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Retalho sural de fluxo reverso: 10 anos de experiência clínica e modificações

INTRODUÇÃO: O retalho sural de fluxo reverso tem se destacado como importante opção para reconstrução da região distal de pernas e pés. Alguns erros, porém, são comuns na fase de aprendizagem de emprego desse retalho. O objetivo deste estudo é analisar 10 anos de experiência com o emprego do retalho, comparando os primeiros 5 anos aos 5 anos subsequentes, buscando identificar se as alterações técnicas introduzidas contribuíram para obtenção de melhores resultados. Este estudo busca, ainda, alertar para os principais cuidados que os cirurgiões que estão em fase de aprendizagem da técnica devem tomar. MÉTODO: Foram estudados os resultados obtidos em 61 retalhos surais de fluxo reverso realizados no período de janeiro de 2002 a dezembro de 2011. Os pacientes foram alocados em dois grupos: grupo 1, constituído por pacientes operados de janeiro de 2002 a dezembro de 2006; e grupo 2, pacientes operados de janeiro de 2007 a dezembro de 2011. No grupo 2, foram realizadas alterações nos retalhos fasciocutâneos, como dissecção de uma borda fasciossubcutânea excedendo a porção cutânea do retalho e preservação de uma faixa de pele sobre o pedículo. RESULTADOS: No grupo 1, a incidência de necrose parcial foi de 18,5% e de necrose total, de 3,7%; no grupo 2, houve 8,8% de necrose parcial e nenhum caso de necrose total. CONCLUSÕES: O retalho sural de fluxo reverso é uma boa opção para o tratamento da região distal de pernas e pé. A experiência com a técnica e os cuidados implementados sugerem obtenção de melhores resultados.

Retalhos cirúrgicos; Procedimentos cirúrgicos reconstrutivos; Traumatismos da perna


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