Neste artigo argumentamos que a principal obra de Caio Prado Júnior estabelece uma clara hierarquização de culturas para interpretar o Brasil, dentro da qual a ocidental assume o protagonismo das transformações históricas, enquanto as culturas não ocidentais da matriz colonial brasileira (africanas e ameríndias) são avaliadas como coadjuvantes de pouca expressão para a construção do Brasil moderno. Pretendemos mostrar que, na obra Formação do Brasil contemporâneo , o país só poderia consolidar sua formação por meio de um processo de modernização/ocidentalização cultural.
Caio Prado Jr; Racismo; Modernidade; Colonialismo; Progresso