O manejo do solo e de fertilizantes ao longo do tempo de cultivo pode contribuir para o rendimento e lucratividade das lavouras. Há, então, a necessidade de se ter e avaliar experimentos de longo prazo para que se consiga entender a dinâmica da distribuição de nutrientes e raízes no perfil do solo e seu efeito na absorção de nutrientes e no crescimento e desenvolvimento da cultura. Foi utilizado um experimento de 18 anos de duração em um Argissolo localizado na Estação Experimental da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), no município de Eldorado do Sul, com a sucessão de milho no verão e aveia-preta consorciada com azevém no inverno, sob manejos de solos e modos de aplicação de fertilizantes. Os manejos de solo foram o convencional, plantio direto e cultivo em faixas, e a fertilização fosfatada (superfosfato triplo) foi a lanço, em linha e em faixas. A distribuição do P disponível (Mehlich-1) e das raízes de milho no perfil do solo foi avaliada pela coleta de monólitos de solo no período de enchimento de grãos do milho; a produção da parte aérea seca do milho e o acúmulo de P da safra de 2006/2007 foram determinados, sendo calculada a eficiência de utilização de P. Independentemente do grau de mobilização do solo, o P e as raízes acumularam-se ao longo do tempo na zona fertilizada, principalmente na camada de 0-10 cm. A distribuição de raízes seguiu a distribuição de P, independentemente do manejo de solo e do modo de aplicação do fertilizante fosfatado. No sistema plantio direto, qualquer modo de aplicação de P, o milho apresentou quantidade maior de raízes em relação aos demais manejos. Embora o manejo do solo e os modos de aplicação de P tenham alterado a distribuição do nutriente e das raízes de milho no perfil do solo, a absorção de P e o crescimento do milho, bem como a eficiência de utilização do nutriente pelo milho, não foram influenciados.
preparo do solo; adubação fosfatada; eficiência de uso
