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UMA ETNOGRAFIA DA EXPANSÃO DO MUNDO DO CRIME NO RIO DE JANEIRO* * Este artigo é uma versão modificada de capítulos da minha tese de doutorado intitulada Viver nas margens: gênero, crime e regulação de conflitos. Discuti parte do argumento deste texto no GT “Sobre periferias: novos conflitos no espaço público”, 38º Encontro Anual da Anpocs, em 2014.

AN ETHNOGRAPHY OF THE EXPANSION OF THE CRIMINAL WORLD IN RIO DE JANEIRO

UNE ETHNOGRAPHIE DE L’EXPANSION DU MONDE DU CRIME À RIO DE JANEIRO

Comparando três décadas, este artigo descreve o contexto histórico da emergência da facção e de sua expansão na Favela Nova Holanda, em Maré, no Rio de Janeiro. Através das categorias “neurose” e “humildade”, apresenta como o quadro de referência “facção” dá inteligibilidade à vida como guerra ou paz, respectivamente. Sobre tal processo, argumenta que as operações policiais, as incursões dos “Caveirões” – carros blindados da Polícia Militar - e as disputas violentas entre facções vão se consolidando como dispositivos responsáveis por expandir o “mundo do crime”. No que diz respeito às práticas criminais, as mediações chamadas de “desenrolos” passam a configurar um espaço de interação no qual a força (armada) e a argumentação se sobrepõem e se fundem com frequência no âmbito dos conflitos.

Conflitos; Complexo da Maré; Sociabilidade urbana; Violência criminal; Violência policial


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