No ciclo do carbono terrestre, o solo contém maiores estoques de carbono que a vegetação e a atmosfera. Manter e conservar as concentrações de carbono orgânico no solo usando práticas de manejo pode aumentar sua fertilidade e produtividade. Por meio da espectroscopia de fluorescência pelo método da matriz excitação/emissão, avaliou-se o impacto de técnicas de manejo agrícolas e a influência do regime (inundado e drenado) sobre a estrutura das substâncias húmicas do referido solo. Seis amostras de um Planossolo hidromórfico foram coletadas de um campo com cultivo de arroz. As substâncias húmicas foram extraídas do solo, que estava sob condições inundadas e drenadas, sujeitas a diferentes técnicas de manejo agrícola: plantio convencional, plantio direto e campo nativo. Os espectros de matriz excitação/emissão dos ácidos húmicos apresentaram dois picos em comprimento de onda longo, enquanto aquelas dos correspondentes ácidos fúlvicos contiveram um único fluoróforo em valor intermediário do par comprimento de onda excitação/emissão. As intensidades de fluorescência, obtidas por luminescência total dos ácidos húmicos, foram menores do que as dos correspondentes ácidos fúlvicos. Uma comparação entre as amostras de ácidos húmicos revelou ligeiras diferenças nas posições dos pares comprimento de onda excitação/emissão, porém diferenças significativas foram observadas nos valores das intensidades de fluorescência. Nesse tipo de solo, as condições anóxicas e o manejo do plantio direto parecem favorecer um maior grau de humificação da matéria orgânica do solo, quando comparadas com as condições aeradas e o manejo do plantio convencional.
ácidos fulvicos; ácidos húmicos; espectroscopia de luminescência total
