Atributos do solo desempenham papel importante na variabilidade espacial da produtividade da cultura. Entretanto, o que se observa, geralmente, é uma baixa correlação espacial entre mapas de produtividade e mapas de atributos do solo. O objetivo deste trabalho foi estudar o padrão de distribuição espacial dos atributos do solo e da produtividade de milho e sua relação de causa e efeito, quando avaliados em semelhante intensidade amostral. Foi utilizada uma malha amostral de 100 pontos referenciados na área experimental. Os pontos foram espaçados em intervalos regulares de 10 m ao longo de quatro transeções de 250 m, espaçadas em 4,5 m. Os pontos formaram um retângulo com quatro colunas e 25 linhas. Portanto, cada célula amostral foi composta de cinco linhas da cultura com 10 m, totalizando uma área de 45 m² cada, onde o ponto referenciado foi considerado o centro da célula. As amostras foram coletadas nas profundidades de 0-0,1 e 0,1-0,2 m. Foram avaliados atributos físicos e químicos do solo. Realizou-se a análise estatística descritiva dos dados e geoestatística. A produtividade de milho e os atributos do solo apresentaram dependência espacial. A hipótese deste estudo foi confirmada: quando a intensidade amostral dos atributos do solo é semelhante àquela da produtividade da cultura, é observada correlação entre os padrões de distribuição espacial de atributos do solo e produtividade da cultura. Os padrões de distribuição espacial dos atributos do solo explicaram 65 % do padrão de distribuição espacial da produtividade do milho. Os padrões de distribuição espacial dos teores de argila e da porcentagem de saturação por bases foram os que melhor explicaram o padrão de distribuição espacial da produtividade do milho.
geoestatística; agricultura de precisão; intensidade de amostragem do solo; correlação espacial; Zea mays
