O artigo problematiza a singularidade da política dos zapatistas do México. A trajetória das suas formas de organização autônoma é analisada como resultado do processo de acumulação política que até o presente confronta com a institucionalidade política mexicana. Aspectos distintivos dos grupos étnicos que compõem o movimento são estudados como a maneira na qual eles ocuparam o território confrontado com a estrutura agrária da fazenda, o seu modo de produção, a sua religiosidade, e a su construção de mitos. Deste modo, os conhecimentos sao articulado num complexo que chamamos de episteme zapatista. Contribuindo ao campo de estudos sociológicos dos movimentos sociais vis a vis as perspectivas críticas da modernidade/colonialidade, a pesquisa aborda de maneira interdisciplinar aspectos do cotidiano coletivo dos povos indígenas e os seus processos políticos que, persistentes, ainda enfrentam a ordem do Estado.
Palavras-chave:
Política; Povos indígenas; Autonomia; Decolonialidade