalência de pacientes do sexo masculino. A etiologia do trauma de face mais encontrada foi a violência interpessoal, observada na maioria dos grupos, exceto naquele acima de 45 anos, cuja predominância etiológica foi de queda e acidente de automóvel. A incidência das causas variou de acordo com a faixa etária: < 18 anos, de 19 a 25 anos, de 26 a 35 anos, de 36 a 45 anos e > 45 anos. Setenta e cinco por cento das fraturas de mandíbula foram unilaterais e 25%, bilaterais. O tratamento cirúrgico de fixação com placas foi o mais utilizado. No nosso estudo, catorze pacientes apresentaram complicação pós-cirúrgica.
Conclusão:
Há necessidade de um atendimento sistematizado para os traumas faciais. A variação na faixa etária encontrada entre os pacientes estudados demonstra que o trauma facial abrange indivíduos em qualquer idade, embora seja maior entre os jovens. Acreditamos que o presente estudo epidemiológico possibilitará a melhora da qualidade no atendimento aos pacientes com trauma facial.
Descritores:
Epidemiologia; Ossos Faciais/Lesões; Fratura Maxilomandibular; Fratura Nasal; Trauma de Face