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Impacto socioeconômico da pandemia da COVID-19 entre cirurgiões plásticos do Brasil

RESUMO

Introdução:

Devido à crise sanitária mundial provocada pela disseminação da COVID-19, muitos serviços de saúde interromperam a realização de procedimentos cirúrgicos não urgentes. No cenário da Cirurgia Plástica, no qual a maioria das cirurgias são eletivas, estimam-se consequências socioeconômicas a estes especialistas. O objetivo deste estudo é dimensionar este impacto.

Métodos:

Os efeitos da pandemia dentro da prática clínica dos cirurgiões plásticos brasileiros foi investigada por meio de um questionário on-line, endereçado aos associados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.

Resultados:

A pesquisa foi aplicada a 645 cirurgiões. A maioria dos entrevistados relatou restrições operacionais à realização de procedimentos e redução da renda, sobretudo nas regiões severamente afetadas pela pandemia. Cirurgiões plásticos com mais de 10 anos de formação foram os mais prejudicados. Elevada taxa de contaminação, sobrecarga mental, diminuição na prática de atividades físicas e uso de medicações psiquiátricas também foram relatados.

Conclusão:

A pandemia da COVID-19 trouxe mudanças no cenário pessoal e profissional do cirurgião plástico brasileiro. Devido à importante redução no volume de trabalho, houve impacto financeiro nos especialistas de todas as regiões do país, além de reflexos na saúde física e mental. Adaptações foram necessárias para manutenção dos atendimentos, além de exploração de novas áreas de atuação para suprir a baixa demanda de cirurgias estéticas durante a crise.

Descritores:
Infecções por coronavírus; Pandemias; Fatores socioeconômicos; Qualidade de vida; Cirurgia plástica

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